Roda de conversa com Daiara Tukano e Denilson Baniwa
O que é um índio? Como é que se constroi um imaginário colonialista sobre os povos indígenas? O que é e o que não é apropriação cultural? O que afinal de contas é arte para os povos indígenas? E como está a visualidade indígena na contemporaneidade? Existe arte contemporânea indígena? E, se sim, cadê? Poderiam os designers colaborar com as populações indígenas? Como, enfim, pensar um design decolonial?
O Projeto Correspondências do Laboratório de Design e Antropologia, convidou a pensar sobre essas e outras questões na roda de conversa com os artistas e ativistas Daiara Tukano e Denilson Baniwa.
Daiara Tukano é artista e ativista indígena. Formada em artes visuais pela Universidade de Brasília, é mestranda em direitos humanos na mesma universidade. É professora de artes plásticas. Participa do Movimento Indígena Nacional. É coordenadora da Rádio Yandê e membro do Colegiado de Patrimônio Imaterial do Ministério da Cultura.
Denilson Baniwa é natural do Rio Negro, Amazonas. É artista visual e por ter acesso aos meios ocidentais e a educação acadêmica pôde criar uma forma de unir o contemporâneo ao tradicional indígena. Seus trabalhos vão desde da sua vivência indígena ao metafórico que se apropria de ícones da cultura pop para comunicar a luta e pensamento indígena brasileiro em suporte como canvas, instalações e meios digitais.
A viagem de Daiara Tukano ao Rio de Janeiro é parte do movimento para viabilizar a construção da casa Tukano em Brasília.