Processo seletivo

Pela tela, pela janela: a fotografia em fluxo e a colagem como um projetar-se
Na contemporaneidade, a fotografia parece ganhar novos enquadramentos no contexto das comunicações em rede. A virtualização de atividades cotidianas está diretamente conectada ao campo do visível e cada vez mais rápido o estatuto da imagem se modifica. A parte inicial dessa pesquisa é dedicada a entender alguns processos com relação à produção de fotografias na atualidade que impactam esse estatuto e que podem vir a instaurar novos sentidos para o projeto e para o design. A fotografia como janela para o passado e como emanação do real são ideias que permeiam o contexto desse trabalho, porém outros fatores são considerados: a participação ativa dos usuários das redes, não mais espectadores, na produção dos conteúdos que circulam nas mídias sociais; a disseminação de ferramentas de produção e edição de imagens— e a consequente naturalização da manipulação digital — e a instauração no interior do fluxo de uma temporalidade própria. Investiga-se a tela como janela do Eu na dinâmica da produção de fotografias através do celular, por meio do aplicativo do Instagram. À imagem atribui-se a metáfora de um tipo de espelho no qual se vê o olhar do outro. Nesse sentido, uma figura se destaca e aparece no centro da pesquisa: o Eu em fluxo. A pesquisa aborda ainda o que seria um tipo de projeto não entendido como tal pelo campo do design: o projetar-se. O projetar de si é tratado a partir de aproximações com o design, pelo uso das ferramentas para produção das imagens, mas também a partir de diferenças sobre aquilo que é projetado em imagem: o Eu. Através da análise de elementos conceituais e formais de colagens, a pesquisa identifica nessa técnica uma metodologia de produção convergente à dinâmica participativa e à temporalidade dos fluxos. Percebe-se que a colagem se manifesta hoje como forma de expressão que conversa com as ferramentas digitais disponíveis e com a urgência do tempo presente. A serviço de artistas e designers em diferentes tempos, a colagem permite hoje aos usuários das redes sociais, a despeito dos limites impostos pelo meio, a criação de imagens de si abertas ao outro. A pesquisa conclui que, desafiando as molduras dos espaços de interface dos meios digitais, as imagens são também janelas que podem ser atravessadas promovendo e multiplicando conexões.

Marianna Teixeira Gadelha

StoryboardDesign: O storyboarding aplicado ao design
Storyboarding é uma atividade característica mas não restrita à área da cinematografia e que consiste em criar uma sequência narrativa visual. Os princípios dessa atividade provam-se úteis na área do design, por exemplo, para aplicar uma identidade visual, demonstrar a montagem de um produto ou ilustrar a interação entre um usuário com determinado serviço. StoryboardDesign é um projeto editorial que procura ser tanto um dicionário, introduzindo as definições de um “Storyboard” em diferentes campos do design, quanto um catálogo, explorando essa variedade de aplicações do storyboarding em projetos. O trabalho foi desenvolvido por Eduardo da Silva de Alencastre Ceva como Trabalho de Conclusão de Curso na Escola Superior de Desenho Industrial, sob a orientação da professora Barbara Szaniecki.

BANZO Música, narrativa, afrofuturismo e visualidade
Banzo é um produto musical autoral, materializado em um EP visual composto por 4 faixas à capela. O visual das faixas se complementam tendo como elemento de união uma narrativa que propõe o encontro de duas personagens. Duas mulheres, negras, que se parecem fisicamente, têm a mesma idade, e poderiam ser a mesma pessoa, só que estão em épocas diferentes. As letras das composições são o que uma fala pra outra nesse encontro. O projeto, que se inspira e se baseia no movimento afrofuturista, consiste em um videoclipe de uma das faixas musicais, styleframe + storyboard das outras 3 faixas.

Design e Ativismos Uma investigacao sobre as Fronteiras Políticas da Prática do Design
A necessidade de uma investigação do papel de um design(er) na sociedade, seus ativismos e outros desdobramentos, se inicia a partir de uma experiência pessoal dentro da universidade, permeada por questionamentos complexos, em relação às representações e possibilidades do design, em meio a um contexto social e político conturbado.
Portanto, o trabalho propõe uma análise do contexto social e histórico sobre o tema, seguindo para uma investigação no espaço acadêmico, onde muitos estudantes iniciam sua formação e começam a se deparar com tais questões. Além de ser intrinsecamente um espaço em que ocorrem muitas reflexões em torno do próprio design.
Cercada por muros, tanto hipotéticos quanto físicos, que nos separam de outras realidades, a ESDI se apresenta como espaço de campo de análise para essa pesquisa da (re)aproximação do design gráfico e o ativismo, seus efeitos e possibilidades. Esta presente no debate também a capacidade da linguagem visual de refletir um discurso gráfico, que se permeia ao longo da nossa formação e para além dela.
Inicialmente, o propósito é investigar do que tratam esses ativismos e como eles se constroem, de forma a entender a conjuntura atual em que esses se situam. Assim, foi realizada uma análise teórica, seguida de contato com pessoas envolvidas no contexto da universidade, para entender o que de fato está envolvido no processo de criação de um design social ou ativista.
Na segunda parte, através de um fase mais prática, esses dados e investigações serão trabalhados e expostos, com o objetivo de ampliar ainda mais o debate em torno do design ativista e sua atuação, não só dentro espaço da ESDI, mas também fora dele.

Renato Faccini

Bruno Viana de Andrade

Estudo de Caso: Atualização da Identidade Visual Corporativa da PGE-RJ
Este trabalho apresenta um estudo de caso sobre a atualização da Identidade Visual Corporativa (IVC) da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ). Com base na metodologia de Robert K. Yin, que segue uma abordagem de definição do objeto, coleta de dados, análise dos dados coletados e reunião dos resultados. Foram coletadas informações e realizada uma análise comparativa entre a identidade visual antiga e a nova. Uma pesquisa de pós-uso foi aplicada trazendo a avaliação dos usuários sobre a atualização. O objetivo é entender a atualização, analisar as mudanças implementadas e compreender seus impactos na percepção dos servidores da instituição.