Processo seletivo

Thales L. Aquino

Design Abjeto: o queer eu tenho a ver com isso?
Este trabalho de pesquisa tem a intenção de investigar práticas no campo de design que colaboram com o apagamento e abjeção de corpos dissidentes e desobedientes, trazendo como limite um recorte a pessoas trans, travestis e não binárias. Aqui venho desvelar como a cisheteronormatividade constituída por instituições de poder como o Estado, a Igreja, a Escola e a Família, que decidem quais corpos podem ocupar os espaços da sociedade, além de fortalecer a ideia de corpos ditos naturais, da binaridade de gênero entre homem e mulher, ditando também como esses corpos binários devem se relacionar sexualmente. A partir disto, percorrerei por situações em que o design reforça essas regras normatizadoras, a fim de queerizar essas práticas para que sejam desnaturalizadas, apresentando e apontando caminhos para utilizarmos essa ferramenta de forma a abarcar todos os corpos e suas performances como uma validade de existência. A pesquisa será abordada frente a três eixos estruturantes, relatos autobiográficos, abordagem do campo dos estudos de gênero e do campo de design.

Como medir um corpo trans. A antropometria como ferramenta cisheteronormativa
O objetivo desta pesquisa é investigar produções antropométricas a fim de perceber a relação de representações métricas e sua relação com os corpos dissidentes, e a partir de um olhar queerizado, propor revisões discursivas e das formas de representação gráfica dos corpos que possibilitem olhar para além da lente binária biológica homem- mulher.

II Seminário LaRS + NUDE de pesquisas sobre design, epistemes, corpos e subjetividades
O seminário reúne dois grupos de pesquisa: LaRS (Grupo Barthes) (PPGDesign/PUC-Rio) e NUDE (PPDESDI/UERJ), ligados entre si por laços de trabalho e de afetos, a fim de apresentar e discutir o estado atual das pesquisas.

Seminários continuados NUDE: núcleo de design, corpo, tecnopolítica
O Seminário Continuado NUDE promoveu debates sobre design, gênero e justiça, destacando a representatividade dos corpos no espaço público e na historiografia do design. O evento contou com a palestra de Griselda Flesler (FADU-UBA) sobre design, memória e justiça na medicina forense, e com Raquel Noronha (UFMA), que coordenou o lançamento do livro Design e Gênero: experiências coletivas de ensino.