Projetos
Pictorial: projeto de website voltado para o uso da ilustração em produtos digitais
Pictorial é um site focado no uso da ilustração em produtos digitais. O projeto visa orientar designers e ilustradores que pretendem escolher a ilustração como um recurso visual e estratégico para melhorar a experiência do usuário em seus projetos de interfaces web ou móvel e reforçar o branding da empresa envolvida.
O site tem como objetivo mostrar as possibilidades que a ilustração pode trazer para o projeto, sendo pensada como um recurso de design em primeiro lugar. Nesse sentido, tem como foco ajudar a explicar ao público, de forma simples, diretrizes que podem ser levadas em consideração, servindo de referência para fornecer possíveis etapas, fundamentos e estudos de caso que auxiliem nesse processo.
A construção de significados da marca FARM: uma investigação sobre branding
Esta dissertação se propõe a analisar a trajetória da marca FARM sob a ótica do branding e do design, compreendendo de que maneira a grife utilizou-os conjuntamente na gestão de sua marca. Para traçar as ações da FARM ao longo do tempo, foi utilizada como referencial uma pesquisa na imprensa, de 1998 até 2017. A análise posterior centrou-se na discussão de como o branding e o design, conjuntamente, atuaram na construção de múltiplos significados da marca FARM e influenciaram em sua relação com o público. Tal análise foi desenvolvida tendo como base teórica autores que relacionam as duas disciplinas, como Marc Gobé (2009) e Wally Ollins (2003). Este estudo também descreve a relação simbiótica entre a grife e a cidade do Rio de Janeiro, demonstrando como a cidade tornou-se um estereótipo de brasilidade, que foi aproveitado e reproduzido pela grife e como ambas cidade e marca - influenciam-se mutuamente. Além disso, buscou-se compreender a mudança do papel das marcas no século XXI e como elas, de uma forma geral, estão tendo que adaptar a sua estratégia de marca para poderem sobreviver às mudanças sociais ocorridas nesse momento da história, e como tal processo está impactando fortemente a relação entre marcas e consumidores.
Branding para a casa da indústria criativa: a criatividade como fator de desenvolvimento para o Rio de Janeiro
Apesar da gestão de marcas, ou branding, ser uma atividade relativamente nova, desde os tempos mais remotos a humanidade recorre aos símbolos como recursos de comunicação. Nesse contexto, uma marca forte é responsável por comunicar valores, gerar credibilidade, fidelizar o consumidor e estabelecer uma conexão fundamental para o sucesso de um produto ou serviço. Este trabalho busca compreender melhor o branding, analisando o princípio da atividade humana relacionada às marcas, esclarecendo conceito e observando casos bem-sucedidos pelo mundo. A partir do que foi estudado, desenvolve-se um projeto de Branding para a Casa da Indústria Criativa, um importante empreendimento para o desenvolvimento das atividades criativas no estado do Rio de Janeiro.
A imagem do Rio: de Cidade Maravilhosa a Cidade Olímpica. Análise da construção de representações
Este trabalho trata da construção de representações do Rio de Janeiro, levando- se em conta os possíveis impactos que a perspectiva dos megaeventos que vem ocorrendo na cidade, em especial os Jogos Olímpicos de 2016, podem ter nesse processo. Tem o objetivo de compreender e explicitar os possíveis significados de tais representações. Considerou-se que essa lógica ocorre no contexto das cidades commodities, onde intenciona-se ‘vender' a cidade em um mercado simbólico mundial e assim aquecer o setor de turismo e atrair investimentos. Para tanto, na economia de mercado é necessário desenvolver a marca da cidade, assim como é feito com produtos e empresas, tendo como base as condições e aspectos que são considerados importantes e devem ser ressaltados para fortalecer tal construção simbólica no contexto nacional e internacional. Na realização desse processo são usados ainda aspectos do branding, ou seja, técnicas e estratégias para o gerenciamento da marca, com vistas a promovê-la para que seja compreendida pelo público dentro dos quesitos planejados. Nesse estudo do caso do Rio de Janeiro, no que concerne às possíveis mudanças de percepção promovidas em sua imagem nos últimos anos, e que consequentemente podem afetar sua marca, foram analisados materiais gráficos e de audiovisual de caráter publicitário e turístico, com o objetivo de compreender os discursos sobre a cidade neles apresentados. Alguns deles fazem parte da complexa estruturação da identidade visual dos Jogos do Rio 2016, outros são publicidades de estâncias governamentais, como a Prefeitura e o Governo do Estado, que associam obras urbanas e melhorias nas condições de vida da população ao evento olímpico e divulgam também aspectos importantes para legitimar a realização do mesmo na capital fluminense. Foram analisados ainda publicidades da iniciativa privada que se apropriam de facetas da imagem do Rio de Janeiro e, ainda que não tenham associação direta com as Olimpíadas, acabam por sedimentar também as representações aqui analisadas.
O surgimento da marca Daspu e a projeção de sua imagem através da imprensa
O presente trabalho é um estudo sobre a criação e aparecimento público da Daspu, marca de vestuário feminino que se tornou conhecida nacionalmente ao entrar em polêmica com a grife paulista Daslu, importante multimarcas de luxo. A Daspu foi criada em 2005, no Rio de Janeiro, pela Davida, uma ONG de prostitutas voltada para questões ligadas à cidadania, ao combate à vitimização, à discriminação, ao preconceito e ao estigma que atingem as mulheres que exercem essa profissão. E a marca surge publicamente através da imprensa, de modo inesperado para a Davida, antes que a confecção/grife estivesse estruturada. Com base no papel que a questão da autonomia relativa entre marca e imagem da marca adquire no caso Daspu, a opção desta pesquisa foi a de focalizar o processo de projeção pública da imagem da marca no espaço configurado pela mídia. Num cenário de várias confluências buscou-se a identificação dos temas que se cruzaram nesta cobertura, remetendo-os às suas condições de enunciação, dadas por posições e competências, e ao modo como se articulam na imagem da marca. Visando trazer uma nova inteligibilidade aos processos de produção de sentido presentes no caso Daspu recorre-se ao conceito de palavra de ordem, proposto por Deleuze e Guattari, como chave teórica para compreensão do caso, retomando as circunstâncias que possibilitam a enunciação Daspu transformar a idéia de uma confecção em uma grife possível, e potencializar social e politicamente a ONG Davida.
Design líquido : uma investigação sobre a construção das identidades contemporâneas
As identidades que por tanto tempo estabilizaram o mundo social estão em declínio, fragmentando o indivíduo tido como um sujeito unificado. Essa crise é parte de um processo maior de mudança. Fomos envolvidos por estratégias que nos fazem buscar nossas próprias identidades individuais e coletivas nas possibilidades de oferta que o mercado dispõe constantemente, seja de objetos, produtos, serviços, emoções, adjetivos etc. Da cultura material passamos à cultura do imaterial. Podemos escolher transitar entre diversas culturas e transformar nosso eu de acordo com o contexto e nossos desejos. É nesse contexto fluido que o branding se torna uma proposta inovadora de identidade de marca com o estabelecimento de imagens, percepções e associações pelas quais diversos públicos que influenciam uma organização irão se relacionar com ela. Esta pesquisa faz uma análise da identidade através da constituição do sujeito em nossa sociedade e através da construção de marca e de identidades institucionais. A empresa brasileira de cosméticos Natura é utilizada como ilustração para entender o branding e reposicionar o design na contemporaneidade.
Fundamentos do Design de Aloísio Magalhães: Design BR 1970
Aloísio Magalhães foi um dos iniciadores do Design brasileiro na prática profissional, no ensino acadêmico, na institucionalização da atividade, e na reflexão sobre sua natureza técnica , e social. O seu projeto para a Petrobrás desenvolvido entre 1970 e 72, realizado por seu escritório no auge da sua carreira como designer, é o melhor testemunho da sua ação nesse campo, pela importância desta companhia para o país, pela abrangência do projeto (do cartão de visita aos tanques de refinarias) metodológica e mesmo lingüística que representou-se podemos estender este termo à linguagem visual. Particularmente disponho de posição única para realizar esta pesquisa, por ter trabalhado grande parte de minha vida profissional com Aloísio, por ter trabalhado especificamente e intensamente neste projeto, e ainda por não ter participado de sua concepção inicial. Além disso, tenho desde então atuado como designer nesta área de distribuição de petróleo, e acumulado informação sobre este mercado ao longo de 3 décadas, o que me ofereceu vasto material de análise. Por isso, embora meu foco seja o projeto de Aloísio e equipe em 1970, para compreende-lo é fundamental analisar o que havia antes e o que veio depois, o que permaneceu do projeto, e o que mudou. Deste estudo tiro 2 conclusões principais: 1) Que o projeto de sistemas gráficos ou de produtos é a forma do designer resolver o paradoxo entre necessidades opostas do processo de design, como a diversidade dos objetos de comunicação visual de uma empresa e sua unidade visual. 2) Que o processo de trabalho de Aloísio Magalhães oferece rico material de análise sobre o processo de Design..
As crenças semióticas do branding como atuantes microfascistas na produção dos regimes de verdade
O presente trabalho parte da necessidade de expor como a parceria simbiótica entre branding e design reforça regras normativas e padronizadoras da produção de conteúdo visual mercadológico, que sustentam a colonização da subjetividade por práticas consumistas de discursos logocêntricos e fins capitalistas, focando na captura do desejo como principal recurso de dominação. A partir da análise dos discursos e comportamentos observados em 5 perfis presentes na rede social Instagram, pretende-se realçar o caráter tóxico da relação entre estética e capitalismo ao analisar as estratégias mitológicas e fetichistas utilizadas como forma de incentivo a vinculação e criação de afetos entre público e marca, usadas para endossar a produtificação da estética e a criação de personas como principal mercadoria, acarretando no consequente assujeitamento dos consumidores. Destaca-se o interesse em investigar os elementos não-discursivos associados aos fluxos de poder que possibilitam o surgimento e a conservação destes discursos - entender as dinâmicas políticas, linguísticas e mercadológicas que permitem a dominância desses saberes enquanto discursos de autoridade formadores de regimes de verdade; em outras palavras, pretende-se problematizar o princípio de formação desses saberes tornados autoridades, enquanto modelo de dominação simbólica colonial. Assim, o intuito é desenvolver percepções e reflexões sobre a colonização da subjetividade no fazer linguagem visual, levantar questões onde o design corrobora para a alienação das mentes e exclusão de formas de expressão não convencionais, reforçando o desejo reacionário por uma linguagem homogênea. Para isso, será utilizado o método arqueológico proposto por Foucault para situar esses discursos em territórios de codificação persuasiva e padronizada, identificando suas regularidades naturalizadas convertidas em mitos que funcionam como regras de formações discursivas, como também desvelar a natureza agenciada dos discursos, sua estrutura interna não unitária, composta pelos acontecimentos e singularidades que determinaram a sua condição de existência. Para contribuir com a sustentação dos argumentos, serão utilizados conceitos de Deleuze, Guattari, Foucault, Barthes, Pasolini, Rolnik, Adilson Citteli, W. J. T. Mitchell, Serroy e Lipovetsky como revisão bibliográfica desta pesquisa.