
DISSERTAÇÃO DE TÔNIA MATOSINHOS.pdf

Portuguese tiles in Rio de Janeiro of the eighteenth and nineteenth centuries: a case study of the production phases
Herança de um passado colonial, a azulejaria portuguesa na cidade do Rio de Janeiro possui raros exemplares que datam do século XVII presentes na antiga portaria do Mosteiro de São Bento, entretanto é no XVIII e no XIX que seu uso torna-se mais difundido. Inicialmente utilizada como revestimento decorativo e educativo-religioso em igrejas e con-ventos, no século XIX a azulejaria amplia o seu caráter utilitário, ao ser aplicada em hospitais e principalmente, em fachadas de edificações. É a partir deste novo uso que o azulejo se afirma no Brasil enquanto cultura somada. Os dois gêneros de azulejos aqui representados historiado e de padrão existentes no interior da Igreja Nossa Senhora da Penna e na fachada da edificação à rua Teófilo Otoni, 93 pertencem a diferentes fases históricas de produção: a artesanal e a semi-industrial. Estudar no âmbito do design os aspectos históricos, técnicos, formais e funcionais das fases representativas do azulejo português do XVIII e XIX presentes nestas edificações da arquitetura brasileira é o que este trabalho de dissertação se propõe.


DISSERTAÇÃO DE FRANCISCO BARCELOS.pdf

Roberta Portas Gonçalves Rodrigues

Identidade visual transitória

mudanças sociais

Francisco Vinicius Costa Barcelos

A identidade visual transitória: novas necessidades como novas possibilidades
Esta dissertação tem como tema a identidade visual transitória, através de uma análise histórica dos fatores contribuintes ao seu surgimento e evolução, assim como das mudanças sociais e culturais, dos avanços tecnológicos e da expansão do campo do design. Realizou-se uma avaliação das definições apresentadas por autores referentes ao tema, de acordo com sua eficácia teórica e desenvolveu-se um novo conceito mais adequado às características fluidas destes projetos. Analisou-se conceitualmente as terminologias adotadas a esta alternativa projetual como dinâmica, mutante, flexível e cambiante e propôs-se a utilização de um novo termo transitório atento à qualidade efêmera das variações de um sistema flexível e responsável por alternar o foco do objeto ao processo, indo do tangível para o intangível. As características e qualidades dos modelos de classificação elaborados por quatro autores a saber: Ulrike Felsing (2010), Irene Van Nes (2012), Emanuel Jochum (2013) e Jair Alves da Silva Junior (2015) foram examinadas e apresentou-se um novo modelo responsável por tornar mais particularizada a categorização das identidades visuais transitórias. Um modelo construído sobre três pilares: executivo (técnico), motivador (cognitivo) e visual (formal). Para sua validação, foi realizada uma seleção de cinqüenta projetos brasileiros desenvolvidos entre os anos de 2012 e 2016 permitindo a realização inédita de uma análise quantitativa sobre a alternativa projetual no cenário nacional e uma aplicação prática da metodologia proposta. O modelo se mostrou eficaz em seu objetivo, por possibilitar a realização de uma categorização mais específica possibilitada por uma maior quantidade e precisão de categorias e atenta às suas características particulares.

Clarissa Pacheco do Nascimento

DISSERTAÇÃO DE CLARISSA NASCIMENTO.pdf

Farm

A construção de significados da marca FARM: uma investigação sobre branding
Esta dissertação se propõe a analisar a trajetória da marca FARM sob a ótica do branding e do design, compreendendo de que maneira a grife utilizou-os conjuntamente na gestão de sua marca. Para traçar as ações da FARM ao longo do tempo, foi utilizada como referencial uma pesquisa na imprensa, de 1998 até 2017. A análise posterior centrou-se na discussão de como o branding e o design, conjuntamente, atuaram na construção de múltiplos significados da marca FARM e influenciaram em sua relação com o público. Tal análise foi desenvolvida tendo como base teórica autores que relacionam as duas disciplinas, como Marc Gobé (2009) e Wally Ollins (2003). Este estudo também descreve a relação simbiótica entre a grife e a cidade do Rio de Janeiro, demonstrando como a cidade tornou-se um estereótipo de brasilidade, que foi aproveitado e reproduzido pela grife e como ambas cidade e marca - influenciam-se mutuamente. Além disso, buscou-se compreender a mudança do papel das marcas no século XXI e como elas, de uma forma geral, estão tendo que adaptar a sua estratégia de marca para poderem sobreviver às mudanças sociais ocorridas nesse momento da história, e como tal processo está impactando fortemente a relação entre marcas e consumidores.

DISSERTAÇÃO DE ROBERTA FREITAS.pdf

Vanguarda

Klaxon, Base, Noigrandes : o design das revistas brasileiras de vanguarda
As revistas Klaxon, base e Noigandres são exemplos de revistas de vanguarda em que o design gráfico foi usado como instrumento para a expressão de idéias, compartilhadas pelos grupos artísticos envolvidos em sua publicação. São marcos do design moderno, encaixando-se no conceito de produto erudito (Bourdieu), destinado não ao grande público, mas a grupos de pares, que compartilhavam os valores estéticos e as ambições à condição de vanguarda em seus respectivos domínios artísticos. Estas revistas são expoentes do campo do design gráfico moderno, que só viria a se institucionalizar na década de 60, com a criação da ESDI e o surgimento do movimento concretista nas artes plásticas.


Ivo Assad Ibri

DISSERTAÇÃO DE RAQUEL PONTE.pdf

fixação das crenças

identidade televisiva

Reflexões sobre o processo semiótico da identidade televisiva: o sonoro, o visual e o verbal nas vinhetas
A identidade televisiva é parte da identidade corporativa de uma emissora de televisão, um veículo de comunicação altamente influente e com elevada taxa de penetração em especial no Brasil. Composta pelas vinhetas interprogramas de identidade, também chamadas de vinhetas on-air, transmitidas nos intervalos comerciais, essa peça do design audiovisual objetiva identificar o canal, organizar a programação e, principalmente, transmitir os conceitos de marca da emissora. Sob a lógica de mercado, a identidade televisiva visa criar uma sólida imagem organizacional, gerando uma identificação com o telespectador, a fim de garantir a audiência da programação em um setor cada vez mais competitivo como o televisivo. Entendida como um signo complexo composto por signos sonoros, visuais e verbais, ela veicula significações que serão compartilhadas com os consumidores. Ao assistir a determinado canal de televisão, o telespectador torna manifesta sua identidade perante a sociedade. O objetivo desta dissertação é analisar como a identidade televisiva, uma das materializações da marca, cria essa identificação com o telespectador. Entendendo o Design como linguagem e a identidade televisiva como parte de um processo de semiose, a hipótese levantada é a de que as vinhetas on-air geram crenças nos telespectadores, fixando hábitos de conduta, isto é, hábitos de consumo. A teoria norteadora deste estudo foi a filosofia de Charles Sanders Peirce, a qual inclui sua Semiótica, um ferramental teórico adequado à análise de um meio híbrido por excelência a televisão em um contexto pós-moderno de fluidez, evanescência e provisoriedade. Também foram utilizados os conceitos das matrizes de linguagem e pensamento de Lucia Santaella, bem como uma bibliografia relativa às demais áreas de conhecimento que compõem a multidisciplinaridade do tema proposto. A análise desse objeto semiótico englobou os diferentes tipos de signos que o constituem, uma vez que a riqueza comunicativa da identidade televisiva se dá pelas inter-relações entre o sonoro, o visual e o verbal, que geram múltiplas possibilidades de interpretação. A pesquisa buscou ressaltar a importância do Design no processo semiótico da criação e da transmissão das mensagens e sua relação com outras linguagens que participam do meio televisivo.


DISSERTAÇÃO DE FILIPE CHAGAS.pdf

Design líquido : uma investigação sobre a construção das identidades contemporâneas
As identidades que por tanto tempo estabilizaram o mundo social estão em declínio, fragmentando o indivíduo tido como um sujeito unificado. Essa crise é parte de um processo maior de mudança. Fomos envolvidos por estratégias que nos fazem buscar nossas próprias identidades individuais e coletivas nas possibilidades de oferta que o mercado dispõe constantemente, seja de objetos, produtos, serviços, emoções, adjetivos etc. Da cultura material passamos à cultura do imaterial. Podemos escolher transitar entre diversas culturas e transformar nosso eu de acordo com o contexto e nossos desejos. É nesse contexto fluido que o branding se torna uma proposta inovadora de identidade de marca com o estabelecimento de imagens, percepções e associações pelas quais diversos públicos que influenciam uma organização irão se relacionar com ela. Esta pesquisa faz uma análise da identidade através da constituição do sujeito em nossa sociedade e através da construção de marca e de identidades institucionais. A empresa brasileira de cosméticos Natura é utilizada como ilustração para entender o branding e reposicionar o design na contemporaneidade.


Fernanda Gusmão Pernes
