Pezão tenta cortar em 30% os salários dos servidores da Uerj e é impedido por uma liminar
Na sexta passada (24/03), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, ameaçou cortar o salário de professores e funcionários, insinuando má vontade dos professores, que estão impossibilitados de trabalhar devido às condições atuais. “O que não dá é para ficar cinco meses parado. O Estado está fazendo um esforço imenso, e os alunos sem aula", disse Pezão em entrevista à rádio CBN. Nesta terça-feira (28/03), a UERJ conseguiu uma liminar, neutralizando a manobra do governador. A decisão proíbe qualquer corte à Uerj "enquanto permanecer a situação de precariedade que a impede, materialmente, de manter-se em total funcionamento". Prevê, também, uma multa pessoal de R$ 100 mil por dia caso o governador descumpra o parecer judicial. Além da precariedade, outros argumentos para a concessão da liminar foram: o princípio da irredutibilidade salarial de um funcionário público e o fato de o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ter considerado a ameaça como uma tentativa de Pezão (poder Executivo) de passar por cima do Legislativo, um ato ilegal.