Joaquim Redig
vre docente pela FAU USP, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (2017), Graduado (1968), Mestre (2007) e Doutor (2017) em Design pela ESDI - Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Titular do escritório Design Redig Associados (desde 1983). Designer e Diretor Técnico do escritório Aloisio Magalhães e sócio fundador da PVDI Programação Visual Desenho Industrial (1966-81). Consultor do IVM Institut pour la Ville en Mouvement (Instituto para a Cidade em Movimento, 2012). Consultor da Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura do Rio de Janeiro (1987-88 e 1995-97). Professor Pleno da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (onde leciona Design desde 1975). Professor Visitante da Pontificia Universidad Católica de Chile (1981). Professor de cursos de extensão, pós-graduação e conferencista no Brasil e em outros países da América Latina. Autor de livros e artigos, inclusive do primeiro livro teórico sobre Design, escrito e editado no Brasil - Sobre Desenho Industrial (ESDI, 1977) - e do livro Nossa Bandeira (Fraiha, 2009), em pesquisa exaustiva sobre a identidade brasileira. Co-fundador de entidades profissionais e acadêmicas em nível local (APDINS-RJ, 1979), nacional (ABDI-RJ, 1974 e AEND-BR, 1988) e continental (ALADI, 1980). Membro do Conselho Científico da SBDI Sociedade Brasileira de Design de Informação (desde 2004). Vice-Presidente (Direção Regional RJ) da Rede e-DAU, Designers, Arquitetos e Urbanistas em Rede (2021). Membro do Conselho de Produtores de Cultura do Município do Rio de Janeiro (1987-1988). Como designer, desenvolve projetos nas áreas de Desenho Industrial (design de máquinas, aparelhos, produtos plásticos, mobiliário de trabalho, mobiliário urbano) e de Programação Visual (design de Informação, sinalização, marcas, identidade visual, editorial, embalagens).
Na Luta, pela Autonomia: A Inflexão de Aloisio Magalhães na História do Papel Moeda - O Design por trás do Objeto
Este estudo pretende verificar como o saber e o fazer do Design potencializam um determinado setor industrial em benefício de um país, de seu desenvolvimento técnico, de sua economia social e de seu processo cultural. O papel moeda é, em primeiro lugar, o objeto mais massivo que existe (todos temos um no bolso); segundo, é o reflexo da identidade de um país ou região; e terceiro, é um produto altamente complexo do ponto de vista tecnológico e simbólico. A estas três razões para seu estudo soma-se a peculiar trajetória deste produto no Brasil, cuja morosidade foi rompida em 1970 pelo Design, enquanto conceito e metodologia, instrumento e saber, através do talento e da capacidade empreendedora de Aloisio Magalhães. Seus três projetos e sua atuação no setor ao longo de 15 anos levaram o Brasil a um árduo processo de busca e conquista de autonomia, contra forças tradicionalistas conservadoras, internas e externas, neste segmento tão especial e único da produção industrial. No bojo de um empreendimento político, tecnológico e econômico levado a efeito pelo Banco Central e pela Casa da Moeda na década de 1970, em cerca de 10 anos passamos de importador a exportador de papel moeda, com todas as vantagens econômicas e políticas da segunda posição. E mais: esta conquista o designer alcançou inovando na forma, no uso e na tecnologia do produto, mudando radicalmente sua linguagem, e integrando-o à sua época. Este trabalho contrapõe ainda o processo paralelo de um país vizinho, a Argentina, mostrando como eles são autônomos nesse setor desde o século XIX, mas sem a influência direta do Design, como ocorreu no Brasil - apesar da fertilidade do Design argentino. Está em jogo o papel (ou papéis) do designer como articulador da autonomia produtiva, da independência econômica e da identidade cultural de uma comunidade.
Fundamentos do Design de Aloísio Magalhães: Design BR 1970
Aloísio Magalhães foi um dos iniciadores do Design brasileiro na prática profissional, no ensino acadêmico, na institucionalização da atividade, e na reflexão sobre sua natureza técnica , e social. O seu projeto para a Petrobrás desenvolvido entre 1970 e 72, realizado por seu escritório no auge da sua carreira como designer, é o melhor testemunho da sua ação nesse campo, pela importância desta companhia para o país, pela abrangência do projeto (do cartão de visita aos tanques de refinarias) metodológica e mesmo lingüística que representou-se podemos estender este termo à linguagem visual. Particularmente disponho de posição única para realizar esta pesquisa, por ter trabalhado grande parte de minha vida profissional com Aloísio, por ter trabalhado especificamente e intensamente neste projeto, e ainda por não ter participado de sua concepção inicial. Além disso, tenho desde então atuado como designer nesta área de distribuição de petróleo, e acumulado informação sobre este mercado ao longo de 3 décadas, o que me ofereceu vasto material de análise. Por isso, embora meu foco seja o projeto de Aloísio e equipe em 1970, para compreende-lo é fundamental analisar o que havia antes e o que veio depois, o que permaneceu do projeto, e o que mudou. Deste estudo tiro 2 conclusões principais: 1) Que o projeto de sistemas gráficos ou de produtos é a forma do designer resolver o paradoxo entre necessidades opostas do processo de design, como a diversidade dos objetos de comunicação visual de uma empresa e sua unidade visual. 2) Que o processo de trabalho de Aloísio Magalhães oferece rico material de análise sobre o processo de Design..
Tempo e informação no cinema : memória descritiva
Tese (hoje TCC) para diplomação de Programação Visual da Escola Superior de Desenho Industrial (1967) que versa sobre a construção de uma roteiro visual para um filme. Nele o foco é usar fotografias invés de desenhos.
NOTA: Este resumo foi redigido para fins de disponibilização digital do acervo da ESDI e não consta no documento original. Este item do acervo foi disponibilizado através do projeto Arquivo ESDI: História do Design via redes digitais de conhecimento aberto.