Projetos

Tempos e atravessamentos: tramando linhas a partir do Centro Carioca de Design
Esta tese faz uma correlação entre a trajetória do Centro Carioca de Design (CCD) e o próprio ato de se escrever uma tese. Se o ponto de partida foi o CCD, criado em ato do Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro em novembro de 2009, no âmbito da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), sob a Subsecretaria do Patrimônio Cultural, Intervenção Urbana, Arquitetura e Design (SUBPC), mais tarde, entendendo que a tese constitui, em si, ela também, um “objeto”, busquei relacionar as narrativas de modo a organizar a tese em Tempos e Atravessamentos em alternância. Os cinco Tempos são: (1) Por um saber atravessado, onde apresento a tese e sua organização; (2) Design como Casa, onde apresento aspectos da casa onde fica o CCD e de seu entorno na cidade do Rio, além de desenhos, fabulações e imagens que aproximam quem lê a tese dos elementos apresentados; (3) Design como discurso, onde faço um exercício de análise do discurso, buscando entender o que queriam dizer as palavras “design”, “patrimônio cultural”, “estratégia” e “política”, dependendo de quem as dissesse; (4) Design como cultura, onde apresento o contexto da inserção do Design como política pública no Ministério da Cultura (MinC) durante os dois primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil, tendo Gilberto Gil (2003-2008) e Juca Ferreira (2008-2010) como ministros da pasta; e (5) Fazer-tentáculo, onde promovo um debate sobre o que seria “a verdade” (ou, ainda, quais seriam “as verdades”) possível(eis) em uma tese, e quais as implicações de se buscar “uma verdade” absoluta. Os Atravessamentos, por sua vez, apresentam artigos publicados ao longo do período do doutorado, mostrando um caminho não só do pensamento sobre design, patrimônio cultural, política e cidade, mas também entendendo que tudo aquilo que se produz no contexto de um doutorado é, necessariamente, tese. Assim, organizei os Atravessamentos em (1) Primeiro, em que apresento a proposta de “tempo tentacular” e a história da implantação do CCD na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro; (2) Segundo, um ensaio escrito e visual sobre as ruas do Rio de Janeiro e suas memórias; (3) Terceiro, escrito integralmente durante o ano de 2020, no auge do isolamento em função da pandemia de Covid-19, apresentando dois artigos sobre acontecimentos desse período, sendo um questionando o papel da arquitetura em relação ao discurso da sustentabilidade após o encontro de um starchitect dinamarquês com o presidente do Brasil em 2020, e outro fazendo uma crítica para entender quem são os corpos que realmente morrem no mundo à luz dos movimentos Black Lives Matter; e finalmente o (4) Quarto, em que proponho olhares diversos sobre o patrimônio cultural, em especial os monumentos patrimonializados e sua disposição como representação de poder nos “espaços públicos” das cidades. A tese é, assim, um documento heterogêneo, constituindo um passeio pela história política do design, do patrimônio cultural, e do próprio CCD, mas também um mapa de percurso para a própria tese, que se torna, também ela, um material de pesquisa.


Do álbum ao Instagram: a instantaneidade da imagem fotográfica no design de interface contemporâneo
A vida está cada vez mais acelerada. Fruto da vitória da matriz de pensamento do controle, através da qual o homem lidou contra incertezas, o tempo ocidental linear, progressivo e abstrato ganha velocidade à medida que o desenvolvimento econômico se fortalece. Esta condição temporal se reflete nas relações sociais. Passamos a lidar com o fluxo cada vez mais rápido, quebrando tradições, misturando referências, tornando fluida a fotografia, originalmente tão relevante para nossa memória do passado, e a inserindo nas redes sociais como relatos mais próximos do presente. O design, articulador e intérprete de tais mudanças, apresenta soluções frente aos desafios colocados pela fotografia. Buscamos, neste estudo dos projetos dos artefatos fotográficos, observar e identificar como o design responde aos desafios da condição temporal contemporânea. Para isso, analisamos o Instagram, aplicativo desenvolvido para celulares e outros aparelhos de comunicação, caracterizando-o como representante paradigmático dos projetos de design de interface contemporâneo no que se refere à vivência do tempo e à formação de memórias.


Tempo e informação no cinema : memória descritiva
Tese (hoje TCC) para diplomação de Programação Visual da Escola Superior de Desenho Industrial (1967) que versa sobre a construção de uma roteiro visual para um filme. Nele o foco é usar fotografias invés de desenhos.
NOTA: Este resumo foi redigido para fins de disponibilização digital do acervo da ESDI e não consta no documento original. Este item do acervo foi disponibilizado através do projeto Arquivo ESDI: História do Design via redes digitais de conhecimento aberto.
