Processo seletivo

DIY

Do álbum ao Instagram: a instantaneidade da imagem fotográfica no design de interface contemporâneo
A vida está cada vez mais acelerada. Fruto da vitória da matriz de pensamento do controle, através da qual o homem lidou contra incertezas, o tempo ocidental linear, progressivo e abstrato ganha velocidade à medida que o desenvolvimento econômico se fortalece. Esta condição temporal se reflete nas relações sociais. Passamos a lidar com o fluxo cada vez mais rápido, quebrando tradições, misturando referências, tornando fluida a fotografia, originalmente tão relevante para nossa memória do passado, e a inserindo nas redes sociais como relatos mais próximos do presente. O design, articulador e intérprete de tais mudanças, apresenta soluções frente aos desafios colocados pela fotografia. Buscamos, neste estudo dos projetos dos artefatos fotográficos, observar e identificar como o design responde aos desafios da condição temporal contemporânea. Para isso, analisamos o Instagram, aplicativo desenvolvido para celulares e outros aparelhos de comunicação, caracterizando-o como representante paradigmático dos projetos de design de interface contemporâneo no que se refere à vivência do tempo e à formação de memórias.

Do Art Nouveau Ao Art Déco - Centro Histórico

Do cosmos à terra: O Design e Antropologia para e com outros mundos possíveis
O Antropoceno, a crise sistêmica e o colapso socioambiental trazem a urgência de se repensar a insustentabilidade do ser-no-mundo moderno: antropocentrista, capitalista, neoliberal, extrativista, patriarcal e tantos outros adjetivos genocidas, imerso na lógica do "des-envolvimento" - literalmente, do “deixar de se envolver”- e que explora infinitamente os recursos de um planeta finito. A iminência do fim de mundo enquanto o conhecemos, comprovada científica e empiricamente, principalmente após a eclosão de uma pandemia mundial, pode ser interpretada como um resultado dessa forma de viver degenerante. Correr contra o tempo para mudar o rumo da espécie, que caminha em direção a autoextinção, ao lado de tantas outras, deixou de ser uma opção para se tornar a única saída para continuar coabitando o planeta. Ser apenas sustentável já não é o suficiente, se torna necessário também atuar de forma regenerante e criativa, a fim de responder à demanda de uma outra forma de existir: integrada à natureza.
Em resposta a isso algumas alternativas, não só para futuros, mas para presentes possíveis, estão sendo criadas e, principalmente, reativadas, principalmente aquelas que têm como base a epistemologia dos povos originários, que já experienciaram o fim dos seus mundos, resistindo e expandindo suas subjetividades. Nesse sentido, proponho com essa pesquisa que não é mais necessário inventar novas formas de ser mas sim fazer emergir aquelas que estavam soterradas. Ideias e potências essas sustentadas por uma visão cosmológica e sistêmica que, combinadas com a ciência ocidental, possibilitam um novo oxigênio para conceber a realidade e seus urgentes desdobramentos. A partir de ideias que caminham para a descolonização, autonomia, animismo, regeneração e pertencimento, acredito ser possível sonhar e se realizar natureza, se reconhecer enquanto território de luta e resistência. A transição cultural e perceptiva na direção de uma noção de existência expandida e regenerativa, se volta em direção ao cuidado, ao feminino e à terra, nos entendendo como parte dependente de uma rede de seres inteligentes, transcender e convergir experiências criadoras de subjetividade em uma conjuntura de ausências e desmoronamentos. Se o céu e as certezas até então estagnadas estão caindo por terra, que possamos ser capazes de despencar no cosmos, cautelosamente, em direção à ela, à Terra, de volta a Gaia.
Fazendo antropologia por meio do design, essa pesquisa mistura perspectivas objetivas e subjetivas a fim de criar de outros tipos de narrativas acadêmicas por meio de um diálogo ontológico do design para e com outras ciências. Com essa convergência, trazendo o questionamento o que realmente significa ser humano, busca-se explorar como reproduzir um serno- mundo reenvolvido em termos ecológicos ao meio interno e externo. Inspirado nas ideias de Ailton Krenak para adiar o fim do mundo, esse projeto se propõe a misturar linguagens e modos de imaginação de mundo, por meio de uma pesquisa que se desenvolveu em "um dispositivo de fabulação": um jogo/oráculo para sonhar, intuir e criar a possibilidade de contar mais histórias, outras histórias. Deixando que a natureza fale por nós, cruzar cosmologias e práticas, visões decoloniais e sistêmicas, para habitar os desafios da criação de presentes e futuros possíveis e, ao fazer as perguntas certas, sonhar outros mundos.

Do Digital ao Material - Workshop de Design Paramétrico

Do objeto artístico único à reprodutibilidade industrial: Aloisio Magalhães e sua decisão pelo design
Este estudo tem como objeto de pesquisa a figura de Aloisio Maga¬lhães e seu estabelecimento no design. Acreditando que os problemas que tangem o campo podem sempre ser pensados à luz de suas colocações que, inegavelmente contemporâneas, mencionam os mesmos impasses ainda hoje não dissolvidos , este trabalho se ocupa, prioritariamente, de um período específico entre 1955-1965, momento em que os questionamentos do pernambucano em relação ao papel do artista contemporâneo começam a tomar corpo, culminando com a decisão integral pela atividade projetiva. Na pesquisa desta época quando, num vai-e-vem entre Brasil, Europa e Estados Unidos, Aloisio opta pelo abandono das artes plásticas, uma hipótese se mostra pertinente: teria sido a experiência norte-americana, vivida por ele, um divisor de águas? Teria sido ela a responsável por sua decisão de caminhar em outra direção? Antes de sua primeira viagem aos Estados Unidos, em 1956, o trabalho de Aloisio dividia-se entre as pinturas de sua produção pessoal e as ilustrações para as publicações feitas na oficina d O Gráfico Amador, em Recife, onde seu envolvimento era ainda muito mais voltado às artes plásticas. Observa-se que a experiência norte-americana marca Aloisio de maneira definitiva, aproximando-o dos ideais da Bauhaus e despertando-o para o encontro da arte e do projeto com a educação. A fim de analisar um processo que se locomoveu do objeto único ao múltiplo, da arte para poucos indivíduos ao projeto para muitos ambientado no mundo industrial contem¬porâneo, este estudo divide-se em três conjuntos. O primeiro capítulo apresenta uma breve introdução sobre a vida de Aloisio: os tempos iniciais no Recife, seu envolvimento com as artes plásticas, a experiência na oficina do artista gráfico americano Eugene Feldman, che-gando à opção pelo design decisão que se mostra condicionada ao direcionamento de seu pensamento em relação às artes, mas também à situação do cenário nacional. Tendo como ponto de partida o fortalecimento do design moderno nos Estados Unidos, durante os anos 1930, com a chegada de artistas europeus de formação bauhausiana, o segundo capítulo versa sobre o cenário norte-americano encontrado por Aloisio Magalhães entre os anos de 1956 e 1959. Ali, além de se revelar como possibilidade de união entre o exercício prático comercial, a teoria crítica e o ensino, o design também aflora em Aloisio a percepção de que já não cabe mais ao artista contemporâneo fazer objeto único, desligado de seu contexto social. Por fim, o terceiro capítulo aborda o escopo do discurso construtivo alemão que encanta Aloisio bem como a muitos designers americanos , e sua repercussão, levantando as questões envolvidas no terreno entre arte e indústria. Assim, na articulação destes três conjuntos, busca-se compreender não só as intenções de Aloisio ao se decidir pelo design, como também sua preocupação em construir um pensamento próprio quanto à formação do campo no Brasil. Apostando no diálogo da arte com a tecnologia industrial, Aloisio torna-se um artista verdadeiramente integrado a seu tempo.

Do realismo ao cartum: sistematização de um modelo de conversão para captura de movimentos
A animação de personagens 3D é um dos campos tecnológicos de atuação do designer, que utiliza os métodos desenvolvidos pela animação tradicional para entregar suas produções. Desde a década de 1970, entretanto, um outro campo vem se desenvolvendo paralelamente a este processo: a captura de movimentos. Inicialmente rejeitada pelos profissionais deste setor, hoje ela é parte integrante e dependendo do tipo de produção, como os games e cada vez mais utilizada para a realização de animações. Neste trabalho, foi realizada uma pesquisa envolvendo captura de movimentos e animação de personagens 3D para comprovar nossa hipótese e proposta de criação de um sistema de cartunização de capturas de movimentos de semi-automática. Nosso método utilizou o modelo proposto pela Universidade de Illinois e, através dele, percorremos as seguintes etapas: levantamento bibliográfico sobre animação e seus estilos, com vistas à aplicação no sistema proposto e questionamento dos princípios de animação (propondo uma classificação sua); levantamento bibliográfico exploratório no campo da visão computacional, relatando o histórico desta área e o estado da arte dos sistemas de reconhecimento de movimentos; captura de movimentos, por meio de equipamento eletromagnético; experimento empírico, utilizando o reconhecimento de movimentos, através de um algoritmo desenvolvido na linguagem de programação C#, com aplicação de lógica Fuzzy para reconhecimento e classificação de movimentos através de uso de linguagem natural; aplicação de movimentos cartoons com estilos de animação levantados anteriormente sobre a captura de movimentos em software de animação 3D. Como resultados, obtivemos: o reconhecimento bem sucedido de dois movimentos similares capturados (corrida e caminhada), sua conversão em movimentos cartoons; uma proposta de classificação dos princípios de animação; uma proposta de classificação de animações.

"Do sonho às coisas": direção de arte e comunicação visual
O projeto “Do sonho às coisas” 1 : direção de arte e comunicação visual, tem como proposta o aprofundamento na área de direção de arte cinematográfica, através do estudo de seu surgimento, desenvolvimento e seus aspectos técnicos e projetuais. Também pretende analisar o papel do diretor de arte dentro de uma produção cinematográfica de caráter ficcional; e entender a direção de arte como um processo de comunicação visual, de construção da narrativa imagética, e de tradução do roteiro para a tela.
Assim, o projeto propõe-se a observar a direção de arte cinematográfica também como um campo de atuação possível para designers. Um ponto importante do projeto é possibilitar ao designer, ou estudante de design, uma aproximação com a direção de arte cinematográfica, tendo em vista a carência de publicações nacionais sobre o assunto. Por fim, objetiva-se, através da realização de dois clipes, acompanhar e analisar as etapas projetuais relacionadas ao desenvolvimento de um projeto de direção de arte, bem como a utilização de elementos da comunicação visual como ferramenta narrativa.

Dobrando e montando sólidos com papel: o origami modular, com Denise Filippo
O origami, arte japonesa de dobrar papéis, é amplamente conhecido como brincadeira infantil e como ferramenta educativa utilizada nas primeiras séries da escola. No entanto, o origami é hoje estudado e aplicado em diversas áreas, seja para inspirar a criação de luminárias, móveis e roupas ou para apoiar o desenvolvimento de airbags e stents para desobstrução de artérias, entre outras possibilidades.

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Documentação, análise e sistematização de parâmetros para a revisão e atualização das relações de participação e engajamento entre os envolvidos em atividades de ensino e pesquisa em design
o presente projeto busca redefinir, em termos antropológicos, o que constitui a educação e a pesquisa em design. Ao especificar a originalidade que as distingue, nomeadamente as abordagens pedagógicas e investigativas de (1) aprendizado pelo fazer e (2) exercícios de imaginação coletiva de futuros transformativos, complementarmente a pesquisa se orienta para uma reconsideração do ensino e da pesquisa em design por meio de uma análise antropológica. Ao combinar design e antropologia, ela inevitavelmente contribuirá, também, para a ampliação do escopo de estudos no emergente campo denominado de design anthropology, que reúne pesquisadores das duas áreas em busca do estabelecimento de relações simétricas entre modos de produção de conhecimento próprios às duas áreas de estudos a fim de produzir inovações para a prática e pesquisa nas ciências sociais, como é o caso da antropologia, e nas ciências sociais aplicadas, como é o caso da área de design.

documentário

documentário interativo

Documento área AUD

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Dois de Copas

Dois de Espadas

Dois de Ouros

Dois de Paus

dom casmurro

Dom Casmurro

doméstico
