--gray-1
--gray-2
--gray-3
--gray-4
--gray-5
--red-1
--red-2
--red-3
--red-4
--red-5
--yellow-1
--yellow-2
--yellow-3
--yellow-4
--yellow-5
--green-1
--green-2
--green-3
--green-4
--green-5
--blue-1
--blue-2
--blue-3
--blue-4
--blue-5
--purple-1
--purple-2
--purple-3
--purple-4
--purple-5
PPDESDI Doutorado

Projetos de escola em disputa: resistências pedagógicas à implementação do design moderno no Brasil na década de 1960

Resumo

A implementação do ensino do design moderno ocorreu a partir da década de 1950 no Brasil. A década seguinte foi muito promissora e fértil em ideias educacionais para a profissão porque, além das instituições acadêmicas estarem sendo postas em questão pelos estudantes no mundo todo, aqui, ainda não se havia institucionalizado o ensino de design, que se consolidaria com a regulamentação do currículo mínimo obrigatório adotado no final da década. Essa pesquisa, inserida no campo da história em design, centrou-se em 3 projetos de escolas de design que tentaram, sem sucesso, ser implementados no Brasil nesse momento: a Escola de Desenho Industrial e Artesanato, projeto da arquiteta Lina Bo Bardi inserido no Complexo do Solar do Unhão, Salvador, Bahia, de 1961-64; o Centro de Estudos Universitários do Parque Lage, em 1965, também projeto de Bo Bardi; e a paralisação de 14 meses da Escola Superior de Desenho Industrial, entre 1968-1969, uma tentativa coletiva de reforma estrutural da escola. Desenvolvendo uma abordagem decolonial sobre a história do design no Brasil, buscou-se recuperar um debate entre visões divergentes que guiaram os primeiros anos de instauração da educação e prática de design moderno no país, olhando para projetos que ofereciam alternativas ao que estava sendo consolidado como modelo de ensino. Após extensa pesquisa arquivística, como uma maneira de imaginar como essas escolas poderiam ter funcionado, já que ficaram em projeto, as fabulações especulativa e crítica (foram mobilizadas como ferramentas metodológicas.

Resumo (Inglês)

The implementation of modern design education in Brazil began in the 1950s. The following decade was highly promising and fertile in educational ideas for the profession because, besides academic institutions being questioned by students worldwide, design education had not yet been institutionalized here, which would be consolidated with the regulation of the mandatory minimum curriculum adopted at the end of the decade. This research, situated within the field of design history, focused on three design school projects that attempted, unsuccessfully, to be implemented in Brazil during this period: the School of Industrial Design and Handicrafts, a project by architect Lina Bo Bardi inserted in the Solar do Unhão Complex, Salvador, Bahia, from 1961-64; the University Studies Center of Parque Lage, in 1965, also a project by Bo Bardi; and the 14-month halt of the Superior School of Industrial Design, between 1968-1969, a collective attempt at structural reform of the school. Developing a decolonial approach to the history of design in Brazil, the aim was to recover a debate between divergent views that guided the early years of the establishment of modern design education and practice in the country, looking at projects that offered alternatives to what was being consolidated as the teaching model. After extensive archival research, as a way to imagine how these schools could have functioned, since they remained as projects, speculative and critical fabulations were mobilized as methodological tools.