Projetos
O design e a modelagem 3D como auxiliar no ensino da parasitologia
Este trabalho de conclusão de curso visa utilizar o design como instrumento para contribuir na produção de ferramentas alternativas de ensino na área de ciências biológicas, mais especificamente em parasitologia. Com o objetivo de criar modelos 3D virtuais e impressos do ovo do nematoide Trichuris muris, para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem em ciências e educação em saúde. Esperamos que nossos resultados permitam o aperfeiçoamento do uso de modelos didáticos virtuais e impressos, com base em ferramentas de produção de imagem como o uso de microscopia de alta resolução. Contamos que os resultados possam auxiliar nos mais diferentes níveis de formação com o intuito de promover a divulgação científica.
O design e a modelagem 3D no auxílio do ensino-aprendizagem em ciência para a educação em saúde
A comunicação é uma característica intrínseca à experiência humana ocorrendo de diversas maneiras, seja por gestos, comunicação oral ou visual. No contexto da visualização, é importante destacar que ela pode-se dar tanto na percepção de objetos físicos quanto na capacidade de imaginar e transmitir ideias ou conceitos. A forma de visualização passou por diversas adaptações, o uso de representações bidimensionais para tridimensional, buscando aprimorar os meios de transmitir informações, é um exemplo do empenho por torná-la mais compreensível, reais e expressivas. Na ciência, o uso de modelagem e impressão 3D desempenha papel importante na compreensão de estruturas complexas e na representação de objetos e fenômenos do mundo real, ferramentas de softwares de modelagem e impressão 3D, possibilitam a criação da forma orgânica, tornando viável a reprodução da visualização da informação científica de maneira tangível. Essa nova abordagem tem se mostrado importante para pesquisa, em especial na área da ciência biológicas, com foco em organismos microscópicos. Na educação faz-se presente no processo ensino-aprendizagem, o design com o uso da modelagem 3D com foco em facilitar a educação em saúde, auxilia na compreensão de dados científico, bem como contribuindo com os aspectos de prevenção na transmissão, interpretando informações que muitas vezes não podem ser vistas a “olho nu”. Além de contribuir para a construção e disseminação de informação, popularização da ciência e desenvolvimento de alternativas que capacitam novas estruturas de visualização, com uso de protótipos e modelos didáticos.
O design editorial brasileiro no capitalismo cognitivo: a lógica do campo das publicações com design autoral
Esta tese busca analisar, discutir e compreender as manifestações da autoria no design editorial brasileiro. Ao refletir sobre o designer enquanto autor do livro, percebemos que a autoria se manifesta de forma diferente de acordo com o tipo de publicação. Assim, procuramos definir em quais publicações o designer deve ser considerado autor proprietário dos livros que projeta, portanto devendo ter seus direitos assegurados. Consideramos que a autoria gráfica se dá nos livros com design autoral, ou seja, nos livros em que o projeto gráfico se torna também uma narrativa visual em que a forma se torna também conteúdo. Percebemos que apesar de todas as discussões sobre o designer enquanto autor do livro, ainda existe uma dificuldade em reivindicar tal posição. Focamos a pesquisa no livro impresso contemporâneo e, portanto, no atual modo de produção do capitalismo cognitivo por acreditar que o caráter histórico dos processos e relações sociais de produção interferem na criação e circulação dos produtos na sociedade. Neste modelo, a produção da riqueza é gerada pelo trabalho imaterial em que a produção de bens rompe com os limites da fábrica e se dá no tempo de não trabalho. Assim como toda mercadoria, os livros também possuem um caráter fetichista que oculta as relações sociais de produção. Marx (s/d), nos lembra que a mercadoria é misteriosa simplesmente por encobrir as características sociais do próprio trabalho dos homens, apresentando-as como características materiais e propriedades sociais inerentes aos produtos do trabalho (p. 81). Os livros com design autoral, que possuem uma assinatura estilística, recuperam os elementos característicos da aura presente nas obras de arte, a autenticidade e a unicidade, e desta forma agregam um valor simbólico ao produto. Ao longo da pesquisa percebemos que essas publicações constituem um campo específico, com uma lógica de funcionamento própria. Desta forma, os livros com design autoral são publicados por pequenas editoras que, por possuírem uma lógica econômica diferente das grandes editoras, buscam um prestígio pela importância cultural das publicações e investem em produtos diferenciados. Ao publicar textos em domínio público ou buscar apoio de leis de incentivo, as editoras conseguem investir mais nos aspectos gráficos do livro. Outra forma de reduzir os custos de produção é através da impressão sob demanda ou através da venda antecipada. Sendo a escassez e a originalidade, promovidas pela indústria, mecanismos de manutenção da aura, como apontou Araújo (2010), as edições com tiragem limitada acabam reforçando o caráter aurático dessas publicações com design autoral.
O design em lugar nenhum: uma empreitada moral de William Morris
William Morris (1834-1896), artesão-artista, escritor e ativista político inglês (para leituras contemporâneas, também um "designer"), costuma ser representado através de uma visão fragmentada desses títulos que carrega. De maneira geral, Morris aparece acompanhado de um recorte, seja baseado nas suas diferentes atividades ou nos seus diferentes ideais. Poucas são as investigações que se propõem a compreender seu trabalho a partir do seu caráter multidisciplinar (ou, ao menos, que tentem reunir tal multidisciplinaridade sob um mesmo tipo de análise, sem recorrer a fragmentações e valorações de partes da carreira de Morris diante de outras). Nesta pesquisa, buscamos desenvolver um olhar ampliado sobre a sua carreira, encontrando na ideia de "empreitada moral" um fio condutor capaz de agregar os diferentes tipos de criação e diferentes fases desse personagem histórico. Para alcançar isso, expandimos nossa percepção de design, vendo-o como um meio para criar universos e cenários de vida. Dessa forma, ele pode ser excedido para além da sua materialidade. No caso de Morris, o design costuma ser interpretado dentro dos limites da sua produção de objetos e artigos decorativos – se estendendo, no máximo, a alguns ideais que "embasam" tal produção. Neste trabalho, nosso esforço é o de borrar esses limites, nos atentando para os motes que direcionam as ações de Morris e que podem manifestar-se em qualquer uma das suas aventuras artísticas e políticas.
O design na criação de hábitos em jogos online
O capitalismo de vigilância como fenômeno não afeta apenas as redes sociais, e seus
mecanismos vão além da extração de dados. As práticas de captura de atenção e
formação de hábito, fundamentadas na psicologia comportamental e utilizadas para
este fim também se manifestam no mercado dos jogos online, como ferramenta de
retenção e conversão de jogadores em consumidores. Ao analisar o contexto em que
se deram tais práticas, esta pesquisa propõe uma análise teórica do design de jogos
e como se dá a cooptação desse meio por elas. Mesmo que essas práticas não
passem despercebidas pelos jogadores, que sentem seus efeitos, suas naturezas
sorrateiras se misturam com o ciclo normal de jogabilidade. Com a finalidade de
articular esses pontos na prática, propõe-se um estudo de caso do jogo Genshin
O design na obra de Enrique Dussel
Neste trabalho, buscamos partilhar reflexões com aqueles que têm refletido o design baseado em cosmovisões e saberes múltiplos, desde a América Latina. Compartilhamos com eles questões como: é possível ‘reorientar’ o design para a superação das crises ecológicas e sociais? É possível projetar desde outros marcos interpretativos e experiências de mundo diversas? Esses questionamentos se somam a de pesquisadores e praticantes de design que têm refletido sobre as consequências das práticas da disciplina e buscado novos modelos de atuação para ela (DUNNE, RABBY, 2013; MALPASS, 2013), como o design para transição (IRWIN et al., 2015), design justice (COSTANZA-CHOCK, 2020), os enfoques ontológicos do design (WINOGRAD e FLORES, 1989; FRY, 2013; ESCOBAR, 2016), dentre outros. No contexto latino-americano, a busca por novos paradigmas de atuação da disciplina tem sido realizada (dentre outros) com o suporte dos estudos decoloniais, que propõem revisões da constituição histórica da modernidade no continente (QUINTERO et al., 2019), por meio da reflexão continuada sobre a realidade cultural e política latino-americana (ESCOBAR, 2005). As interfaces entre os estudos decoloniais e o campo do design têm crescido nos últimos anos, atraindo interesses de ambos os lados (AKAMA et al., 2019). O resultado disso é um conjunto heterogêneo de reflexões que apontam para deslocamentos e novas formulações sobre o campo. Buscamos, nesta dissertação, ampliar esta interface, por meio da sistematização e discussão do tema na obra de Enrique Dussel. O filósofo argentino-mexicano, que é uma peça-chave do denominado giro decolonial (decolonial turn), produziu, entre as décadas de 70 e 90, profícuas reflexões quanto à disciplina ‒ que abrange desde os seus fundamentos filosóficos e se estende às discussões quanto a uma política latino-americana para a disciplina. Apesar da riqueza de suas contribuições, elas permanecem relativamente desconhecidas do público em geral e, em particular, pelo nosso campo. Com isso, oferecemos um conjunto de elementos teóricos e conceituais que auxiliam os pesquisadores e interessados em design a localizá-lo no horizonte dos estudos decoloniais. De outro modo, esperamos traçar, um panorama geral das contribuições do pensamento crítico latino-americano que auxiliem o design a se configurar como instrumento crítico nos quadros disciplinares, científicos e sociais contemporâneos.
O Design na Produção Moveleira da Serra Gaúcha
O presente trabalho visou levantar e analisar dados sobre o desenvolvimento de design na produção contemporânea das indústrias moveleiras dos pólos de Bento Gonçalves e Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul. Para tanto, foram abordadas questões referentes ao desenvolvimento brasileiro, de acordo com os aspectos social, cultural e industrial; à indústria moveleira, em relação aos panoramas internacional, nacional e sul-rio-grandense; aos processos de imigração, em especial a italiana, que se instalou na Serra Gaúcha; ao desenvolvimento industrial, principalmente moveleiro, no Rio Grande do Sul; à institucionalização do design neste Estado; aos designers gaúchos e seus escritórios; e aos pólos moveleiros da Serra Gaúcha, representados pelas cidades de Bento Gonçalves e Flores da Cunha. A partir dessa fundamentação teórica, realizou-se uma pesquisa de campo que abrangeu nove empresas moveleiras dos pólos citados. Dessa forma, chegou-se a resultados apresentados pelo panorama pesquisado que propiciaram a discussão sobre a produção moveleira dessa região.
O Design no Circo Voador (1982 1992): os artefatos e as condições de sua realização
Nossa pesquisa tem como objetivo observar a produção de design de comunicação nos primeiros dez anos do Circo Voador, casa de espetáculos carioca fundada em 1982. Criado para ser um espaço de uma cultura de vanguarda, com ênfase na produção musical não-erudita, a escolha do período busca avaliar as condições dispostas no contexto histórico, a importância da sua formação inicial enquanto encontro de movimentos culturais até a sua consolidação como uma referência de espaço para eventos artísticos. Os artefatos de design eram produzidos em sua maioria voltados para a divulgação da programação junto ao público, com utilização efêmera. O trabalho envolveu pesquisa bibliográfica, levantamento em acervos, depoimentos dos principais designers, artistas gráficos e produtores culturais envolvidos nesta produção (os que foram localizados e se dispuseram a participar), sistematização e análise dos dados levantados. Seus objetivos foram: a) contribuir para a compreensão das dinâmicas de projeto e produção de artefatos naquele contexto; b) contribuir para o conhecimento histórico do design no Brasil.
O Design no processo de aprendizagem de Artes na Educação Básica
O presente trabalho reflete as trajetórias acadêmica, profissional e pessoal que venho construindo, em que permeiam as áreas da educação e a da criatividade, em especial o Design. Desse modo, relaciona-se ao percurso de construção da minha prática pedagógica para o ensino-aprendizagem de Artes, tendo como recorte o Centro Educacional de Maricá Joana Benedicta Rangel, uma das escolas em que lecionei durante o estudo. Assim, em um cenário de desafios, prazeres e descobertas, trata-se de uma pesquisa exploratória, que tem como enfoque metodológico a pesquisa-intervenção, orientada pelo método cartográfico, assumindo as interferências entre sujeito e objeto pesquisado. Tem portanto, como objetivo primário, acompanhar e vivenciar os processos de integração entre Design e o ensino-aprendizagem de Artes, em uma escola pública da cidade de Maricá, tomando esta comunidade escolar como um público parceiro de projeto de design, estabelecendo relações entre design, artes e o Paradigma da Comunicação (Pacheco, 2019), buscando possibilidades de ressignificar este componente curricular nesse contexto escolar. Para desvendá-lo, inicio com uma análise a partir de pesquisa de campo, com base em documentos, questionários e entrevistas, que me levaram a identificar os principais pontos de interesse em investimentos da prefeitura em educação, os maiores anseios das alunas e alunos e os objetivos das professoras e professores de Artes. Em seguida, fundamentada em uma revisão assistemática de literatura, busco possíveis relações entre artes e design, compreendendo-os como processos. Posteriormente, apresento um panorama sobre a Arte e sobre o Design na Educação Básica, bem como as quatro abordagens que embasam este trabalho: Abordagem Triangular (Barbosa et al., 2010), Aprender Projetando (Martins, 2022), Aprendizagem Inventiva (Kastrup, 2005), e Aprender em Comunidade (Pacheco, 2019). Estes, em geral, se conectam dentre outras coisas, pela proposta de promover uma aprendizagem ativa, por meio das relações, além da construção da autonomia e da subjetividade. Reunindo as principais descobertas, apresento um desenho de uma proposta pedagógica, vivenciada com duas turmas de sexto ano do Ensino Fundamental. Analisando a experiência, foi possível perceber a presença de diversos aspectos das quatro abordagens, consistindo em uma reunião frutífera para a construção de competências e de conhecimentos, e para o desenvolvimento de habilidades e de valores importantes para a formação integral do indivíduo, apesar de algumas implicações. Estas, por sua vez, provocaram reflexões com vistas à novas possibilidades.
O designer como o responsável por preservar a identidade da marca ao longo da produção das coleções de moda
Esta pesquisa examina a responsabilidade do designer de moda na manutenção da identidade de uma marca, uma vez que é ele quem concretiza as ideias na criação dos produtos. O objetivo principal deste estudo é averiguar o que pode ser guardado como registro das criações das empresas de moda, contribuindo para que os designers da área sejam capazes de elaborar seus próprios repertórios de informações e consultá-los para construir a identidade entre: as peças, a marca e as coleções anteriores. A primeira fase da tese consiste em uma revisão da literatura, especialmente acerca do tema coleção de moda . Na segunda fase é feita uma análise das coleções de moda no processo de design. A partir de então, junto com os orientadores, pontuamos os principais tópicos que um designer precisa dominar para projetar peças de vestuário. Salientamos que este estudo é válido para as demais áreas do design uma vez que tratamos do cruzamento de dados tangíveis e intangíveis que auxiliam o designer a vislumbrar soluções no processo criativo. As fases preliminares deram suporte à terceira fase, que consiste em confrontar a teoria com a prática para verificar a aderência entre elas. Isto foi feito por meio de entrevistas com profissionais e visitas à empresas de moda no Rio de Janeiro. A pesquisa resultou não somente em uma sugestão do que pode ser guardado, como também em uma reflexão sobre a qualidade dos dados que podem ser guardados, a fim de garantir a visualização da identidade da marca ao longo de tempo. Consideramos que este trabalho contribui para enfatizar a importância do papel do designer para a indústria da Moda.
O display do pequeno comércio tradicional no centro do Rio de Janeiro
Tese (hoje TCC) da diplomação na Escola Superior de Desenho Industrial (1974) consiste na análise de fachadas de lojas do Centro do Rio de Janeiro. O estudo investiga o tipo de produtos expostos, sua disposição, cores usadas e elementos arquitetônicos. Também é usada a fotografia como forma de documentação.
NOTA: Este resumo foi redigido para fins de disponibilização digital do acervo da ESDI e não consta no documento original. Este item do acervo foi disponibilizado através do projeto Arquivo ESDI: História do Design via redes digitais de conhecimento aberto.
O drama do projeto: uma teoria acional do design
A tese propõe uma nova maneira de ver o campo do design, de acordo com a qual o designing (ou projetar) é entendido como o desenrolar de uma situação dramática, constituída por diversas personagens reunidas em torno de um problema comum. A hipótese que norteia essa construção teórica é de que o design pode ser pensando não apenas como uma forma de produção, definida pela transformação material do mundo, mas também como uma forma de ação entre pessoas, de natureza efêmera. O objetivo da tese é, portanto, o de iluminar a dimensão acional do design, tendo em vista seu compromisso primordial com a criação de novas realidades. Ele atende a uma dificuldade persistente dos designers para compreender como e por que as situações criadas podem diferir das situações planejadas, considerando a imagem legada pela tradição das artes e ofícios do artista de gênio que trabalha em isolamento. Uma revisão dessa imagem tem início após a Segunda Guerra Mundial, quando grupos de arquitetos, designers e engenheiros unem-se em uma especulação comum sobre os métodos e as situações de projeto em geral. Emerge daí uma concepção do design como processo, a qual subjaz à posição atual dos profissionais de projeto frente ou dentro das organizações ou das instâncias de decisão e planejamento. Para construir esse argumento, parte-se na tese da teoria da ação de Hannah Arendt, descrita no seu livro The Human Condition (1958), e de uma problematização histórica de longo arco temporal das distinções conceituais que marcaram o surgimento do design moderno. A seguir, busca-se indícios que confirmem a hipótese em algumas das teorias que compõem, a partir dos anos 1960, o campo heterogêneo do design. Entre elas, destacam-se as de Herbert Simon, Bruce Archer, Horst Rittel e Richard Buchanan. Feito isso, extrai-se então o conceito de drama de um conjunto de teorias sobre teatro moderno, a fim de criar uma nova metáfora que explicite o projetar como uma atividade de um grupo de pessoas. Em suma, a metáfora do drama do projeto revela como uma conjunção de agentes em torno de um problema comum estabelece uma trama que determina o processo de design e, consequentemente, os seus produtos. Como modelo teórico, ela permite compreender como os agentes criam novas situações que fogem parcialmente ao seu controle e às suas expectativas. A metáfora indica ainda que a imprevisibilidade das ações vivenciada empiricamente pelos agentes é, na verdade, uma característica intrínseca ao processo de design, quando considerada a pluralidade de personagens que o constitui. Ao final da tese, discute-se, entre outras coisas, os limites teóricos dessa proposição e as suas consequências para a educação em design.
O espaço do homem e do objeto
Tese (hoje TCC) da diplomação na Escola Superior de Desenho Industrial (1976). O trabalho examina a interação entre o homem e os objetos no ambiente urbano, abordando a poluição, simbolismo, e o impacto dos objetos na vida cotidiana, e desenvolve um assento público para ilustrar essas dinâmicas, utilizando uma abordagem multidimensional para entender problemas urbanos e suas implicações sociais.
NOTA: Este resumo foi redigido para fins de disponibilização digital do acervo da ESDI e não consta no documento original. Este item do acervo foi disponibilizado através do projeto Arquivo ESDI: História do Design via redes digitais de conhecimento aberto.
O fazer criador de si e do mundo: um olhar sobre a experiência dos processos experimentais no ensino de design contemporâneo
Este estudo tem como objeto de pesquisa as experiências oportunizadas por processos criativos nos quais se prioriza a livre experimentação. Dando-se no contexto do ensino superior de Design, neste trabalho, olhamos para a experimentação como errância e investigação que possibilita breakdowns (VARELA, 2003) – colapsos que desestabilizam modos de agir corriqueiros, criam novas formas de operar, reinventam mundos e maneiras de viver. Nos distanciando dos valores capitalistas de produção que pautam também o ensino, refletimos sobre a contribuição destas "experiências errantes" para a formação dos designers na contemporaneidade, entendendo a graduação em Design como possibilidade de espaço de suspensão desta lógica produtivista, configurando-se como ambiente seguro e convidativo a intensas experimentações através do fazer. Por meio de conversas realizadas com estudantes e professoras de Design, buscamos reunir diferentes pontos de vista sobre a experiência dos fazeres experimentais enquanto prática pedagógica. Ao relacionarmos o ambiente do ensino superior em Design a um picadeiro de circo que, com sua rede de proteção, tranquiliza o acrobata – este profissional de corpo suspenso no ar, também pressionado pelo desempenho perfeito – para a aprendizagem de sua prática, sugerimos que a suspensão da lógica produtivista se dê a partir de três elaborações: pelo enfrentamento do risco, do erro, do não padronizado; pela produção coletiva que subverte a ideia de efetividade pela afetividade; e pela adoção de um modelo de ensino não tradicional, que expande as fronteiras do espaço físico das salas de aula.
O livro de arquitetura no Brasil
Os estudos desenvolvidos durante o mestrado estão ancorados nas relações transversais entre arquitetura e o design gráfico; o livro de arquitetura contribui para o debate disciplinar e o contrário também é verdadeiro: a cultura do livro é fomentada pelo tema da arquitetura. Projeto e planejamento, decisões e escolhas, além da ação de agentes responsáveis pela existência material dos objetos, eram abordagens do meu repertório disciplinar (formação em arquitetura) que estavam à disposição para completar aquele ciclo de estudos. Porém, apropriando-se do método de pesquisa da memória gráfica e da cultura material me aproximei do objeto de análise procurando compreender a natureza estratégica da página do livro e das condições de sua realização, permitindo-me perceber como se dá a pesquisa em design. Como afirma Forty, “a aparência das coisas é, no sentido mais amplo, uma consequência das condições de sua produção” (2007, p. 12). Pesquisas semelhantes à que se pretende realizar foram desenvolvidas por Danilo Matoso Macedo na tese de doutorado em Arquitetura e Urbanismo “Biblioteca brasileira de arquitetura, 1551–1750”, orientada por Sylvia Fischer e apresentada na UNB em 2017, e Leonardo Caramori que apresentou a dissertação de mestrado “A biblioteca da Escola Politécnica de São Paulo e seus acervos de engenharia civil e arquitetura entre 1894 e 1928”, orientada por Solange Ferraz de Lima, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP) em 2015. Apesar do hiato temporal entre os levantamentos bibliográficos e documentais realizados pelos autores, são estudos que fornecem pistas de pesquisa num universo disperso, porém específico. Macedo consultou inventários de acervos coloniais e selecionou autores brasileiros a partir de um levantamento em bibliografias gerais sobre o período (2017, p. 1-2), enquanto Caramori se debruçou sobre dois conjuntos documentais: papéis administrativos da biblioteca e da diretoria da Escola Politécnica de São Paulo, importante espaço de articulação política, profissional e intelectual de arquitetos e engenheiros na região de São Paulo (2015, resumo). Observei, na análise preliminar dessas referências, a omissão relativa à dimensão gráfica dos impressos, um campo de estudo ainda incipiente. A afirmação de Tavares que “a mudança do manuscrito para a impressão e dos desenhos feitos à mão para imagens reproduzidas mecanicamente” (2016, p. 19) beneficiou a cultura arquitetônica com a aquisição de códigos de representação foi também importante para a “valorização do trabalho de projeto sobretudo no livro ilustrado” (CARDOSO, 2005, p.161). Fato que justifica a presente investigação que busca compreender o livro de arquitetura como um produto industrial derivado de um projeto e suas dimensões como um produto social e cultural.
O livro infantil ilustrado brasileiro contemporâneo: a importância do projeto gráfico para a experiência dos leitores
A pesquisa de doutorado O livro infantil ilustrado brasileiro contemporâneo: a importância do projeto gráfico para a experiência dos leitores propõe uma investigação a respeito do projeto gráfico dos livros infantis ilustrados contemporâneos brasileiros e sua recepção pelas crianças, no contexto de uma escola pública do Rio de Janeiro, O colégio Pedro II. Busca enxergar a importância do texto e das imagens conciliadas em uma proposta unificada, que se soma às definições do suporte material (formatos, papéis, e recursos gráficos) e como essa conformação do objeto livro afeta e é determinante para a experiência dos leitores infantis. A pesquisa se desenvolve partir de um recorte de obras relevantes selecionadas e analisadas entre os anos 1990 e 2020 com foco no projeto gráfico, e através de oficinas com crianças, que são o público-alvo, com intuito de se compreender a recepção, o olhar, a percepção e a experiência dos leitores contemporâneos.
O método Montessori : a escolha do brinquedo
Tese (hoje TCC) para diplomação em Desenho Industrial da Escola Superior de Desenho Industrial (1971) consiste na criação de um material sensorial para o Método Montessori. Aborda a análise do método e do comportamento infantil para, posteriormente, propor o projeto de um brinquedo.
NOTA: Este resumo foi redigido para fins de disponibilização digital do acervo da ESDI e não consta no documento original. Este item do acervo foi disponibilizado através do projeto Arquivo ESDI: História do Design via redes digitais de conhecimento aberto.
O ônibus urbano
Tese (hoje TCC) para obtenção de diplomação em Desenho Industrial (1967) que versa sobre a construção de um assento para ônibus urbanos. O trabalho aborda os principais problemas existentes, o contexto histórico e as etapas de desenvolvimento do projeto.
NOTA: Este resumo foi redigido para fins de disponibilização digital do acervo da ESDI e não consta no documento original. Este item do acervo foi disponibilizado através do projeto Arquivo ESDI: História do Design via redes digitais de conhecimento aberto.
O papel de carta comercial : um guia de normas e recursos
Tese (hoje TCC) para diplomação de Desenho Industrial da Escola Superior de Desenho Industrial (1972) que traz um manual para o uso comercial do papel de carta, estabelecendo parâmetros como tipografia, cor, papeis, etc. além de normas e recursos.
NOTA: Este resumo foi redigido para fins de disponibilização digital do acervo da ESDI e não consta no documento original. Este item do acervo foi disponibilizado através do projeto Arquivo ESDI: História do Design via redes digitais de conhecimento aberto.
O papel do Design de Interiores na comunicação de uma marca: o caso Melissa
Esta dissertação iniciou-se pela aspiração de aprofundamento na questão da comunicação por meio de espaços construídos. Mais especificamente - no universo de representação das lojas. Buscou-se analisar, compreender como o discurso identificador de uma marca, representativa da sociedade de consumo, estaria manifestado no objeto construído e no ambiente por ele estabelecido. Para nortear nosso percurso, utilizamos teorias propostas por Gilles Lipovetsky e Everardo Rocha sobre o domínio do consumo e sua representatividade na sociedade moderno-contemporânea assim como, métodos de análises fundamentados na semiótica pierciana apresentados por Lucia Santaella. Assim sendo, acreditamos construir um arcabouço teórico necessário que nos permita compreender a manifestação de uma marca representativa da sociedade regida pelo fenômeno do consumo, suas formas de representação, sua identidade e como a mesma se apresenta em seu espaço de venda.
O papel do designer na cultura do DIY e sua atuação em espaços maker no Rio de Janeiro
O Do It Yourself é um movimento que ganhou força nos Estados Unidos, mas que tem raízes muito mais antigas, como o sloyd na Suécia em 1860. Esse movimento, que chegou ao Brasil há poucos anos, trouxe consigo novos modelos de negócios. Um deles é o compartilhamento de oficinas e cursos práticos, como o de marcenaria com enfoque no público hobbista, realizados nos locais conhecidos como espaços maker. No atual cenário de desindustrialização e de crises econômicas, o surgimento desses espaços abre portas para designers que desejam desenvolver peças autorais e trabalhar atuando diretamente com a produção artesanal de suas peças em pequenos e médios lotes. O principal objetivo deste trabalho é observar e mapear os avanços do campo do design de produto dentro dos espaços maker no contexto da cultura DIY na cidade do Rio de Janeiro, identificando as formas de atuação e as contribuições tanto para os prossumidores quanto para os próprios designers. Por meio de uma série de entrevistas com designers residentes nestes locais, foi possível observar os modos de atuação de cada um dentro do espaço, analisando seus históricos de vida e suas escolhas profissionais. Nessa pesquisa,foram entrevistadas quinze designers, formais e informais. Na amostra, foi percebida uma baixa adesão de designers formais atuando como residentes nos locais pesquisados, o que pode estar relacionado à baixa divulgação da existência destes locais para trabalho e ao ensino de design com pouco incentivo no desenvolvimento de habilidades manuais práticas.
O papel do designer: da combustão à compostagem
O texto aborda a iminência do colapso ambiental e social, destacando a pandemia de COVID-19 como um alerta da Terra sobre a necessidade de atenção e mudança. Apesar disso, a resposta global tem sido a manutenção do status quo e a continuidade do capitalismo. Carlos Taibo prevê que o colapso pode ocorrer nos próximos trinta anos e que, ao invés de tentar evitar o fim, é crucial imaginar futuros pós-colapso e criar refúgios habitáveis nas ruínas.
O texto critica a atual busca por uma vida confortável e consumista, contrastando com o conceito de "teko porã" dos Guarani, que valoriza a suficiência e o consumo moderado. Aponta para a ilusão de que os recursos são infinitos e que o lixo será desintegrado sem problema. A prática moderna de acúmulo e descarte gera um legado de lixo e desperdício, enquanto a visão tradicional de viver sem deixar marcas nas florestas é destacada como uma prática mais sustentável.
Além disso, o texto denuncia a exclusão e opressão sistemáticas presentes nas cidades, como o ecofascismo e a violência contra grupos marginalizados. Propõe que as respostas à crise vêm das "insurgências" que surgem dos lugares depredados, como as práticas compostivas e simpoiéticas descritas por Tsing e Haraway. O design pode desempenhar um papel crucial nesse cenário, funcionando como uma "superdecompositora" que acelera a transformação dos resíduos em novas formas de vida e possibilidades, como sugerido por Pedro Biz.
O Papel do Pensamento Crítico no Desenvolvimento Profissional de Designers: Uma Análise de Experiências no Ensino de Design
Esta pesquisa tem como objetivo realizar uma avaliação do potencial das práticas pedagógicas implementadas no curso de graduação em Desenho Industrial da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) no que diz respeito ao estímulo e desenvolvimento da habilidade do pensamento crítico em seus alunos. A pesquisa abordará elementos curriculares, a filosofia institucional, métodos de ensino e a influência do corpo docente na perspectiva do exercício do pensamento crítico. O trabalho também busca identificar potenciais desenvolvimentos de métodos colaborativos e eficazes para a promoção de uma formação alinhada às demandas do mundo contemporâneo.
O portátil : projeto de um secador de cabelos para uso caseiro ou comercial
Tese (hoje TCC) diplomação de Desenho Industrial da Escola Superior de Desenho Industrial (1969) projeta um secador de cabelos para uso caseiro ou comercial.
NOTA: Este resumo foi redigido para fins de disponibilização digital do acervo da ESDI e não consta no documento original. Este item do acervo foi disponibilizado através do projeto Arquivo ESDI: História do Design via redes digitais de conhecimento aberto.