A dissertação explora uma interseção entre design, educação e ciências biológicas, com ênfase na modelagem 3D como ferramenta didática para o ensino de virologia no Ensino Fundamental I. O estudo tem como foco a representação tridimensional de processos de contaminação viral, utilizando como caso exemplar a morfologia e a replicação de vírus específicos, como H1N1, SARS-CoV-2, Zika e Dengue, visando a compreensão desse conteúdo pelos estudantes. A pesquisa justifica-se pela necessidade de esclarecimento sobre esses agentes patológicos e suas implicações para a saúde pública, através da modelagem 3D permite-se a representar visualmente organismos microscópicos de uma maneira acessível e compreensível para os alunos, contribuindo para a construção de conhecimento sobre temas que frequentemente são abstratos e difíceis de visualizar.
Tomaram-se como referencial teórico artigos do campo da biologia, da epidemiologia, diretrizes curriculares e metodologias de design, além de tecnologias de modelagem e impressão 3D. A metodologia inclui uma revisão sistemática da literatura (RSL) utilizando-se a metodologia de Dresher (2017). Juntamente com a análise da Base Nacional Curricular em Ciências do Ensino Fundamental I, realizou-se uma entrevista exploratória com especialistas (professores e pedagogos) que ensinam e atuam neste meio buscando opiniões de possíveis organismos microscópicos com potencial de desenvolvimento tridimensional. Após seleção de um tipo de organismo microscópico (o vírus), desenvolveu-se o modelo didático 3D com softwares de modelagem, Nomad Sculpt, e por fim a impressão 3D do produto educacional pedagógico foi executada. Por último, realizaram-se entrevistas novamente com especialistas (professores e pedagogos) com foco na avaliação do potencial didático do modelo, coletando feedbacks e sugestões de melhorias tanto pedagógica quanto de forma para novos modelos.