--gray-1
--gray-2
--gray-3
--gray-4
--gray-5
--red-1
--red-2
--red-3
--red-4
--red-5
--yellow-1
--yellow-2
--yellow-3
--yellow-4
--yellow-5
--green-1
--green-2
--green-3
--green-4
--green-5
--blue-1
--blue-2
--blue-3
--blue-4
--blue-5
--purple-1
--purple-2
--purple-3
--purple-4
--purple-5

Ana Dias de Alencar

Doutora (2023/bolsista FAPERJ) e mestre (2017/bolsista CAPES) em Design pela Escola Superior em Desenho Industrial - Esdi/UERJ, Ana Dias tem graduação (bacharel) em Desenho Industrial/Comunicação Visual pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio (2009). Integrante do Laboratório de Pesquisa Design e Educação - DesEduca Lab (Esdi/UERJ), sua tese de doutorado tem como objeto de investigação as experiências, no contexto do ensino superior de design, oportunizadas por processos criativos nos quais se prioriza a livre experimentação. Foi professora da graduação em Design na Escola de Comunicação e Design Digital (ECDD) do Instituto Infnet. É designer fundadora do Estúdio Malabares, onde atua sobretudo nas áreas de identidade visual, design editorial e expositivo, e sócia do Instituto Memória Gráfica Brasileira, organizando projetos de preservação e difusão de acervos gráficos brasileiros. Integrou a equipe de design do Museu da Vida Fiocruz no desenvolvimento de projetos expográficos para o Plano de Requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (NAHM) e, atualmente, é especialista de exposições no Núcleo de Exposições da Casa Firjan.

Projetos
PPDESDI Doutorado

The doing that creates ourselves and the world: a view on the experience of experimental processes in design teaching

Este estudo tem como objeto de pesquisa as experiências oportunizadas por processos criativos nos quais se prioriza a livre experimentação. Dando-se no contexto do ensino superior de Design, neste trabalho, olhamos para a experimentação como errância e investigação que possibilita breakdowns (VARELA, 2003) – colapsos que desestabilizam modos de agir corriqueiros, criam novas formas de operar, reinventam mundos e maneiras de viver. Nos distanciando dos valores capitalistas de produção que pautam também o ensino, refletimos sobre a contribuição destas "experiências errantes" para a formação dos designers na contemporaneidade, entendendo a graduação em Design como possibilidade de espaço de suspensão desta lógica produtivista, configurando-se como ambiente seguro e convidativo a intensas experimentações através do fazer. Por meio de conversas realizadas com estudantes e professoras de Design, buscamos reunir diferentes pontos de vista sobre a experiência dos fazeres experimentais enquanto prática pedagógica. Ao relacionarmos o ambiente do ensino superior em Design a um picadeiro de circo que, com sua rede de proteção, tranquiliza o acrobata – este profissional de corpo suspenso no ar, também pressionado pelo desempenho perfeito – para a aprendizagem de sua prática, sugerimos que a suspensão da lógica produtivista se dê a partir de três elaborações: pelo enfrentamento do risco, do erro, do não padronizado; pela produção coletiva que subverte a ideia de efetividade pela afetividade; e pela adoção de um modelo de ensino não tradicional, que expande as fronteiras do espaço físico das salas de aula.

12 jul 2023
Ana Dias de Alencar
PPDESDI Mestrado

Do objeto artístico único à reprodutibilidade industrial: Aloisio Magalhães e sua decisão pelo design

Este estudo tem como objeto de pesquisa a figura de Aloisio Maga¬lhães e seu estabelecimento no design. Acreditando que os problemas que tangem o campo podem sempre ser pensados à luz de suas colocações que, inegavelmente contemporâneas, mencionam os mesmos impasses ainda hoje não dissolvidos , este trabalho se ocupa, prioritariamente, de um período específico entre 1955-1965, momento em que os questionamentos do pernambucano em relação ao papel do artista contemporâneo começam a tomar corpo, culminando com a decisão integral pela atividade projetiva. Na pesquisa desta época quando, num vai-e-vem entre Brasil, Europa e Estados Unidos, Aloisio opta pelo abandono das artes plásticas, uma hipótese se mostra pertinente: teria sido a experiência norte-americana, vivida por ele, um divisor de águas? Teria sido ela a responsável por sua decisão de caminhar em outra direção? Antes de sua primeira viagem aos Estados Unidos, em 1956, o trabalho de Aloisio dividia-se entre as pinturas de sua produção pessoal e as ilustrações para as publicações feitas na oficina d O Gráfico Amador, em Recife, onde seu envolvimento era ainda muito mais voltado às artes plásticas. Observa-se que a experiência norte-americana marca Aloisio de maneira definitiva, aproximando-o dos ideais da Bauhaus e despertando-o para o encontro da arte e do projeto com a educação. A fim de analisar um processo que se locomoveu do objeto único ao múltiplo, da arte para poucos indivíduos ao projeto para muitos ambientado no mundo industrial contem¬porâneo, este estudo divide-se em três conjuntos. O primeiro capítulo apresenta uma breve introdução sobre a vida de Aloisio: os tempos iniciais no Recife, seu envolvimento com as artes plásticas, a experiência na oficina do artista gráfico americano Eugene Feldman, che-gando à opção pelo design decisão que se mostra condicionada ao direcionamento de seu pensamento em relação às artes, mas também à situação do cenário nacional. Tendo como ponto de partida o fortalecimento do design moderno nos Estados Unidos, durante os anos 1930, com a chegada de artistas europeus de formação bauhausiana, o segundo capítulo versa sobre o cenário norte-americano encontrado por Aloisio Magalhães entre os anos de 1956 e 1959. Ali, além de se revelar como possibilidade de união entre o exercício prático comercial, a teoria crítica e o ensino, o design também aflora em Aloisio a percepção de que já não cabe mais ao artista contemporâneo fazer objeto único, desligado de seu contexto social. Por fim, o terceiro capítulo aborda o escopo do discurso construtivo alemão que encanta Aloisio bem como a muitos designers americanos , e sua repercussão, levantando as questões envolvidas no terreno entre arte e indústria. Assim, na articulação destes três conjuntos, busca-se compreender não só as intenções de Aloisio ao se decidir pelo design, como também sua preocupação em construir um pensamento próprio quanto à formação do campo no Brasil. Apostando no diálogo da arte com a tecnologia industrial, Aloisio torna-se um artista verdadeiramente integrado a seu tempo.

24 abr 2017
Ana Dias de Alencar