
Barbara Castro
Barbara Castro tem atuação teórico-prática nos campos de arte e tecnologia, visualização de dados e design de interação e experiência. Tem particular interesse no design de culturas regenerativas e pensamento biocêntrico, na visualização de dados como meio de sensibilização socioambiental e no desenvolvimento sustentável, crítico e criativo de novas tecnologias. Doutora (2018) em Artes Visuais na Escola de Belas Artes da UFRJ, mesma instituição em que defendeu seu mestrado (2013) em co-orientação com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Sua pesquisa e produção em arte, tecnologia e visualização de dados já foram apresentadas na França, Dinamarca, Portugal, Colômbia e no Brasil em locais como Museu de Arte Moderna (RJ), Museu Nacional da República (DF), Instituto Inhotim (MG), entre outros. Seus trabalhos já foram citados em publicações e eventos internacionais na Espanha, na Austrália e na China, como no evento Siggraph Asia. É co-fundadora e atual diretora de criação do estúdio Ambos&& que une design, arte e tecnologia para projetos culturais e educativos. Ambos&& realiza concepção, curadoria e design de exposição, além de desenvolver instalações interativas. O estúdio já realizou projetos em todas as unidades do Centro Cultural Banco do Brasil, e no Rio de Janeiro em importantes instituições como Museu do Amanhã, Oi Futuro, Museu Nacional (UFRJ), Casa Firjan entre outros. Destacam-se as exposições Vamos Comer (2017) na Galeria BNDES, Existência Numérica (2018) no Oi Futuro e Data Corpus (2019) na Casa Firjan.

Desenvolvimento de um livro ilustrado interativo: Aproximando crianças de temáticas ambientais
Este trabalho foi elaborado com o objetivo de desenvolver um livro ilustrado interativo que promovesse uma experiência de aproximação com temáticas ambientais, voltado ao público-alvo de 6 a 8 anos, sobre o oceano e espécies marinhas brasileiras que habitam os recifes de corais. Foi desenvolvida uma pesquisa de fundamentação teórica centrada nos tópicos: design editorial em livros infantis e suas características projetuais, projeto da narrativa visual e escrita, tipos de livros, níveis de interatividade analógica e engenharia de papel. Em seguida, foi realizada uma análise de similares sobre publicações com temáticas ambientais e uma pesquisa sobre espécies brasileiras e recifes de corais. O livro foi desenvolvido com base nos itens pesquisados e apresenta a história de um tubarão que viaja pelo oceano, encontrando diferentes espécies. Ele também traz interações para estimular novas formas de leitura e atrair a atenção das crianças.


Inteligência Artificial como ferramenta para o Design
Esta pesquisa explora a arte generativa, com foco no algoritmo Fidenza, criado por Tyler Hobbs em 2021, que utiliza a técnica de programação Flow Field para produzir peças com retângulos curvos e paletas de cores pastéis. O estudo investiga como a arte gerada por algoritmos e as NFTs (tokens não fungíveis) influenciam a percepção da arte digital no século XXI, à luz das perspectivas históricas e sociais.
A pesquisa faz referência a conceitos teóricos de Roland Barthes e Vilém Flusser sobre a representação e instrumentalização das imagens, e como essas ideias se relacionam com a arte generativa contemporânea. O projeto também examina a crítica de Walter Benjamin sobre a "aura" das obras de arte e considera se a arte generativa pode reverter a perda dessa aura. O objetivo é avaliar o papel da máquina na criação artística e se algoritmos, como o Fidenza, introduzem novas formas de autoria e vida nas obras de arte. A investigação teórica se baseará na análise crítica de bibliografia e obras de arte, buscando compreender as interações entre a criatividade humana e a tecnologia na arte digital.
