Design para inovação social e sustentabilidade: Hortas urbanas comunitárias como comunidades criativas de luta
Convite para defesa da tese de Fernanda Gusmão - 03 de abril de 2025, 14h.
Esta tese apresenta uma pesquisa exploratória sobre hortas urbanas comunitárias na cidade do Rio de Janeiro, sob a abordagem do Design para Inovação Social e Sustentabilidade. A metodologia combina revisão bibliográfica e estudo de casos locais. São desenvolvidas ações em campo, diários de pesquisa e entrevistas com os atores envolvidos para investigar o panorama dessas hortas em suas fragilidades, criatividade e histórias de resistência. Diante da constatação de que algumas hortas urbanas funcionam como espaços de articulação política, o estudo se volta à análise de iniciativas que reivindicam a criação e preservação de áreas verdes públicas. A investigação se concentra especialmente nos estudos de caso da Horta do Vinil e do Parque do Martelo, buscando interpretar os significados e as implicações dos processos colaborativos e das dinâmicas de luta nesses espaços. Os estudos de caso revelam que essas hortas urbanas se configuram como movimentos sociais de resistência à especulação imobiliária, destacando a importância da colaboração e da mobilização dos hortelões na defesa dos espaços verdes públicos. Para descrever esses grupos que, por meio das hortas, resistem continuamente à especulação imobiliária, propõe-se o conceito de "comunidades criativas de luta", identificando um conjunto específico dentro do conceito de comunidades criativas criado por Meroni e Manzini (2008). Os resultados, validados com uso da ferramenta “espiral regenerativa” evidenciam o papel político das hortas na criação de espaços verdes e no fortalecimento de movimentos sociais, concluindo que essas iniciativas são instrumentos importantes de ação política e sustentabilidade.