Gisela Costa Pinheiro Monteiro
Professora Adjunta da Graduação de Desenho Industrial da UFF (Universidade Federal Fluminense), em Niterói/RJ. Doutora em Design (ESDI/UERJ, 2018). Mestre em Design (ESDI/UERJ, 2010). Desenhista Industrial habilitada em Programação Visual e Projeto de Produto (ESDI/UERJ, 1995). Técnica em Programação Visual (SENAI Artes Gráficas, 2001). No doutorado, pesquisou quais informações são guardadas ao final de projetos de design de coleções de moda e, no mestrado, estudou a identidade visual da Coleção dos Cem Bibliófilos do Brasil, uma coleção de livros raros ilustrados por artistas de renome no cenário brasileiro do século XX. Também projetou Colorcria (2020), um produto para auxiliar os designers a explicarem a escolha das cores em seus projetos. Associada da Pro Cor do Brasil (2019) e da Abepem (2017). Considera que a visão do processo de design auxilia o profissional a se informar sobre os impactos socioambientais de suas criações e, assim, fazer escolhas responsáveis.
O designer como o responsável por preservar a identidade da marca ao longo da produção das coleções de moda
Esta pesquisa examina a responsabilidade do designer de moda na manutenção da identidade de uma marca, uma vez que é ele quem concretiza as ideias na criação dos produtos. O objetivo principal deste estudo é averiguar o que pode ser guardado como registro das criações das empresas de moda, contribuindo para que os designers da área sejam capazes de elaborar seus próprios repertórios de informações e consultá-los para construir a identidade entre: as peças, a marca e as coleções anteriores. A primeira fase da tese consiste em uma revisão da literatura, especialmente acerca do tema coleção de moda . Na segunda fase é feita uma análise das coleções de moda no processo de design. A partir de então, junto com os orientadores, pontuamos os principais tópicos que um designer precisa dominar para projetar peças de vestuário. Salientamos que este estudo é válido para as demais áreas do design uma vez que tratamos do cruzamento de dados tangíveis e intangíveis que auxiliam o designer a vislumbrar soluções no processo criativo. As fases preliminares deram suporte à terceira fase, que consiste em confrontar a teoria com a prática para verificar a aderência entre elas. Isto foi feito por meio de entrevistas com profissionais e visitas à empresas de moda no Rio de Janeiro. A pesquisa resultou não somente em uma sugestão do que pode ser guardado, como também em uma reflexão sobre a qualidade dos dados que podem ser guardados, a fim de garantir a visualização da identidade da marca ao longo de tempo. Consideramos que este trabalho contribui para enfatizar a importância do papel do designer para a indústria da Moda.
A identidade visual da Coleção dos Cem Bibliófilos do Brasil, 1943/1969
Este trabalho versa sobre a identidade visual de uma coleção de livros sem um projeto gráfico com padrão de repetição entre eles. A coleção em questão é da Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil, editada por Raymundo Ottoni de Castro Maya, entre as décadas de 1940 e 1960. A contribuição do estudo desta Coleção ao campo do design é a reflexão sobre quais as considerações de identidade visual são necessárias para se projetar, no caso, uma coleção de livros, mas que se estende às demais áreas do design gráfico.