--gray-1
--gray-2
--gray-3
--gray-4
--gray-5
--red-1
--red-2
--red-3
--red-4
--red-5
--yellow-1
--yellow-2
--yellow-3
--yellow-4
--yellow-5
--green-1
--green-2
--green-3
--green-4
--green-5
--blue-1
--blue-2
--blue-3
--blue-4
--blue-5
--purple-1
--purple-2
--purple-3
--purple-4
--purple-5

Maristela Pessoa Ramos

Doutora em Design (PPDesdi-UERJ), Mestre em Arte (PPGArtes/UERJ), tem licenciatura em Artes (AVM-UCAM). Graduou-se em comunicação visual e desenho de produto pela ESDI/UERJ. Atuou como designer em empresas e instituições culturais públicas, bem como desenvolveu atividades de arte-educação e projetos de design para a inserção social em ONGS (Projeto Baixada Viva, Biblioteca Comunitária e Ponto de Cultura de Guaxindiba; Florart - Ponto de Cultura de Rio das Flores, Casa Francisco de Assis e Projeto de Videos Ecológicos da PUC-Rio). Coordenou o curso de encadernação oferecido pelo Arquivo Nacional e a Associação Ser Cidadão para jovens em vulnerabilidade social. Atuou na Associação Santa Sucata desenvolvendo pesquisa de materiais e projetos com tecnologias populares (patrimoniais). Atua como consultor/instrutor do Sebrae RJ, nas áreas de design, inovação, economia criativa e artesanato. De 2015-2019, planejou e realizou oficinas educativas no CRAB (Centro de Referência do Artesanato Brasileiro - Sebrae RJ), para crianças, jovens e adultos. Em 2021, fez a direção de arte do site sobre a Cerâmica do Candeal, para o Centro de Arte Popular de Minas Gerais, com curadoria do prof. Ricardo Gomes Lima. Tem experiência na área de arte educação, design e sustentabilidade para inserção social com ênfase nos seguintes temas: design e economia circular; design e tecnologias populares (patrimoniais); design e cultura popular; design e artesanato; tecnologias têxteis com ênfase no bordado; reaproveitamento e reciclagem de materiais. Integra o Laboratório de Estudos do Cotidiano LABEC-CNPQ-UFES, Núcleo Pesquisa e Estudos de Cultura Material - NUPECM - UERJ. É parecerista da Revista Redige (Senai-Cetiqt).

Projetos
PPDESDI Doutorado

O bordado que se expande e vira Ponto de Cultura de Rio das Flores: questões entre o design e o artesanato e o processo de criação da Florart, no Sul Fluminense

Esta tese, de doutoramento em Design, desenvolvida, no PPDESDI-UERJ, busca evidenciar como foram percebidas as ações entre o design e o artesanato, além de recuperar o processo de criação da Florart (Associação de Artesãos Manuel Duarte e Porto das Flores), em Rio das Flores, cidade histórica do Vale do Café, no sul fluminense, entre 2003-2018. A partir dos depoimentos das principais agentes envolvidas neste processo foram combinadas diversas fontes. No fim de 2003, um grupo de mulheres é incentivado pelo padre das paróquias de Manuel Duarte (RJ) e Porto das Flores (MG) a direcionarem os trabalhos manuais de bordado, crochê e tricô para a geração de renda. Ocorre que já, na segunda reunião, são definidos os papéis de coordenação (Cidinha Rechden), de transmissão das técnicas de agulha e linha (D. Hosana e Tia Gene), bem como os horários e as estratégias dos encontros semanais. Assim, em janeiro de 2004, são iniciadas as atividades. E nesse mesmo ano são ofertadas, na região, ações de cunho empreendedor com vistas ao desenvolvimento local, de fomento ao turismo histórico e ao artesanato. Tal fato faz com que o processo embrionário dessa associação conte com diversos apoios e consultorias de design e gestão. Assim, mesmo antes de sua formalização, que acontece em 2005, a associação firma parceria com o SEBRAE RJ (2004-2016). Posteriormente, também angaria o apoio de FURNAS (2006-2008) e da Prefeitura de Rio das Flores (2006-2018). Em 2009, a Florart torna-se um Ponto de Cultura de artesanato, cuja chancela é obtida por meio de edital do MinC-Secretaria estadual de Cultura (2010-2014). Pontua-se que com a diminuição de ações de fomento ao artesanato por parte das políticas públicas, a partir de 2016, a associação participa das ações promovidas pela Rede Asta (2016-2018) e, integra a rede de artesãs criadas por esta entidade não governamental. Para auxiliar a contextualização, buscou-se recuperar a historiografia e a formação socioeconômica de Rio das Flores, cidade do território do Vale do Café, onde o turismo e o artesanato surgem e são incentivados como alternativas econômicas para a região. Além disso, são mencionadas as estratégias, as negociações e as disputas presentes no processo da Florart, bem como de que maneira estas se inserem no referido contexto. Destaca- se, especialmente, como o bordado, técnica com a qual a associação inicia as suas atividades, configura-se como um saber-fazer feminino, a ponto de integrar como disciplina escolar a formação social de várias gerações de mulheres, cujo aprendizado requer a concentração, a atenção e o condicionamento corporal para o domínio e a precisão de gestos. Ademais, destacam- se também algumas questões que atravessam os campos do design e do artesanato, tais como os valores atribuídos a cada campo, como a aproximação entre ambos é percebida no contexto brasileiro, e as contribuições dessa dinâmica nas ações entre o design e o artesanato ocorridos no processo peculiar da Florart.

26 nov 2019
Maristela Pessoa Ramos