--gray-1
--gray-2
--gray-3
--gray-4
--gray-5
--red-1
--red-2
--red-3
--red-4
--red-5
--yellow-1
--yellow-2
--yellow-3
--yellow-4
--yellow-5
--green-1
--green-2
--green-3
--green-4
--green-5
--blue-1
--blue-2
--blue-3
--blue-4
--blue-5
--purple-1
--purple-2
--purple-3
--purple-4
--purple-5
PPDESDI Mestrado

O design de interiores na política pública habitacional: o projeto Da Porta Para Dentro da SMHRF - Niterói/RJ

Resumo

Victor Papanek, no seu livro Design for the Real World (1972), fez um chamado aos designers para repensar sua atuação e impacto social, inaugurando uma nova agenda social para o design. Para Victor Margolin e Sylvia Margolin (2002) uma estruturação do design social precisa ser feita e para isso eles orientam que os designers trabalhem em conjunto com os profissionais das ciências humanas. Na prática, os assistentes sociais, por exemplo, desenvolvem uma visão holística do cliente, colocando-o no centro da tomada de decisões e trabalhando em consonância com uma equipe multidisciplinar para o atendimento das necessidades levantadas. Como estrutura de trabalho, eles seguem 6 passos: engajamento, diagnóstico, planejamento, implantação, avaliação e finalização. Para os pesquisadores, os designers podem participar na fase de diagnóstico como um membro interventor ou consultor, identificando fatores que contribuem para o problema, e durante a implantação o designer pode trabalhar com o cliente criando soluções. Verificando os benefícios gerados para os assistentes sociais com a inserção do design de interiores no TTS pelo projeto DPPD e a necessidade dos designers em construir uma estrutura de trabalho para o design social, percebe-se uma relação de benefício mútuo entre as duas áreas de atuação. Essa relação deve ser explorada pois o seu resultado aponta para uma inovação social nas HIS. O design social é uma perspectiva de projeto, motivada por necessidades humanas não atendidas, e ocorre num processo colaborativo. Por conseguinte, a inovação social pode ser entendida como o produto desse processo que visa empoderar os sujeitos ou comunidade. (OLIVEIRA, M.V. M.; CURTIS, M. C. G., 2018) Para o design social, é preciso integrar nos processos projetuais os métodos participativos, colocando o usuário no centro de sua concepção. Papanek (1995) e Manzini (2017) corroboram para a visão do usuário como protagonista e o designer como um intermediador que incentiva a busca por soluções a partir da apresentação de suas ferramentas e técnicas. Ao designer, cabe adaptar-se a um novo papel enquanto profissional. As experiências e resultados alcançados no projeto Da Porta Para Dentro apontam para um avanço nesse sentido. Esta proponente está como gestora do projeto desde sua implantação no ano de 2021 e ao aplicar um olhar crítico sobre a trajetória do projeto, identifica que é preciso adaptar a metodologia empregada até o momento para melhor atendimento dos conceitos do design social. A questão central deste projeto de pesquisa é a análise da atuação do designer de interiores na política pública habitacional através do projeto Da Porta Para Dentro e o aprimoramento de sua metodologia.

Resumo (Inglês)

Victor Papanek, in his book Design for the Real World (1972), called on designers to rethink their work and social impact, inaugurating a new social agenda for design. For Victor Margolin and Sylvia Margolin (2002), social design needs to be structured and to do this they recommend that designers work together with professionals from the humanities. In practice, social workers, for example, develop a holistic view of the client, placing them at the center of decision-making and working in conjunction with a multidisciplinary team to meet the needs raised. As a working structure, they follow 6 steps: engagement, diagnosis, planning, implementation, evaluation and finalization. For the researchers, designers can participate in the diagnosis phase as an intervening member or consultant, identifying factors that contribute to the problem, and during implementation the designer can work with the client creating solutions. If we look at the benefits generated for social workers by the inclusion of interior design in the TTS by the DPPD project and the designers' need to build a working structure for social design, there is a mutually beneficial relationship between the two areas of activity. This relationship should be explored because its results point towards social innovation in social housing. Social design is a design perspective motivated by unmet human needs and takes place in a collaborative process. Therefore, social innovation can be understood as the product of this process which aims to empower the subjects or community. (OLIVEIRA, M.V. M.; CURTIS, M. C. G., 2018) For social design, it is necessary to integrate participatory methods into the design process, placing the user at the center of its conception. Papanek (1995) and Manzini (2017) corroborate the view of the user as the protagonist and the designer as an intermediary who encourages the search for solutions by presenting their tools and techniques. It is up to the designer to adapt to a new role as a professional. The experiences and results achieved in the Da Porta Para Dentro project point to progress in this direction. This proponent has been managing the project since its implementation in 2021 and by applying a critical eye to the project's trajectory, identifies that the methodology used so far needs to be adapted to better meet the concepts of social design. The central question of this research project is to analyze the role of interior designers in public housing policy through the Da Porta Para Dentro project and to improve its methodology.