Miran, ou Oswaldo Miranda, designer gráfico, artista gráfico, diretor de arte, ilustrador, cartunista, tipógrafo, calígrafo e editor, é o profissional de criação brasileiro mais premiado no mundo. Nascido no Paraná, trabalhou em várias agências de publicidade de Curitiba para depois lançar o Jornal de Humor e o tabloide Raposa, referências importantes do mundo do design gráfico editorial brasileiro. Nesta tese, adotando o odômeta (propondo a palavra como inversão de método) cartográfico-poético, que desenvolvo baseado em conceitos de Bachelard sobre a fenomenologia da imaginação em convergência com as ideias de Kastrup, Passos e Escossia (estes, por sua vez, apoiados em Deleuze e Guattari), observo o vasto mundo de Miran e sua obra. Rastreando imagens em seus sites de internet oficiais e em seu perfil da rede social Facebook, me conecto com aquelas que, no sentido da imagem poética de Bachelard, me tocam. Em um mar imenso de informações, escolho quatro temas pertinentes à caminhada profissional miraniana de mais de cinquenta anos e discorro sobre eles em ensaios: as alusões feitas aos mestres; os motivos gráficos mais recorrentes em suas obras; seus diálogos gráficos com fotógrafos; e suas combinações de estilos de ilustração.