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Teoria, informação, sociedade e história [Legado]

Everyday Acts of Design

De 2016 a 2018, professores e alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, no Brasil, se viram no centro de uma crise. Um novo governo de direita suspendeu o pagamento dos salários dos funcionários e das bolsas de estudo dos alunos e parou de financiar a manutenção básica. Everyday Acts of Design conta a história de como a escola de design da universidade reagiu à crise: não com desânimo ou desespero, mas promovendo uma série de experimentos radicais de ensino. Trabalhando juntos, alunos, ex-alunos, professores e funcionários adotaram a esperança como método, demonstrando que é possível encontrar respostas positivas mesmo em uma situação de colapso iminente.

As histórias de casos narradas no livro oferecem alternativas às formas convencionais de ensino de design, mas também provam que a educação pode ser um local para a democracia e a prática da liberdade. Privado da atividade de criar para um futuro imaginado, o design ainda pode afirmar um caminho a seguir por meio de práticas de criação e experimentação. Com base em sua experiência pessoal de projetar e ensinar design em um momento de crise, os autores afirmam o valor de uma atitude de design que, ao se recusar a ser delimitada pela previsão de projetar, insiste em uma prática radical e experimental como meio de sobrevivência.

Embora uma infinidade de vozes, tanto concordantes quanto discordantes, esteja presente no texto, os autores não escondem sua própria posição, deixando claro que suas histórias não são um mosaico equilibrado de posições polifônicas. O ataque contemporâneo à educação pública gratuita, alimentado pelo crescimento dos regimes de extrema-direita em todo o mundo, baseia-se em uma concepção unívoca e totalizante de “verdade” como um meio de impedir a pluralidade de pensamento. Contra isso, este livro adota a parcialidade das verdades históricas e culturais como um contra-ataque urgente e explícito. Adotando uma abordagem conscientemente internacional, os autores conectam e comparam sua própria história com a de movimentos semelhantes de ensino de design no Sul Global, como a Barefoot School na Índia e a ZIVA, fundada por Saki Mafunkikwa no Zimbábue.