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Clara Meliande

Clara Meliande é pesquisadora, educadora e designer gráfica. É graduada em Comunicação Visual pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2003) e mestre em Design, teoria e crítica na Escola Superior de Desenho Industrial ESDI/UERJ em 2013. É doutora em Design pela mesma instituição, onde é pesquisadora associada do Laboratório de Design e Antropologia (LaDA). Seus interesses de pesquisa do doutorado concentram-se na história do ensino de design no Brasil, olhando especificamente para as escolas de design das décadas de 1960 e 1970, que por diversas razões pessoais, políticas, circunstanciais permaneceram não concretizadas. Como forma de imaginar como essas escolas poderiam ter funcionado, foram mobilizadas fabulações especulativas e críticas como ferramentas metodológicas. Como designer atuou em diversos escritórios do Rio de Janeiro, se especializando na área cultural. Coordenou projetos para diversos museus e Instituições na área de design gráfico e design de exposição. É sócia do Estúdio Afluente. Leciona no departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula desde 2017.

Projetos
PPDESDI Mestrado

Design à mostra: o projeto de museus temáticos

 O objetivo desse trabalho é compreender como o design é utilizado no espaço expositivo para construir contexto, conteúdo e linguagem. Entender quais estratégias são usadas para projetar ambientes atraentes à visitação em vista a proporcionar experiências coletivas e individuais, contemplativas, espaciais (imersivas), sensoriais e interativas. Para tal analisamos a mudança do papel dos museus ao longo do tempo e montamos um panorama das instituições museológicas no Brasil nas últimas décadas. Selecionamos padrões de exibição instituídos historicamente em termos mundiais, já que o Brasil sofreu enorme influência cultural da Europa e dos Estados Unidos. Estabelecemos uma base de conceitos que envolvem a linguagem do projeto de exposições e museus temáticos, considerando aspectos como formas de aprendizagem do público, comportamento deste em relação ao objeto exposto, produção de conteúdo, produção de sentido, escolha de linguagem, intencionalidade, construção de experiência, mediação e interface. Analisamos como estudo de caso, o projeto de dois museus temáticos contemporâneos, o Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, com a intenção de construir uma crítica ao projeto espacial-visual, entendendo as relações estabelecidas entre os objetos (previamente existentes ou projetados produtos, textos, imagens, vídeos), a forma como eles são expostos e as características do local escolhido para abrigar a exposição.

08 jul 2013
Clara Meliande
PPDESDI Doutorado

Projetos de escola em disputa: resistências pedagógicas à implementação do design moderno no Brasil na década de 1960

A implementação do ensino do design moderno ocorreu a partir da década de 1950 no Brasil. A década seguinte foi muito promissora e fértil em ideias educacionais para a profissão porque, além das instituições acadêmicas estarem sendo postas em questão pelos estudantes no mundo todo, aqui, ainda não se havia institucionalizado o ensino de design, que se consolidaria com a regulamentação do currículo mínimo obrigatório adotado no final da década. Essa pesquisa, inserida no campo da história em design, centrou-se em 3 projetos de escolas de design que tentaram, sem sucesso, ser implementados no Brasil nesse momento: a Escola de Desenho Industrial e Artesanato, projeto da arquiteta Lina Bo Bardi inserido no Complexo do Solar do Unhão, Salvador, Bahia, de 1961-64; o Centro de Estudos Universitários do Parque Lage, em 1965, também projeto de Bo Bardi; e a paralisação de 14 meses da Escola Superior de Desenho Industrial, entre 1968-1969, uma tentativa coletiva de reforma estrutural da escola. Desenvolvendo uma abordagem decolonial sobre a história do design no Brasil, buscou-se recuperar um debate entre visões divergentes que guiaram os primeiros anos de instauração da educação e prática de design moderno no país, olhando para projetos que ofereciam alternativas ao que estava sendo consolidado como modelo de ensino. Após extensa pesquisa arquivística, como uma maneira de imaginar como essas escolas poderiam ter funcionado, já que ficaram em projeto, as fabulações especulativa e crítica (foram mobilizadas como ferramentas metodológicas.

Clara Meliande