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PPDESDI

Emaranhado: uma tradução do Círculo de Cultura freireano para o contexto de oficinas de práticas inventivas

O objetivo da pesquisa foi projetar uma estratégia pedagógica para utilização por meus semelhantes, educadores sociais no contexto de oficinas de práticas inventivas, na tentativa de promover ações (trans)formadoras em um ambiente de diálogo. Para este fim, foi utilizado como chassi o Círculo de Cultura de Paulo Freire e como metodologia da pesquisa, o método da cartografia (Deleuze-Guattari) para acompanhar os diversos processos e agenciamentos ocorrendo no território-rizoma em questão: os subúrbios e comunidades do Rio de Janeiro. Para projetar a estratégia, sintetizamos a pedagogia crítica e criativa de Freire em uma série de princípios e práticas através de duas fontes: 1) uma fundamentação teórica baseada em pensadoras e pensadores da área da educação, do design e da saúde mental: Jacques Gauthier, Nise da Silveira, Virgínia Kastrup, Beatriz Sancovschi, Jerusa Machado Rocha, Tim Ingold, Giorgio Agamben, Yves Citton, Bianca Martins, Ezio Manzini, além dos já citados Paulo Freire, Gilles Deleuze e Félix Guattari; e 2) as pistas que emergiram do vagar-atento no território, mantendo em mente o aspecto colaborativo deste projetar. O produto deste caminhar é a Estratégia Pedagógica Emaranhado, que tenta ser uma metodologia acessível e modular, fácil de ser hackeada por educadores sociais e educandos em práticas inventivas, que consistem em atividades que permitam aos educandos expressar-inventar em diferentes linguagens. O resultado da pesquisa consiste na estratégia pedagógica Emaranhado, uma versão beta de uma tecnologia social, que apresenta dois procedimentos: 1) O procedimento pedagógico, que auxilia o educador a lidar com o durante-oficina, apresenta princípios e práticas que promovam e protejam o ambiente de diálogo, o pensamento crítico e criativo, e consigam equilibrar efetividade e afetividade na construção de ações (trans)formadoras; e 2) o procedimento narrativo, que auxilia principalmente no pré-oficina e no pós-oficina, com o objetivo que estas ações transformadoras sejam fortes, sustentáveis, que consigam ganhar terreno, se espalhar, que sejam palavra de contágio. Utilizamos o procedimento narrativo como forma de engajar educadores sociais e educandos a contarem suas próprias histórias na linguagem que acharem melhor. Neste narrar-compartilhar o grupo está inventando a si mesmos e seus mundos, investigando seus cotidianos, realizando pesquisa e compartilhando conhecimento na forma de relatos, registros e reflexões.