Eduardo Barros Gonçalves
Doutorando em Design e Inovação Social pelo PPD-ESDI (2021-2025), mestre em Design e Sociedade (2020) pelo mesmo programa, graduado em Design Gráfico pela Faculdade de Tecnologia do Senac-RJ (2017) e técnico em Design de Móveis pelo IFET-MG (2009). Investiga os impactos dos aparatos e discursos de design no tecido social e seus efeitos na produção de subjetividades em massa, estreitando as conexões entre design e estruturas sociais e mapeando possibilidades de hackeá-las.
Participantes

Formação em Design
Investigar práticas pedagógicas, metodologias de ensino-aprendizagem, propostas curriculares e aspectos históricos da formação especializada em Design. Estudar artefatos didáticos, linguagens, tecnologias, discursos e espaços de aprendizagem desta formação; Analisar possíveis interações socioculturais e pedagógicas da formação especializada e não-especializada (formal e não-formal) envolvidas neste segmento.
Autor

Design, heteronormatividade e condições de trabalho: reflexões sobre corpo, gênero e precarização do designer
O presente trabalho tem por objetivo delinear as maneiras através das quais o design atua como um agenciador de identidades heteronormativas que servirão ao modelo heterocentrado do qual se retroalimenta o capitalismo. A pesquisa busca, ainda, evidenciar como a classe de designers se vê refém de uma agenda de precarização do trabalho que a impede de ter qualquer autonomia intelectual sob sua produção, sendo conformada a atender às demandas da classe contratante que, em geral, se compromete exclusivamente com os lucros do que produz. Ao longo dos capítulos, analisarei questões relativas à heteronormatividade no design, condições de trabalho, raça, classe social e o cotidiano em uma escola de design. A partir destas observações, acessaremos reflexões que conjugam estas análises no intuito de entender como a precarização do designer trabalha a favor da manutenção de um sistema capitalista heteronormativo.