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Laboratório
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Laboratório de Modelagem e Prototipagem
Coordenador / Responsável Pedro Zöhrer Rodrigues da CostaO Laboratório de Prototipagem da ESDI está equipado com uma impressora 3D FDM, um scanner 3D de luz estruturada, uma fresa CNC Roland 650 para materiais não-metálicos, uma fresa CNC Knuth de medio porte para metais, uma corte a laser, um torno de precisão, uma máquina de conformação a vácuo e uma máquina de corte, dobra e calandragem de chapas metálicas. É neste laboratório que são desenvolvidos projetos mais avançados de prototipagem e modelagem de várias disciplinas do curso de graduação em Desenho Industrial da ESDI. O laboratório também faz estudos sobre novas técnicas de prototipagem e desenvolve seus próprios equipamentos, dentre os quais pode-se citar um acessório para transformar uma fresa CNC em uma impressora 3D FDM.
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Projeto de Extensão
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A Arte e o Design Negro da ESDI
Coordenador / Responsável Bárbara Júlia Coutinho Silva Jésus Baro Larissa Lopes Maria Eduarda Araújo de Oliveira Rafael CostaA Arte e o Design Negro da ESDI é um projeto de extensão que tem como objetivo promover e valorizar a produção artística, cultural e intelectual de estudantes negros, artistas negros e designers negros, tanto da comunidade acadêmica quanto de fora da universidade. Com foco na representatividade e na visibilidade de narrativas afro-brasileiras, o projeto propõe a criação de espaços de expressão, formação e circulação dessas produções, por meio de ações afirmativas no campo da arte e do design.
Entre as principais atividades estão: a criação de uma exposição virtual acessível ao público geral; e o desenvolvimento de um modelo reduzido para uma exposição itinerante, que poderá circular por escolas, centros culturais e outros espaços públicos. O projeto também prevê oficinas, rodas de conversa e ações formativas voltadas à capacitação e ao fortalecimento de redes entre artistas, estudantes e profissionais negros.
Um dos destaques da iniciativa é o Belu, evento anual que celebra saberes, vivências e produções a partir de perspectivas negras. O nome "Belu" significa "novembro" em iorubá, em referência ao mês em que se comemora o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. O evento promove encontros, exposições, rodas de conversa e outras atividades que valorizam a ancestralidade, a criatividade e o protagonismo negro nas artes e no design.
As ações do projeto são desenvolvidas com metodologias participativas, sensíveis às especificidades culturais e sociais da população negra. Alunes voluntários da área do Design integram a equipe, colaborando na identidade visual do projeto, na curadoria das exposições, na comunicação digital e no desenvolvimento da plataforma virtual.
O projeto conta ainda com o apoio do Coletivo Negro de Design da ESDI, fortalecendo os vínculos com iniciativas estudantis e ampliando o alcance das ações dentro e fora da universidade.
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Afro-arquiteturas brasileiras: Terreiros entre vestígios e produção de infinitos
Coordenador / Responsável André Luiz Carvalho CardosoO objetivo geral deste projeto extensão é desenvolver registros e mapeamentos de arquiteturas dos terreiros de religiões de matrizes africanas, a partir das trocas de saberes, das memórias, Histórias, tecnologias e vestígios de suas construções e territorialidades que conformam o Brasil. O projeto de extensão "Afro-arquiteturas brasileiras" busca preencher uma lacuna histórica, quando tratamos de arquitetura e cidade, na contribuição acadêmica para preservação e disseminação de memórias, práticas, cultura e movimentos de resistência, lutas e tecnologias para produção de infinitos que caracterizam estes espaços e práticas, que abrigam saberes e conhecimentos ancestrais de cura e tecnologias sobra outras percepções e formas de habitar o mundo. Tratamos aqui, uma perspectiva de ativismo territorial e arquitetônico, em um projeto que busca construir um acervo de registros e saberes que formam a cultura e as territorialidades brasileiras, mas que passam por históricos processos de perseguição, apagamentos e violências perpetradas por uma intolerância religiosa sistêmica que insiste em negar as praticas religiosas afro-indígenas. Se a memória está em disputa para construção daquilo que reconhecemos como “Direito à Cidade” e “Patrimônio”, nos campos da arquitetura e territórios nacionais, nossa missão é ressignificar esse lugar. Trocar, resgatar, preservar, registrar, contribuir, aprender, serão verbos estruturantes das dinâmicas empreendidas neste projeto. Para isso, o projeto busca a construção de parcerias entre professores, estudantes, comunidades de terreiros, lideranças religiosas internacionais, redes de pesquisas e grupos sociais, baseada na troca, na empatia e no atravessamento de saberes. O projeto de extensão Afro-arquiteturas, terá estrutura transdisciplinar, buscando, a partir trocas e correspondências horizontais, construir o empoderamento e o protagonismo de todes os envolvidos: Arquiteturas para todes: com liberdade de culto e liberdade religiosa.
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Análise e Diagnósticos de Pequenos Assentamentos
Coordenador / Responsável Patricia R C DrachAs áreas urbanas influenciam e sofrem a influência do clima local. O processo desordenado de densificação nos trópicos têm gerado discussões acerca das cidades compactas, e vêm tomando corpo, principalmente àquelas relacionadas às características climáticas locais. Em estudos anteriores “Relação entre Adensamento Urbano e Formação de Ilhas de Calor: Cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro”. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq (CNPq 487309/2012-0) e “Conforto Térmico em Espaços Abertos no Rio de Janeiro: Relação entre Adensamento Urbano e Formação de Ilhas de Calor” (Projeto CNPq/CAPES – processo 401387/2011-9) as questões do adensamento urbano e do conforto ambiental foram abordadas. A introdução ou a alteração de elementos na malha urbana é capaz de interferir na dinâmica das trocas térmicas e da ventilação. Para os assentamentos pequenos, a falta de espaço para o crescimento da população local ocasiona um adensamento descontrolado com consequências desagradáveis não apenas em relação ao clima, mas também nas relações sociais do lugar. O projeto de extensão aqui apresentado trata do mapeamento de pequenos assentamentos buscando entender desde sua formação, todos os processos ocorridos até os dias atuais, produzindo um diagnóstico do lugar. Esta ação permite que sejam elaborados prognósticos de impactos do adensamento urbano e das consequentes alterações da morfologia urbana sobre a qualidade de vida dos moradores e sobre o clima local, com vistas a gerar estratégias que auxiliem o planejamento e projeto urbanos. O projeto envolve ainda o aprimoramento de ferramentas para visualização dos resultados. Como uma segunda etapa, espera-se determinar estratégias que auxiliem o processo de interferência na morfologia urbana, através do aprofundamento da análise através de simulações experimentais e/ou computacionais.
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BIAU - Banco de Ideias em Arquitetura e Urbanismo
Coordenador / Responsável Patricia R C DrachO perfil social da UERJ faz com a ações e projetos extensionistas tenham uma forte parceria com a comunidade local. O GT Conforto do grupo do Lab-UrBiS atua na cidade de Petrópolis estudando a forma urbana e sua relação com as alterações no microclima. são pontos fortes neste projeto e na construção do Banco de Ideias em Arquitetura e Urbanismo - BIAU.
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Bordas no urbano
Coordenador / Responsável Wagner Barboza RufinoO projeto de extensão Bordas no Urbano tem o intuito de realizar um conjunto de propostas de transformações socioespaciais expressas em projetos de arquitetura e urbanismo para a região do Caxambu, localizada no município de Petrópolis. O Caxambu é estabelecido em conformações em que se incluem tecidos de cidade tradicional, áreas de informalidade, rios, áreas vegetadas e espaços rurais de produção familiar, em que se evidenciam típicas complexidades e contradições sociais, econômicas e ambientais do urbano contemporâneo, e que gradativamente se agudizam. Neste contexto, os procedimentos metodológicos a serem adotados pela equipe do projeto visam desenvolver, de maneira participativa, análises diagnósticas que servirão de subsídios para a elaboração de propostas (projetos de arquitetura e urbanismo) de transformação da realidade. As propostas - avaliadas pela comunidade e reprocessadas pela equipe de projeto - poderão servir de plataformas de reivindicações perante o Estado, e de importante experiência de enfrentamento da realidade por parte dos alunos protagonistas do processo de desenvolvimento do projeto.
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Canteiro Experimental Aplicado à Arquitetura e ao Urbanismo
Coordenador / Responsável Fernando Cesar Negrini Minto -
Cartografias do Brincar: ludicidades intergeracionais e apropriações do espaço público urbano
Coordenador / Responsável Glaucineide do Nascimento CoelhoEste projeto de extensão investiga o brincar como linguagem intergeracional e prática de apropriação simbólica, material e subjetiva do espaço público. Parte da ludicidade como experiência que extrapola espaços planejados, considerando outros territórios cotidianos como espaços lúdicos de constituição de vínculos, subjetividades e pertencimentos. Fundamentado na pedagogia crítica (Freire, 2019; Giroux, 1986), na cartografia afetiva (Rolnik, 2016) e em abordagens urbanísticas de Lefebvre (2001), Jacobs (2011), Whyte (1980) e Gehl (2013), o projeto compreende a cidade como território educativo não formal, onde sujeitos de diferentes gerações negociam, resistem e reinventam o urbano a partir de seus corpos que brincam.
A metodologia articula observação etnográfica, percursos comentados, mapeamento sensível e oficinas participativas intergeracionais, buscando compreender como a ludicidade emerge em distintos contextos socioespaciais. Sem negligenciar a materialidade dos territórios do brincar, o projeto adota uma leitura crítica da dicotomia lugares e não-lugares (Augé, 1992), adotando uma perspectiva relacional (Massey, 2005) e crítica à fragmentação urbana (Caldeira, 2000; Rolnik, 2015), reconhecendo os espaços como suportes vivos de memória, disputa e invenção cotidiana. Todas as ações serão realizadas de forma colaborativa com as comunidades, promovendo escuta, coaprendizagem e devolutiva sensível. O projeto também estabelece diálogos intersetoriais com gestores, educadores e urbanistas, articulando planejamento, educação e justiça territorial.
Alinhado aos ODS 3, 4, 10 e 11, o projeto visa mapear e visibilizar práticas lúdicas urbanas, contribuindo para políticas públicas inclusivas que reconheçam o brincar como direito urbano, expressão de cidadania e estratégia de justiça socioespacial. Enquanto prática extensionista, reposiciona os sujeitos brincantes como agentes da cidade, fortalecendo o vínculo entre universidade e território.
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Casos de conforto: soluções arquitetônicas para a qualidade de vida de comunidades de Petrópolis e entorno
Coordenador / Responsável Sabrina Andrade BarbosaOs edifícios são projetados para proteger as pessoas do ambiente exterior, do vento, da chuva etc. No entanto, atualmente, espera-se mais; devem ser adequados ao meio e eficientes em promover conforto aos usuários. Entre populações de classe social baixa, em que o fator econômico é decisivo, o conforto ambiental – térmico, luminoso e acústico - é muitas vezes deixado de lado. A falta de um projeto adequado resulta em uso errôneo de materiais, problemas ergonômicos e sensação de conforto ambiental baixa. Assim, este projeto de extensão tem como objetivo apresentar soluções arquitetônicas às edificações não privadas de comunidades vulneráveis da cidade Petrópolis e entorno, como creches e centros comunitários, que contribuam com o conforto ambiental e, portanto, com a qualidade de vida e bem-estar dos cidadãos. Como resultados, são propostas cartilhas de cada caso estudado que contenha não só o diagnóstico da edificação analisada, mas também estratégias arquitetônicas viáveis para a melhoria do conforto ambiental. Complementarmente, serão criados vídeos curtos contendo análise das edificações trabalhadas, bem como as soluções sugeridas, apresentando de forma ilustrativa e de fácil compreensão, o resultado intencionado.
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Catalogando as praças públicas de Petrópolis, RJ
Coordenador / Responsável Sabrina Andrade BarbosaOs espaços livres públicos, como as praças, têm se configurado como importantes áreas das cidades, permitindo diversos tipos de atividades, atendendo as necessidades de recreação, ocupação do tempo livre, realização de atividades físicas e interação social. Contudo, em Petrópolis, o poder público ainda carece de um diagnóstico claro dos atributos ambientais das praças que direcione futuros investimentos. Assim, é importante fazer um levantamento das reais condições dos espaços públicos, considerando também as áreas periféricas da cidade. Assim, este projeto de extensão tem como objetivo desenvolver um catálogo que apresente os atributos físicos das praças da cidade de Petrópolis por meio de um protocolo de avaliação ambiental. Este projeto destina-se a especialmente todas as pessoas que usam os espaços livres públicos da cidade de forma a ocupar o tempo livre, realizar atividades físicas, interagir socialmente e fazer atividades de recreação e de contemplação. Muitas vezes o espaço público das praças é o único ambiente que favorece o convívio social e cultural para certos grupos. O público usuário, muitas vezes, consiste na parcela mais vulnerável da população, além de crianças e idosos. Esse Projeto usará um Protocolo de Avaliação Ambiental já previamente aplicado em outra cidade, que envolve a coleta de dados objetivos e subjetivos. Os procedimentos para o desenvolvimento do trabalho incluem as seguintes etapas: coleta de informações e mapeamento das praças públicas de Petrópolis; definição dos bairros a serem contemplados no primeiro ano do projeto; realização do treinamento em campo e realização do levantamento das praças definidas. Espera-se que este projeto fomente a pesquisa de alternativas urbanas de forma a identificar as mudanças necessárias para que as praças sejam um ambiente de direito do cidadão e de convivência, intercâmbio e sociabilidade, especialmente nas cidades mais urbanizadas.
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Conexões Sustentáveis: Urbano - Rural
Coordenador / Responsável Patricia R C DrachAs especificidades do lugar são fundamentais na formação do microclima e no conforto ambiental auxiliando a compreensão da necessidade de criar estratégias para as cidades, que permitam preservar fatores ligados à qualidade de vida. Cidades muito grandes representam uma grande quantidade de insumos e rejeitos, portanto, grandes gastos ambientais e econômicos para sua gestão. Usualmente, a relação de proximidade com o campo é trazida para as cidades através de tentativas de estabelecer relação com rios e lagos e até a presença de florestas urbanas, mas é comum observar que as tentativas acabam restritas à presença de parques urbanos, praças arborizadas e a introdução da arborização nas vias. Como preservar esta relação do campo, do rural no meio urbano? Seria esta uma forma de reduzir os fluxos da cidade? Seria a proximidade de parte da produção dos insumos e despejo de rejeitos um caminho para redução de custos ambientais e econômicos? Uma relação urbano-rural-ambiental na cidade seria o caminho para sustentabilidade? As estimativas oficiais das Nações Unidas (WUP: The 2018 Revision), indicam que a projeção da população mundial urbana, para 2050, é de 68% (em 2018, estavam em 55%). No caso do Brasil, especificamente, de acordo com as projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas. O crescimento das cidades em número e proporções parece ser fato e, desta forma é de interesse fundamental buscar meios para definir como contribuir para que as cidades tenham qualidade de vida. As áreas de estudo neste projeto envolvem uma proximidade muito grande entre o rural e o urbano, ou seja, uma linha de transição, na qual pode ser possível contribuir em processo de parceria com moradores para o desenvolvimento de espaços de qualidade.
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Conhecendo o patrimônio arquitetônico de Petrópolis/RJ
Coordenador / Responsável Arthur Campos Tavares FilhoA cidade de Petrópolis dispõe de um valioso e diversificado patrimônio arquitetônico e urbanístico representativo dos períodos imperial e republicano brasileiro, compreendidos entre os séculos XIX e XX, encontrados em bom estado de conservação. Além das expressões neoclássica, eclética e art déco, a cidade também reúne importante e relativamente pouco conhecido patrimônio arquitetônico modernista.
Apesar desta constatação, levantamentos realizados em instituições públicas vinculadas à preservação do patrimônio histórico revelaram que as fontes bibliográficas existentes, particularmente no que se referem à produção arquitetônica petropolitana, tendem a privilegiar abordagens que destacam seus aspectos mais caracteristicamente históricos, frequentemente vinculados à própria história da cidade e de seus protagonistas, em detrimento aos aspectos mais puramente artísticos e arquitetônicos.
Neste sentido, e no contexto associado à implantação do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) na cidade em 2016, este Projeto de Extensão se vincula ao desenvolvimento de uma recém iniciada pesquisa sobre arquitetura petropolitana, pela mesma equipe docente, com vistas a: 1) oferecer necessária contribuição para a consolidação da historiografia arquitetônica regional; 2) promover a valorização do patrimônio arquitetônico local a partir de ações extensionistas específicas, visando beneficiar a comunidade petropolitana.
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Correspondências
Coordenador / Responsável Zoy AnastassakisPropondo-se como uma plataforma para a experimentação criativa em torno de encontros de saberes ‘tradicionais’ e ‘acadêmicos’, o projeto Correspondências se estabelece por meio de oficinas, rodas de conversa e intercâmbio de saberes e conhecimentos entre ‘mestres’ indígenas, quilombolas e de terreiro de todo o Brasil e estudantes e profissionais de design, arte, arquitetura e urbanismo do Rio de Janeiro. Realizado nas instalações da Esdi/UERJ em seu campus na Lapa, com apoio de instituições parceiras, o projeto tem por objetivo estabelecer pontes para a troca de saberes e conhecimentos tradicionais e acadêmicos relacionados à composição e construção de imagens, artefatos e ambientes, em uma perspectiva transversal, que considera a heterogeneidade das práticas de conhecimento se comprometendo a corresponder às questões e aos afetos relevantes para os participantes do processo. Através de uma sequência de encontros em que, de forma coletiva, são experimentadas composições entre diversas práticas de conhecimento que tem por fim a realização de um experimento criativo concreto, estudantes e mestres participam de um processo de correspondência, compartilhando experiências, técnicas, ferramentas, procedimentos e processos, se permitindo afetar reciprocamente. Assim, é por meio da composição coletiva que os participantes colocam em prática o exercício de correspondência entre saberes, mote deste projeto. Como resultado de cada um desses encontros (oficinas), o grupo de estudantes e mestres constrói coletivamente experiências criativas e afetivas concretas, apresentadas ao público da universidade ao término do período de intercâmbio, que pode variar de uma semana a um mês. Em paralelo, pesquisadores acadêmicos envolvidos com temáticas relacionadas às oficinas são convidados a participar, seja como professores associados ou em rodas de conversa abertas ao público em geral.
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Cozinha das tradições
Coordenador / Responsável Zoy AnastassakisLinha de pesquisa Design, territorialidades e antropocenoA Cozinha das Tradições (CdT) é um projeto criado a partir dos povos e das comunidades tradicionais. Uma série de ações extensionistas culminam na abertura de um espaço no centro da cidade do Rio de Janeiro para o cultivo e prática de culturas e tecnologias tradicionais associadas aos conhecimentos produzidos na universidade. O espaço da CdT foi desenhado coletivamente como um ambiente para vivências experimentais em torno de atos de cozinhar e comer, a fim de valorizar os saberes e fazeres de povos e comunidades tradicionais e agroecologistas, tais como indígenas, quilombolas, caiçaras, favelados e de terreiros. Na CdT, a cultura alimentar é entendida como expressão cultural e tecnológica intrinsecamente ligada aos modos de vida e à história pulsante dos povos. Tendo por objetivo cultivar um espaço alimentar que vai muito além de servir refeições, a CdT tem objetivos que envolvem o fazer coletivo, a diversidade culinária, a segurança alimentar e o resgate dos saberes e tecnologias ancestrais, visando, com isso, estabelecer uma zona de contato entre as memórias afetivas que se entrelaçam com a produção agroecológica, as tradições das favelas, povos e comunidades tradicionais e camponeses, o conhecimento acadêmico e a população do Rio de Janeiro. A CdT surge, então, como uma resposta aos desafios contemporâneos no que tange à conscientização quanto aos limites e perigos do exacerbamento da industrialização quando associada à saúde coletiva, ao cuidado com o meio-ambiente e com as culturas tradicionais. Promovendo eventos como oficinas, vivências, feiras e rodas de conversa, a CdT como bem mais que uma simples cozinha: um lugar de experimentação prática em torno da memória alimentar, onde histórias são contadas por meio de aromas e sabores, e onde a comida se torna um instrumento potente de integração prática entre tradição e inovação, inclusão social, desenho coletivo e empoderamento comunitário.
Para saber mais, acesse:
https://www.instagram.com/cozinhadastradicoes.esdi/ -
Diagnóstico da Vila Residencial da UFRJ
Coordenador / Responsável Patricia R C DrachTrata-se de um projeto em andamento desenvolvido em parceria com o Programa de Engenharia Urbana - PEU, UFRJ. Durante as últimas décadas, a Vila Residencial da UFRJ passou por intervenções urbanas. No entanto, é observado uma necessidade de melhorias, principalmente na infraestrutura local, que teve sua capacidade sobrecarregada devido ao aumento considerável do número de moradores. O foco deste projeto é realizar um diagnóstico detalhado da Vila Residencial a partir da coleta de dados da morfologia urbana (apontar as variações importantes), do levantamento do perfil social dos moradores, da mobilidade no interior da Vila Residencial, dos serviços locais entre outros, através da leitura de mapas e plantas, de entrevistas, de medições e de informações fornecidas pela Associação de Moradores da Vila Residencial – AMAVILA. Como resultado, a proposição é apresentar mapas de tendências e carências. Espera-se, portanto, desenvolver um 'retrato' da Vila Residencial que será disponibilizado para a Prefeitura Universitária e para AMAVILA possibilitando uma base mais sólida para proposições futuras principalmente de infraestrutura e legislação.
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Dossiê histórico-arquitetônico da casa Franklin Sampaio, Petrópolis
Coordenador / Responsável Claudia Baima MesquitaO projeto de extensão tem como proposta uma pesquisa que se transformará na elaboração de um dossiê que reúna em um mesmo documento tanto a parte histórica quanto a parte arquitetônica da casa n° 55 da Praça Rui Barbosa, mais conhecida como casa Franklin Sampaio, localizada no centro histórico de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro. Esse dossiê irá permitir condensar as informações sobre o imóvel, em atual risco de colapso. Através desse trabalho teremos oportunidade de preservar o legado histórico e arquitetônico de um dos imóveis mais icônicos da cidade, que se encontra inserido dentro da poligonal de tombamento do conjunto urbano paisagístico do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
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Esdi Oficina Gráfica Aberta
Coordenador / Responsável Almir Mirabeau da Fonseca NetoEste projeto tem como objetivo a revitalização e a reativação da oficina gráfica da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) da UERJ, além da implementação de atividades regulares que dinamizem os processos de aprendizado. A iniciativa visa não apenas resgatar a prática gráfica, mas também estreitar as relações através de intercâmbios com outras instituições de ensino, pesquisadores e profissionais da área gráfica. Originalmente concebida para a composição tipográfica na década de 1960, a oficina foi posteriormente equipada para impressão serigráfica, mas atualmente encontra-se inoperante. Para que suas atividades possam ser retomadas, é fundamental realizar uma reestruturação completa do espaço, o que inclui a avaliação dos equipamentos disponíveis, a aquisição de insumos e materiais, e a criação de uma nova estrutura organizacional que otimize os fluxos de trabalho. A partir dessa reestruturação, busca-se incorporar as atividades da oficina à grade curricular, além de propor workshops, cursos e palestras regulares, tanto no espaço físico quanto em parcerias com outras instituições. Este modelo visa estimular a investigação e a experimentação prática em processos gráficos, promovendo um diálogo entre técnicas históricas e contemporâneas, além de métodos analógicos e digitais. Além de proporcionar aprendizado técnico, o projeto tem potencial para incentivar a criatividade dos alunos, permitindo-lhes explorar diversas ferramentas e técnicas que enriquecerão sua formação. A integração entre abordagens históricas e inovações tecnológicas ampliará as possibilidades de criação e expressão no design gráfico. Dessa forma, a revitalização da oficina gráfica da ESDI não apenas restabelece uma prática educativa essencial, mas também prepara os alunos para os desafios do mercado contemporâneo, promovendo uma formação integral que os capacite como profissionais versáteis e inovadores. Este projeto representa, assim, um passo fundamental para a continuidade do legado da ESDI
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Esdi: Janelas Abertas
Coordenador / Responsável Pedro Zöhrer Rodrigues da CostaPrograma de extensão ESDI:Janelas Abertas visa divulgar o ensino e os acontecimentos do design para a comunidade externa da ESDI além de dar suporte ao alunado da unidade em sua orientação profissional. A Esdi é a unidade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro dedicada ao ensino do desenho industrial, um campo de conhecimento multidisciplinar. Trata-se de uma área voltada ao desenvolvimento de projetos de objetos tridimensionais, de comunicações gráficas e de sistemas integrados de informação, tecnologia e ambientes urbanos. O curso de graduação se desenvolve em cinco anos, oferecendo simultaneamente habilitação em projeto de produto e programação visual. O ingresso é feito anualmente por meio de concurso vestibular promovido pela Uerj. A Escola está instalada em um conjunto de prédios na Lapa, no centro do Rio de Janeiro, possuindo salas de aula, oficinas de madeira, metal, modelagem, gráfica, laboratórios de fotografia e informática, além de uma biblioteca especializada. O projeto “Esdi: Janelas Abertas” foi criado no início do ano de 2001, com o objetivo de divulgar o campo do desenho industrial e a formação propiciada pela Esdi, de modo a ajudar tanto jovens interessados em ingressar na profissão a escolher adequadamente uma carreira, quanto aos alunos da instituição que buscam maior esclarecimento sobre as perspectivas que o mercado de trabalho oferece. Para tanto, vêm sendo organizadas, ao longo dos anos de existência do programa Esdi: Janelas abertas, atividades dirigidas a instituições do ensino médio do Rio de Janeiro, com palestras e visitas monitoradas. O “Janelas Abertas” promove séries de palestras, projeções e debates com alunos e ex-alunos da Esdi, dirigidos tanto aos estudantes, interessados em geral e principalmente à própria comunidade esdiana.
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ESDI: pólo de referência de acervos em Design
Coordenador / Responsável Noni GeigerEste projeto visa à catalogação, restauro, preservação, arquivamento e disponibilização para acesso e pesquisa pública e gratuita do acervo Rodolfo Capeto (1956-2022), na ESDI/UERJ.
Trata-se do terceiro e maior acervo material (1) significativo doado à Escola Superior de Desenho Industrial pela família de um profissional de destaque (2) no campo do Design.
Neste caso, além de designer, Rodolfo Capeto também foi professor e ex-vice-diretor (2004-2008) e ex-diretor da ESDI em 2 gestões (2008-2016), falecido prematuramente, no final de 2022.
Este projeto tem 4 miradas diferentes: a primeira consiste na catalogação de um acervo que não se restringe a material bibliográfico, compreendendo documentos de várias naturezas, relativos à própria Escola, e projetos de Rodolfo Capeto, envolvendo, para isso, professores e estudantes da graduação e da pós-graduação, além de funcionários da biblioteca da ESDI. A segunda implica na destinação do acervo bibliográfico já catalogado à nossa biblioteca, a partir de uma avaliação a ser desenvolvida quanto a possíveis formas de criar nichos ou identificações especiais de doações similares. A terceira consiste no desenvolvimento de um projeto que estabeleça protocolos de arquivamento, preservação, conservação, documentação e disponibilização em plataforma digital de material de caráter não bibliográfico para acesso público. Finalmente, pretende-se que o êxito deste projeto possa atrair um número maior de doações de acervos particulares que sejam convertidos em material de acesso público e gratuito.
1 O arquivo a que nos referimos está acondicionado de forma precária numa sala da ESDI, em um grande número de caixas de papelão, o que exige uma ação urgente, sob risco de deterioração.
2 Os outros dois são a designer carioca Bea Feitler (1938-1982), internacionalmente conhecida por seu pioneirismo e importante atuação no mercado editorial, sobretudo em grandes revistas nova-iorquinas; e Newton Montenegro (?-?), ex-aluno da ESDI/UERJ.
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Estudos da imagem nas Redes Sociais
Coordenador / Responsável Marcos André Franco MartinsO projeto tem o objetivo de investigar os fluxos retóricos de imagens em mídias velozes. Ele estuda a forma como as imagens compartilhadas em redes sociais operam sobre o senso comum, formulando e reformulando opiniões. Os trabalhos feitos pelo projeto incluem estudos preliminares contextualizando e conceituando a presença de imagens em redes sociais.
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Exporvisões: educação e divulgação do patrimônio histórico do Rio de Janeiro
Coordenador / Responsável Carina Martins CostaO blog e as redes sociais "Exporvisões: miradas afetivas sobre patrimônio, museus e afins" foi inaugurado em maio de 2019, em parceria com a pesquisadora Aline Montenegro Magalhães, originalmente do Museu Histórico Nacional e agora, Museu Paulista. É formado por materiais inéditos, com caráter de divulgação científica, baseado em pesquisas e ações educativas desenvolvidas nos âmbitos institucionais. O projeto de extensão ora apresentado pretende aprofundar a produção de materiais de divulgação científica e ações educativas de formação continuada, por meio da estruturação de uma equipe discente formada por alunos de Arquitetura e Urbanismo e Arqueologia para que possamos oferecer, de forma contínua, ações extensionistas sobre o patrimônio cultural do estado do Rio de Janeiro. Estão previstas oficinas, curso de formação e roteiros pedagógicos, além da publicação de todas atividades no blog e nas redes sociais, o que ampliará o público do projeto.
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Ficha de Diagnóstico do conjunto urbano-paisagístico de Petrópolis
Coordenador / Responsável Claudia Baima MesquitaA cidade de Petrópolis possui rico e importante patrimônio arquitetônico, urbanístico e natural, compreendido em seu centro histórico e entorno. Isso proporciona aos alunos do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo, recentemente lá implantado, um diverso e enorme acervo a céu aberto para pesquisas e estudos. Petrópolis teve seu conjunto urbano-paisagístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1964, tendo este tombamento sido estendido em 1980 e 1982. Portanto, parte considerável da cidade está sob a jurisdição do Escritório Técnico do IPHAN na região serrana e, legalmente, para qualquer intervenção nessas áreas, se faz necessário o aval dos técnicos responsáveis. A Portaria n. 213/96 do IPHAN dispõem sobre o entorno dos bens tombados na cidade de Petrópolis/RJ, principalmente com relação ao uso e gabaritos dos imóveis localizados nestas áreas protegidas. Entretanto, a legislação vigente do IPHAN é muito restritiva para as mudanças e demandas sociais da cidade nos dias atuais. Podemos observar em algumas áreas o crescimento desordenado, e construções e intervenções irregulares nas áreas de entorno, desencadeando interferência na ambiência desejada do conjunto, principalmente na relação entre as edificações e o aspecto urbano-paisagístico tombado da cidade. A proposta deste estudo é a colaboração de nossos discentes de arquitetura e urbanismo com o Escritório Técnico no trabalho de levantamentos de dados, através de fichas de diagnósticos do conjunto tombado, assim como de sua área de entorno, visando a revisão das normas vigentes para estas áreas que estão sob a tutela do IPHAN. O objetivo é tornar a atual normativa mais condizente com a dinâmica de crescimento da cidade, porém, ao mesmo tempo, respeitando e preservando os valores atribuídos ao conjunto quando de seu tombamento, assim como conservando seu desenvolvimento coerente e a sua adaptação harmoniosa às necessidades contemporâneas.
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Habitares Comuns: práticas e narrativas de envolvimento para autonomia urbana
Coordenador / Responsável Gabriel SchvarsbergO projeto Habitares Comuns propõe atuar reverberando a pluralidade de sentidos do Habitar em sua dimensão coletiva, entendendo o comum como expressão político-cultural do cultivo de ideias de comunidade, partilha, colaboração e sustentabilidade. Trata-se de fomentar mais envolvimento do que desenvolvimento a partir de práticas e narrativas dedicadas a repensar e reconstruir formas de viver junto baseadas em produção de autonomia e justiça social, ambiental e climática.
Nutrindo-se da crítica ao modelo de progresso e às concepções hegemônicas de desenvolvimento que moldaram o mundo urbano desde o século XX, o projeto busca reconhecer e colaborar com atores locais empenhados em construir experiências alternativas de concepção e produção de territórios mais inclusivos, seguros e dignos. Em geral, trata-se de comunidades periféricas e historicamente vulnerabilizadas pelas estruturas coloniais, patriarcais e financeiras que sustentam a desigualdade socioespacial no Brasil. A iniciativa também se alia a movimentos sociais, coletivos e associações ligadas às lutas urbanas e territoriais pelo direito à cidade e à terra.
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Imaginações urbanas
Coordenador / Responsável Wagner Barboza RufinoO projeto de extensão Imaginações Urbanas constitui uma iniciativa de reflexão coletiva sobre a produção do espaço na cidade contemporânea, realizada por uma equipe de alunos, professores, trabalhadores, membros da comunidade e artistas, no âmbito do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ. O intuito é o de se debater sobre a pertinência e possibilidade de realização de intervenções de arte urbana, considerando a capacidade destas de cumprirem funções sociais e pedagógicas, e de promoverem transformações na interpretação dos territórios por parte da sociedade.
Na cidade contemporânea estão gravados a sobreposição dos tempos, modos de vida e a combinação de dimensões constituintes de suas dinâmicas. Nela também se articulam os fatores que participam da constituição da vida mental das pessoas, e de suas interpretações da realidade. O cotidiano tem como propriedade a capacidade de fortalecer as ligações dos membros de determinado grupo, e o pertencimento do grupo ao seu espaço - em concomitância a processos antagônicos de neutralização dos olhares sobre o território. Portanto, buscamos a desestabilização dos olhares, provocando a transformação das interpretações na interação entre sujeito e espaço. Neste caso, a arte se coloca como lugar de expressão e chave de interpretação da realidade, através da promoção da troca e do estimulo à experimentação.
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InESDI Startup: Reestrurando a Incubadora de Design da ESDI
Coordenador / Responsável Wandyr Hagge SiqueiraO projeto InESDI Startup: Reestruturando a Incubadora de Design da ESDI tem como objetivo principal a elaboração de um manual de operação para a InESDI, definindo critérios de seleção, avaliação e parâmetros organizacionais para as empresas incubadas. O documento reunirá a base teórica do modelo adotado, com foco em design, inovação social e extensão universitária, além de estabelecer a metodologia e as etapas do processo de incubação, alinhando-se às diretrizes da metodologia CERNE (Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos), desenvolvida pela ANPROTEC em parceria com o SEBRAE.
Mais do que um guia técnico, o manual será um instrumento estratégico para coordenadores, gestores e demais agentes envolvidos, garantindo a continuidade institucional, a clareza nos processos e a eficácia na gestão da incubadora. O projeto busca também sistematizar boas práticas e referências nacionais e internacionais em modelos de incubação com ênfase em design e impacto social, contribuindo para consolidar a identidade da InESDI como incubadora universitária comprometida com a formação cidadã, a inovação e o desenvolvimento sustentável.
Entre os objetivos específicos do projeto estão:
1. Levantar e sistematizar referências teóricas e práticas sobre incubação em design e inovação social;
2. Definir os critérios de seleção, permanência e avaliação das empresas incubadas;
3. Estabelecer a estrutura organizacional da incubadora e os papéis dos agentes envolvidos;
4. Identificar e caracterizar os públicos-alvo prioritários a serem atendidos;
5. Delinear a metodologia de incubação considerando a interdisciplinaridade, a interprofissionalidade e a interação dialógica;
6. Consolidar diretrizes para garantir a continuidade institucional e o alinhamento com a missão extensionista da ESDI; e
7. Produzir um manual claro, acessível e aplicável, que oriente a gestão e fortaleça a atuação da InESDI.
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Informativo Eletrônico Sinal
Coordenador / Responsável Ligia MedeirosO Sinal é um Informativo eletrônico publicado semanalmente com notícias, registros, agenda interna e externa sobre fatos e temas relacionados ao design. Atualmente, estão cadastrados alunos, professores e funcionários da Escola, além de centenas de ex-alunos, orientadores pedagógicos e diretores de ensino médio, professores e estudantes de outras faculdades de desenho industrial, alunos estrangeiros que participaram do intercâmbio com a Esdi, designers e outros profissionais, que somados chegam a 6000 assinantes do boletim.
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Infraestruturas Urbanas Verdes e Azuis para a Cidade de Petrópolis - RJ
Coordenador / Responsável Mirna Elias GobbiO projeto aborda a importância da defesa do meio ambiente e os impactos das atividades humanas, especialmente o processo de urbanização, sobre os ecossistemas e o ambiente urbano. A urbanização acelerada, no contexto de globalização, tem levado ao aumento da geração de resíduos e emissões de gases de efeito estufa, prejudicando a qualidade ambiental e a saúde pública. Além disso, a falta de planejamento urbano adequado tem intensificado desastres naturais, como enchentes e deslizamentos, exacerbados pelas mudanças climáticas.
O conceito de "Infraestrutura Verde e Azul" (IVA) é apresentado como uma solução para mitigar os impactos urbanos, integrando espaços naturais e artificiais para melhorar a drenagem de águas pluviais, aumentar a resiliência das cidades e promover a sustentabilidade. A proposta do projeto é aplicada especificamente à cidade de Petrópolis, RJ, que enfrenta desafios relacionados à urbanização desordenada e às catástrofes climáticas.
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KITANDA: revista do curso de Arquitetura & Urbanismo da ESDI - UERJ
Coordenador / Responsável Leonardo Izoton BragaO projeto de extensão “Revista KITANDA” tem como objetivo central a construção e desenvolvimento da primeira revista científica da UERJ no campo da Arquitetura e Urbanismo, com diálogos e atravessamentos transdisciplinares que reflitam e potencializem as demandas contemporâneas. O projeto de nossa revista se vincula, tanto à graduação, quanto à pós-graduação, visando o início desta empreitada, dando tempo e espaço a essa gestação, aliando docentes e discentes, na produção e promoção de nossa kitanda. Nossa proposta editorial tem como mote a instauração de um espaço de encontros, trocas e circulações, que remete às feiras livres, como instância popular de produção e reprodução da vida e do conhecimento. Nesta direção, promoveremos conversas, orientações, um ciclo de palestras online e 5 publicações – entre 2025 e 2027 –, que serão propostas, discutidas e conduzidas com e pelas alunas e alunos, orientadas corpo docente, que participará da estruturação e composição do conselho editorial. Deste modo, além da ampliação dos modos de divulgação dos trabalhos de nosso departamento, almejamos a promoção do protagonismo e formação ativa do corpo discente, a divulgação de nossos cursos em plataformas online e nas redes sociais, assim como o fortalecimento dos espaços de publicação universitária sob uma perspectiva plural e inclusiva a respeito da do campo da Arquitetura e Urbanismo.
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Laboratório Cultural Muiraquitã
O projeto ‘Laboratório Cultural Muiraquitã’ consiste na criação de um espaço de debate e produção transdisciplinar para os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo, eventualmente, alargando suas atividades para a comunidade externa. Isso porque, semestralmente, serão oferecidas oficinas para os estudantes das escolas públicas do Município de Petrópolis e região, a partir da experiência vivenciada pelos estudantes de graduação nos eventos e workshops. Trata-se de palestras e oficinas, de três a dois dias de duração, que ocorrerão mensalmente, com convidados de diferentes campos da arte e áreas do conhecimento, tais como teatro, cinema, literatura; sociologia, filosofia e educação. O projeto, além de ampliação do debate em torno de questões contemporâneas, deseja contribuir para uma formação mais plural e holística do profissional de arquitetura. Visa também o compromisso do estudante das universidades públicas em compartilhar seu conhecimento, ainda que nesse processo de dodiscência que sugerimos, ensinar signifique também aprender. Nas oficinas, em que os estudantes atuarão também como multiplicadores, haverá produção de ementas e material didático, sempre com a supervisão dos professores membros da equipe.
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Laboratório de Cultura, Arquitetura e Urbanismo – Ilha Grande (LabCAU): Temporalidades e desenvolvimento socioambiental em Dois Rios
Coordenador / Responsável André Luiz Carvalho CardosoO projeto de extensão Laboratório de Cultura, Arquitetura e Urbanismo – Ilha Grande (CAU Ilha Grande), nasce da construção de parceria entre professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Esdi/UERJ e o Ecomuseu da Ilha Grande. Assim, vinculado ao Programa de Extensão Ecomuseu Ilha Grande, o presente projeto de extensão tem como foco central o implemento e desenvolvimento socioambiental, assim como a recuperação arquitetônica e urbanística das várias camadas temporais de ocupação que se sobrepõem na Vila Dois Rios. A proposta do projeto de extensão é desenvolver uma participação discente expressiva na execução de estudos e elaboração de projetos e pesquisas arquitetônicas e urbanísticas de cunho socioambiental na Ilha Grande, colaborando para o ensino, a pesquisa e a extensão, ao garantir uma vivência profissional complementar, aproximando os alunos à realidade socioambiental e ao mercado profissional. O LabCAU – Ilha Grande contará com uma estrutura transdisciplinar, buscando, a partir de um atravessamento de saberes, o desenvolvimento de estudos culturais e tecnológicos para qualificação e desenvolvimento local. Desta forma, o LabCAU – Ilha Grande, pretende detectar potenciais e construir parcerias com a comunidades local, grupos de pesquisa, entre outros, e também com profissionais que atuem informalmente em suas comunidades, buscando a qualificação no desenvolvimento de técnicas, métodos construtivos ou iniciativas sustentáveis existentes nas comunidades. O foco central será, então, a parceria com Ecomuseu para desenvolvimento socioambiental e estudo das temporalidades de Vila Dois Rios, na Ilha Grande.
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Laboratório de Habitação UERJ (LABHAB UERJ)
Coordenador / Responsável Wilder Manuel Ferrer TenicelaO Laboratório de Habitação da UERJ (LABHAB) , vinculado ao recente curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade com sede na Cidade de Petrópolis RJ, surge como como um espaço de relevante função na interligação da Academia com a Sociedade e visa estabelecer critérios e requisitos de eficiência nos projetos e programas habitacionais de interesse social. O LabHab UERJ se propõe realizar estudos de ocupação, pós ocupação e adaptação social e urbanística de diversos complexos arquitetônicos construídos para habitação social principalmente na Cidade Imperial e na região Serrana. O desenvolvimento e aplicação de metodologia específica constitui fator especial do LabHab UERJ, que busca a triangulação de abordagens e métodos de experimentação e pesquisa. O labHab UERJ se propõe aprofundar a utilização de técnicas de levantamentos físico- espaciais e diversas técnicas de aproximação e entrevistas especializadas com moradores e usuários de construções habitacionais. O LabHab UERJ buscará permanente interligar as atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária em um mesmo espaço, dando especial atenção e prioridade à formulação de alternativas adequadas para as demandas habitacionais, urbanas e ambientais que visem acima de tudo a inclusão social.
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Laboratório de Saneamento Urbano e Sistemas Prediais (LABSUSP): Melhorias Sanitárias em Habitações de Interesse Social (HIS) no município de Petrópolis/RJ
Coordenador / Responsável Vinicius Masquetti da ConceiçãoO acelerado processo de expansão urbana sem o devido planejamento tem ocasionado vários problemas para a população, tais como poluição do ar, solo e água; congestionamentos; ocupação irregular do solo; Sistemas Prediais - LABSUSP visando a inserção de diferentes grupos de trabalhos (GT’s) para o desenvolvimento de estudos e projetos voltados para a área de engenharia sanitária e melhorias da qualidade de vida das comunidades carentes do entorno da região serrana do Rio de Janeiro, especificamente na cidade de Petrópolis. Dessa forma, o projeto pretende mobilizar alunos do curso de arquitetura e urbanismo da UERJ, professores, entidades, e a sociedade em geral para apresentarem e disseminarem experiências, ideias, conhecimentos e práticas relacionadas ao saneamento urbano, as quais tem caráter eminentemente pragmático, replicável e relação com questões fundamentais como melhoria sanitária, a conservação da água, a proteção dos mananciais, a redução da poluição, o uso eficiente da água, violência; destinação inadequada dos resíduos sólidos, etc. A ausência dos serviços de saneamento básico é um dos problemas característicos dos centros urbanos, fato que influencia diretamente na saúde pública, desigualdade social, poluição dos recursos hídricos, poluição urbana, entre outros.
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Laboratório Socioambiental de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo – LSECAU
Coordenador / Responsável André Luiz Carvalho CardosoO presente projeto de extensão apresenta como foco de interesse principal a criação de um Laboratório Socioambiental de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (LSECAU) na UERJ, com a configuração de um Escritório Modelo vinculado a Faculdade de Engenharia – DCCT/FEN/UERJ. Assim, a proposta do projeto de extensão é desenvolver uma participação discente expressiva na execução de estudos e elaborações de projetos e pesquisas de cunho socioambiental, colaborando para o ensino, a pesquisa e a extensão, ao garantir uma vivência profissional complementar, aproximando os alunos à realidade do mercado profissional. O LSECAU, conta com uma estrutura transdisciplinar, buscando, a partir de um atravessamento de saberes, o desenvolvimento de mapeamentos e estudos tecnológicos para qualificação de construções de interesse social. Desta forma, o LSECAU pretende detectar potenciais e construir parcerias em comunidades carentes, associações de moradores, instituições beneficentes, entre outros, e também com profissionais que atuem informalmente em suas comunidades, buscando o mapeamento e as investigações técnicas sobre os saberes construtivos autóctones encontrados nas comunidades ou grupos pesquisados e construindo possíveis parcerias que busquem aprimoramento. Tomaremos como base para as parcerias e serviços a aplicação da Lei 11.888 de 24 de dezembro de 2008. Esta lei federal, garante assistência técnica gratuita para famílias de baixa renda, prestada por profissionais habilitados tecnicamente nos campos da arquitetura, urbanismo e engenharia, para projetos de construções e moradia para famílias com renda mensal de até três salários mínimos. Dentre os grupos habilitados para prestação dos serviços, estão descritos os profissionais vinculados aos “programas de extensão universitária, por meio de escritórios-modelo”.
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MakerPET: Transformando Garrafas PET em Filamentos para Impressão 3D e Capacitação em Design Sustentável
Coordenador / Responsável Pedro Zöhrer Rodrigues da CostaO projeto de extensão MakerPET propõe a criação e aplicação de soluções sustentáveis e tecnológicas por meio da transformação de garrafas PET em filamentos utilizáveis em impressoras 3D. Com foco em escolas públicas com espaços maker e na formação de alunos de graduação em Design de Produto, o projeto visa promover a educação ambiental, a inovação e a acessibilidade tecnológica.
Por meio da pesquisa, desenvolvimento e construção de máquinas de baixo custo para reciclagem de PET, o projeto envolverá estudantes universitários na criação de equipamentos, oficinas e materiais educativos. As máquinas produzidas serão implantadas em escolas públicas, onde professores e alunos receberão capacitação prática para operar os sistemas de reciclagem e impressão 3D.
O projeto tem como principais objetivos: desenvolver soluções sustentáveis para reaproveitamento de resíduos plásticos, ampliar o acesso a tecnologias de fabricação digital em ambientes escolares e formar uma rede colaborativa entre universidades, escolas e comunidades. Além disso, busca oferecer aos estudantes de Design uma experiência prática e interdisciplinar, aliando sustentabilidade, inovação e impacto social.
A proposta se apoia na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para a formação cidadã e profissional dos alunos de graduação, e para o fortalecimento de práticas sustentáveis na educação básica. Espera-se que o MakerPET contribua para a redução do lixo plástico, a disseminação do uso consciente da tecnologia e a formação de uma nova geração de designers comprometidos com os desafios ambientais e sociais contemporâneos.
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MEDIALAB ESDI
Coordenador / Responsável Jésus Baro Barbara CastroMediaLab ESDI é o laboratório experimental de mídias que desenvolve projetos na interseção entre design, arte e tecnologia promovendo uma cultura de experimentação e programação criativa dentro e fora da universidade. Abordamos diferentes práticas com foco em instalações interativas e visualização de dados. Outros conhecimentos podem ser incorporados de acordo com o escopo de cada projeto como projeção mapeada, internet das coisas, vestíveis, arte computacional, realidades virtual e humanidades digitais. Também abordamos noções de práticas curatoriais, produção cultural e design de exposição.
O MediaLAB funciona com um núcleo central de participantes constituído de docentes e bolsistas. Este núcleo realiza reuniões semanais para planejamento estratégico e organização de eventos. Além do núcleo central, temos um grupo de colaboração temporário constituído de voluntários que desejam participar de cada projeto.
Os projetos desenvolvidos no âmbito do laboratório são expostos em eventos que ocorrem na ESDI abertos ao público e eventos externos de arte, ciência, inovação e divulgação científica. Em 2024, tivemos participação nos eventos Rio2C, Festival Nacional da Matemática, Hiperorgânicos e Janelas Abertas ESDI.
Para o próximo biênio, mantemos as parcerias externas com a Coordenação de Disseminação da Matemática do IMPA, com o Núcleo de Arte e Novos Organismos da UFRJ e iniciamos a parceria com o Instituto Coral Vivo (OSCIP) e com a rede Compoética (UFPE, UFRJ, UERJ). Mantemos parcerias estruturais com o Laboratório de Informática e o Laboratório de Modelagem e Prototipagem. Teremos novas parcerias internas como o Núcleo Design & Escola (ESDI), o laboratório de pesquisa Tecnicidades e Sensibilidades e a Divisão de Teatro da UERJ.
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Memória Institucional do DAU-ESDI: atores sociais e seus relatos
Coordenador / Responsável Mário Luiz Carneiro Pinto de MagalhãesO projeto de extensão "Memória e Protagonismo no DAU-ESDI" visa celebrar os 10 anos do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da ESDI/UERJ, promovendo um esforço de construção da memória institucional e de reconhecimento dos atores sociais que moldaram sua trajetória. A partir de uma crítica às narrativas hegemônicas de Arquitetura e Urbanismo no Brasil, o projeto busca valorizar as narrativas locais e os impactos sociais da instituição em Petrópolis e no Estado do Rio de Janeiro.
Com uma abordagem interdisciplinar, o projeto propõe a coleta de relatos por meio de entrevistas com alunos, professores e funcionários, estabelecendo um corpus documental que evidencie a contribuição do DAU para a cultura arquitetônica e urbanística. A metodologia inclui uma análise crítica das interações e movimentos sociais, reconhecendo a importância de grupos historicamente marginalizados e a diversidade de vozes na construção da memória institucional.
Os objetivos específicos incluem a elaboração de narrativas históricas sobre o contexto político, econômico e ambiental que cercam a criação do DAU e a sistematização de relatos sobre seu impacto na sociedade. Ao promover uma reflexão dupla, interna e externa, o projeto não só reafirma a identidade do DAU, mas também fortalece seus laços com a comunidade, contribuindo para uma compreensão mais ampla e inclusiva da Arquitetura e Urbanismo no Brasil.
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Mobilidade Ativa e Micromobilidade em Petrópolis – RJ: Potencialidades e Desafios
Coordenador / Responsável Filipe Ungaro MarinoEste projeto de extensão, desenvolvido no Núcleo de Estudos de Mobilidade e Acessibilidade – NEMOBI da UERJ, tem como foco aprofundar a investigação e a discussão sobre mobilidade urbana, mobilidade ativa e suas intersecções em Petrópolis – RJ, articulando ensino, pesquisa e extensão. Baseando-se na análise crítica de planos urbanos, levantamento de dados, mapeamento, survey, entrevistas, oficinas e mesas redondas, a proposta visa compreender a real situação da mobilidade urbana na cidade e as potencialidades e desafios do uso dos modais ativos e suas intersecções com gênero, idade, raça e condições sociais. O projeto se baseia no caráter extensionista, objetivando promover oficinas, caminhadas urbanas do conhecimento, pedaladas, debates públicos, rodas de conversas, seminários e disseminação de cartilha para a comunidade petropolitana, envolvendo coletivos, associações e órgãos municipais. Ademais, o NEMOBI está ampliando sua atuação por meio da criação de um website interativo e da produção de materiais divulgados em relatórios, cartilhas e artigos científicos, contribuindo ativamente tanto para a formulação de políticas públicas inclusivas e sustentáveis quanto para a formação de uma massa crítica de agentes sociais urbanos na cidade de Petrópolis. A iniciativa busca, ainda, engajar novos alunos por meio deste projeto, ampliando a formação cidadã, o fortalecimento da produção científica no campo da mobilidade urbana e a consolidação de novos coletivos universitários voltados para o atendimento das necessidades da população.
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Narrativas Experimentais Impressas
Coordenador / Responsável Miguel CarvalhoO foco deste projeto é promover a experimentação com o objeto livro em sua materialidade, explorando suas possibilidades narrativas e visuais. O livro, enquanto suporte, é um espaço híbrido onde ilustração, tipografia, design e narrativa se encontram. Ao explorar o livro como objeto, papel, dobras, recursos gráficos industriais e artesanais abrem caminhos para investigações que extrapolam o formato convencional: codex e expandem as possibilidades de compreensão e potenciais desse objeto.
De natureza interdisciplinar, o projeto busca aproximar os alunos de design e áreas afins de processos criativos que envolvem a produção gráfica do livro, considerando aspectos como composição, textura, estrutura narrativa e articulação entre imagem e texto, na criação de narrativas visuais. Além disso, propõe oficinas práticas de técnicas tradicionais e artesanais de impressão, desenho e pintura, oferecendo aos participantes um repertório ampliado de possibilidades no desenvolvimento e experimentação de projetos editoriais inovadores.
A cada atividade, os estudantes terão contato com métodos e experimentações que estimulam a reflexão sobre o livro como objeto sensorial e expandem as abordagens para sua concepção visual. Ao articular teoria e prática, o projeto cria um espaço de experimentação, ensino e aprendizagem que favorece a construção de novas linguagens e perspectivas a respeito do livro, além de promover diálogos entre design, ilustração, produção gráfica, tecnologia e narrativa.
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Narrativas Sensíveis: mapeando territórios e afetos em Petrópolis - RJ
Coordenador / Responsável Bárbara Thomaz Lins do NascimentoEm constante transformação, a cidade não se limita apenas à materialidade construída, uma vez que carrega em cada fragmento marcas do tempo, vivências e afetos compartilhados. Como uma narrativa, ela é tecido por vozes diversas, sobreposições de tempos e afetos, compondo uma trama em constante reescrita. Neste contexto, o sensível atua como tinta invisível feita de memórias, cheiros, sons e impressões do cotidiano que contorna os limites da materialidade e revela camadas sutis da experiência urbana. Reconhecer os aspectos intangíveis constituintes da cidade é fundamental para compreender sua complexidade, demandas e direcionar intervenções espaciais. Mais que compor o meio físico, a justaposição de construções antigas e contemporâneas revela não apenas a dimensão histórica, mas também os afetos que permanecem no cotidiano urbano. Nesse cenário, o mapeamento se transforma em ferramenta de escuta e tradução do sensível. Mapear, aqui, não é apenas localizar, mas decifrar marcas silenciosas, tornando visível o que normalmente escapa aos mapas tradicionais, registrando impressões, narrativas, afetos e memórias: é propor uma nova forma de olhar para o território a partir da valorização do vivido, do sensível e do coletivo. A estética dos espaços públicos, a arquitetura e a paisagem também participam dessa construção de sentido, não só como formas visuais, mas como parte da atmosfera da cidade capazes de provocar, acolher, ativar memórias e mobilizar afetos. Ao considerar a inter-relação entre visível e invisível que molda o meio urbano, este projeto explora a cidade para além do meio físico, com a participação comunitária ativa se consagra como essencial na construção de seu mapeamento. Além de enriquecer a compreensão da cidade, esta abordagem traz uma visão mais contemporânea ao planejamento urbano, valorizando a inclusão, sustentabilidade e o significado coletivo.
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O feminino e o espaço público: experiências, percepções e vulnerabilidades das mulheres em Petrópolis
Coordenador / Responsável Glaucineide do Nascimento CoelhoO projeto de extensão "O feminino e o espaço público: experiências, percepções e vulnerabilidades das mulheres em Petrópolis" investiga como mulheres de diferentes idades, identidades de gênero, raças e contextos socioeconômicos vivenciam o espaço urbano. A partir de uma abordagem feminista interseccional, analisa como gênero, raça e classe estruturam essas experiências e influenciam a segurança, acessibilidade e inclusão nos espaços públicos.
Utilizando metodologias qualitativas e participativas, como entrevistas semiestruturadas, grupos focais e mapeamento participativo, o projeto de extensão visa identificar áreas da cidade percebidas como inseguras ou excludentes, a fim de propor diretrizes urbanísticas mais inclusivas e equitativas. Além disso, busca sensibilizar gestores públicos e planejadores urbanos sobre a importância da perspectiva feminista no planejamento de cidades mais justas, promovendo estratégias que respondam diretamente às demandas das mulheres.
O projeto conta com a parceria do grupo de pesquisa Viver Cidades +, da Coletiva Feminista Popular de Petrópolis e do Centro de Referência de Atendimento à Mulher - CRAM Petrópolis, fortalecendo o engajamento comunitário e garantindo que as soluções estejam alinhadas às realidades locais. Como produto, será elaborada uma cartilha educativa, direcionada a gestores e planejadores, com orientações para a criação de espaços públicos mais acessíveis e seguros para as mulheres.
Dessa forma, o projeto de extensão articula pesquisa acadêmica, planejamento urbano e ativismo social, contribuindo para um debate mais amplo sobre a interseção entre gênero e cidade e promovendo uma abordagem transformadora que combina teoria feminista, urbanismo e participação social.
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Observatório etnográfico de design e inovação social no Rio de Janeiro
Coordenador / Responsável Zoy AnastassakisO projeto pretende criar um ambiente de observação, exposição e diálogo entre a Escola Superior de Desenho Industrial e a cidade do Rio de Janeiro, a partir da observação participante (abordagem etnográfica) de ações conceituadas e implementadas, seja pelo setor público, seja pelo setor privado ou por grupos sociais específicos, no que tange à gestão e ao desenvolvimento da própria cidade, e, mais especificamente, nas soluções tecnológicas, urbanísticas, produtivas e culturais, que busquem endereçar grandes questões sócio-culturais. Nesse sentido, em um primeiro momento, o projeto constitui-se em duas vertentes: 1) uma que observa como, na cidade do Rio de Janeiro, se constituem os processos de transformação urbana, não entendida aqui como restrita ao campo específico da arquitetura e do urbanismo, mas entendendo a urbes como espaço sócio-cultural, em que diferentes atores interagem com o meio-ambiente natural e o construído, em maior ou menor grau de interatividade. Assim, busca identificar, conhecer e dialogar com iniciativas que se direcionem para a gestão ou a transformação (via inovação) da própria cidade, vista como um todo formado por diversos sistemas, tais como o de transporte, saúde, habitação, educação, limpeza, segurança e etc. 2) busca observar, identificar e sistematizar ações, bem como dialogar, dentro do campo mais específico do design, que se orientem para o enfrentamento das questões relativas à cidade, entendida como um sistema complexo de sujeitos, entidades, espaços e práticas sociais. Nessa vertente, a ação do projeto de extensão não se restringe ao context carioca, ampliando o campo do diálogo para toda a comunidade de design, buscando identificar, dentro dela, profissionais, abordagens, metodologias e melhores práticas, que possam colaborar para os processos de gestão e inovação do espaço social urbano carioca. Essas duas vertentes se encontram em um ambiente virtual que visa gerar uma janela para o diálogo entre as questões.
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Olhos de ver - produção de materiais para educação digital inclusiva sobre a história, a arquitetura e o patrimônio de Petrópolis (RJ)
Coordenador / Responsável Carina Martins CostaO projeto objetiva criar materiais digitais inclusivos sobre a história, arquitetura e patrimônio de Petrópolis (RJ), onde se localiza o campus do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UERJ há cinco anos, consolidando o projeto de interiorização e de democratização do acesso à produção de saberes, tecnologias e debates produzidos para toda comunidade.
Desde 2019, o curso de Pós-Graduação Lato-Sensu em Gestão e Restauro do Patrimônio tem ampliado as pesquisas e intervenções na cidade. Além disso, vários projetos de extensão e pesquisa são desenvolvidos pela equipe, com blogs e redes. Em um momento de pandemia, com o ensino remoto, procuramos desenvolver estratégias e metodologias inovadoras para o pleno desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes de graduação e pósgraduação.
O projeto apresentado pretende contribuir para as discussões do campo do patrimônio e desenvolver materiais pedagógicos de Humanidades Digitais a partir da produção coletiva de um website que explore as potencialidades da linguagem digital, na busca de aproximação entre o ofício do historiador e do arquiteto e as novas formas de produzir e difundir seus saberes.
O eixo estruturante será a articulação do ensino-aprendizagem com foco em uma educação do olhar engajada no tempo presente, na pluralidade cultural e na apropriação da cidade, das fontes históricas, das instituições culturais e dos lugares de memória.
Dessa forma, espera-se, por um lado, articular a formação profissional com o domínio das novas tecnologias de informação e comunicação, fomentando estratégias, linguagens e compartilhamento de experiências. Por outro, o projeto pretende contribuir para a construção de diversas narrativas sobre a cidade, desenvolvendo materiais educativos virtuais que possam democratizar o acesso às pesquisas, ações pedagógicas e fontes, bem como pluralizar o olhar sobre o patrimônio de Petrópolis na web, em geral dominado por uma perspectiva informativa, turística e/ou simplificadora.
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Organização e conservação de acervos fotográficos
Coordenador / Responsável Claudia Baima MesquitaO Projeto de Extensão tem como proposta a organização e conservação de acervos fotográficos de arquitetos e urbanistas, e de docentes de áreas correlatas, com o objetivo de preservar as imagens retratadas da memória cultural e arquitetônica de nossas cidades no decorrer do tempo. De uma maneira geral, estes profissionais documentaram através da fotografia momentos e paisagens ao longo de suas vidas. São registros de viagens de lazer ou trabalho que constituem um testemunho do patrimônio arquitetônico, histórico e cultural, e formam um acervo privado que se relacionam com seus interesses e atividades desenvolvidas. O interesse crescente de instituições públicas e privadas de pesquisa, ensino e museus por estas fontes documentais, tem chamando a atenção para a importante preservação, conservação e organização deste rico material, buscando sua perpetuação na construção da memória e identidade das futuras gerações.
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Práticas para cidades possíveis [Rua em transe]
Coordenador / Responsável Gabriel SchvarsbergO projeto consiste em uma ocupação permanente no Centro Carioca de Design, espaço cultural municipal localizado na Praça Tiradentes, região central do Rio de Janeiro, por atividades diversificadas, como oficinas e elaboração de visualidades e peças gráficas. Sua equipe é formada por estudantes, professores e pesquisadores dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Design e também do Laboratório de Design e Antropologia da ESDI. Em 2019, ano em que a cidade se preparava para receber o título de “Capital Mundial da Arquitetura 2020" pela UNESCO, o projeto realizou uma cartografia de “arquiteturas cidadãs", com o objetivo de levar ao espaço público uma visão crítica, provocativa e propositiva sobre que “arquiteturas” seriam estas a serem reconhecidas e apresentadas a um público mundial; quem seriam os sujeitos envolvidos em sua produção; e seus efeitos sobre a vida cotidiana dos cariocas, sobretudo do precariado urbano que todos os dias mantém a cidade de pé. Em 2020, adaptando-se às transformações trazidas pela pandemia de Covid-19, o projeto seguiu investigando as novas condições que esta imprimiu sobre as arquiteturas cidadãs e a experiência de rua a partir da criação da plataforma RUA EM TRANSE, um site dedicado ao compartilhamento de histórias de rua: de antes e após a chegada da pandemia. Saiba mais em: www.ruaemtranse.org.
Arruarzine - Vol. 1
Arruarzine - Vol. 2
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Preservação - Educação patrimonial: Casarões e Palacetes do Centro Histórico e Paisagístico de Petrópolis/RJ
Coordenador / Responsável Maria das Graças FerreiraO projeto tem como meta levantar dados, elaborar palestras , informativos, visitas guiadas para a divulgação sobre o história, arquitetura e patrimônio do centro histórico e paisagístico da cidade de Petrópolis, situada região serrana do Rio de Janeiro. E contribuir para a difusão da educação patrimonial do Patrimônio Cultural: arquitetônico e paisagístico implantado no século XIX e XX, construído a partir do plano urbanístico do Major Júlio Frederico Koeller, de 1845, que constitui importante Sítio Histórico Urbano como: Conjunto Arquitetônico e Paisagístico tombado pelo IPHAN (Instituto Histórico e Artístico Nacional).Havendo carência de projetos, divulgação e da educação patrimonial efetiva no município,com informações sobre importância deste Patrimônio Cultural da cidade e necessitando de uma articulação entre a universidade, secretaria de educação, cultura e turismo do município e os órgãos de preservação (IPHAN e INEPAC) para implementar essas ações para propagar na sociedade a importância de conhecer e preservar o patrimônio de sua cidade.
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Prospectivas Urbanas: Crescer e Transformar Cidades, da Petrópolis que temos à Petrópolis que queremos
A prospectiva urbana se constitui em uma forma de visualizar o futuro das cidades, se configurando como uma possibilidade de construção do planejamento urbano. As redes de colaboração e debate estabelecidas no processo, se constituem como um potencial criativo nas transformações sociais inclusivas ao fazer emergir as tensões que desenham as sociedades pelo aspecto sócio histórico, e tendem a influenciar as sociedades futuras em seus territórios e territorialidades. Colocada como a construção de um conhecimento reflexivo e crítico sobre cidades, a prospectiva urbana pensa pelas representações de cenários desejados, as paisagens urbanas, em um sentido amplo que aponta territórios e territorialidades para as cidades inclusivas e contextualizadas. Nesse sentido, a Nova Agenda Urbana ONUHABITAT III, aponta uma visão compartilhada para um futuro melhor e mais sustentável, nos norteando nas temáticas abordadas para o debate. Lembramos que nessa agenda, direitos e acesso iguais aos benefícios e oportunidades que as cidades podem oferecer são preconizados, no qual os sistemas urbanos e a forma física dos nossos ambientes urbanos podem ser alterados com foco nesse objetivo. Nessa perspectiva, questionamos o “Crescer e Transformar Cidades, da Petrópolis que temos à Petrópolis que queremos” a partir da perspectiva da juventude petropolitana, dando voz e tornando visível a cidade desejada por eles, em que, a partir da parceria estabelecida com o Liceu Municipal Carlos Chagas Filho, os problemas e as potencialidades que poderão configurar o futuro de Petrópolis emergirão. O projeto consiste em 3 fases dialógicas que configuram a construção do conhecimento em momentos recursivos de síncrese, análise e síntese, quais sejam: a entrada na pesquisa; a entrada em campo; e, as sínteses prospectivas urbanas.
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Quilombos da Serra: Memória e Ancestralidade
Coordenador / Responsável Maria das Graças FerreiraO projeto de extensão "Quilombos da Serra" busca resgatar e valorizar a história das comunidades quilombolas Maria Conga, Feital, Quilombá, Tapera e Boa Esperança. Quilombos que remontam às origens e atualidade da Região Serrana. A proposta visa estreitar os laços entre a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), as comunidades tradicionais e a sociedade em geral, promovendo o diálogo sobre memória, identidade e cultura negra. As atividades propostas incluem pesquisas, seminários, oficinas, formação de educadores, encontros culturais e publicização de material educativo. Como resultado, espera-se fortalecer o reconhecimento e a preservação do patrimônio imaterial e material dessas comunidades, fomentando a participação ativa dos quilombolas na construção de narrativas sobre suas histórias e as cidades.
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REDE INTER-UNIVERSITARIA PARA HABITAÇÃO DE PETRÓPOLIS: Projeto, Pesquisa e Pratica Profissional
Coordenador / Responsável Wilder Manuel Ferrer TenicelaEste Projeto de extensão prevê estruturar uma Rede Interuniversitária de cooperação, composta pelas três Escolas de Arquitetura e Urbanismo da Cidade de Petrópolis: UERJ, ESTÁCIO DE SÁ e UCP (Universidade Católica de Petrópolis), visando atuar conjuntamente no campo da Habitação de Interesse Social e dos Assentamentos Precários do Município de Petrópolis.
A criação da Rede é uma aspiração antiga e mútua das escolas participantes, busca a incorporação da participação da Academia dentro do atual aparato público de assistência habitacional. A rede tem entre seus objetivos o de se configurar como um componente inovador de altíssimo valor social que pode agilizar os processos de atuação com a sociedade.
Petrópolis tem um déficit quantitativo habitacional próximo das 12.000 moradias. O Plano Local de Habitação de Interesse Social de Petrópolis (PLHIS), elaborado em 2012, estimou uma inadequação habitacional (qualitativa) de 21.395 domicílios e ainda 11.568 residências classificadas como unidades de Risco Alto ou Muito Alto, em relação ao escorregamento de encostas (PETRÓPOLIS, 2012).
A Rede interuniversitária pretende elaborar um “mapa de oportunidades habitacionais” contendo um levantamento geral dos espaços potenciais de intervenção habitacional, para requalificar, reurbanizar ou mesmo proporcionar melhorias habitacionais as comunidades dos cinco distritos do Município.
Espera-se que esse levantamento elaborado conjuntamente sirva como instrumento público, de negociação e diálogo entre a Academia, órgãos públicos e o setor privado e um avanço nas auto realizações construtivas em escalas viáveis de execução, via propostas e projetos elaboradas a partir das Escolas e seus corpos docentes e discentes.
A divulgação dessas práticas sociais são de extrema importância na formação dos futuros profissionais, envolve o ensino, a pesquisa e a prática profissional e contribui na disseminação do conhecimento de forma eficiente, competitiva e de qualidade.
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Repositório Digital de Arquivos de Design
Coordenador / Responsável Pedro Zöhrer Rodrigues da CostaO Repositório Digital de Arquivos de Design é uma iniciativa deste projeto de extensão universitária voltado para a organização e disponibilização de arquivos digitais em 2D ( Desenhos técnicos, Render digitais, Gifs, ilustrações digitais etc.) e 3D (usados em impressão 3D, corte Laser, centros de usinagem computadorizados, etc.), produzidos por alunos e professores do curso de Design e Arquitetura, bem como por estudantes e docentes de outros cursos da graduação e pós-graduação da universidade, que será realizado em parceria com os recursos do sistema de gestão de acervos digitais (Sophia Biblioteca) da Rede de Bibliotecas Uerj – Rede Sirius. Alunos de escolas públicas também poderão contribuir com arquivos, ampliando o impacto do projeto. O acervo será acessível a toda a comunidade acadêmica e instituições parceiras, como escolas estaduais e municipais. Todos os arquivos serão disponibilizados sob licenças Creative Commons, promovendo o compartilhamento de conhecimento e incentivando boas práticas de propriedade intelectual.
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Revista Arcos Design
Coordenador / Responsável Barbara NecykA Revista Arcos Design é uma publicação digital semestral do Programa de Pós-Graduação em Design da ESDI/UERJ que busca promover a divulgação de estudos e trabalhos científicos em design em interseção com outros campos do fazer e do saber. Buscamos divulgar produções científicas que priorizem o campo do design nas suas mais diversas áreas de conhecimento, em especial àquelas que se relacionam às linhas de pesquisa do PPDESDI.
A Arcos Design publica artigos completos originais e inéditos, assim como resenhas críticas, ensaios textuais, ensaios visuais, ensaios audiovisuais, traduções, entrevistas e artigos de iniciação científica. Em paralelo ao processo de publicação de artigos inéditos, a revista procura resgatar textos de importância histórica para a facilitação de acesso às fontes bibliográficas relevantes no campo do design e áreas afins.
A revista tem por vocação o incentivo ao diálogo entre as instâncias de pesquisa, ensino e extensão como forma de contemplar a diversidade de interesses sobre as questões que se dão no entorno da atividade de design. O periódico entende-se também como espaço de formação de pesquisadores, abrindo-se como caminho para iniciantes e para a participação e diálogo com todas as esferas da educação superior. A política editorial da Arcos considera a relevância de criação de um espaço democrático para divulgação científica de pesquisas.
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TECER PETRÓPOLIS: MEMÓRIAS DA INDÚSTRIA
Coordenador / Responsável Patricia R C DrachO projeto “TECER PETRÓPOLIS: MEMÓRIAS DA INDÚSTRIA” tem avançado conforme o planejamento, consolidando importantes etapas de pesquisa, articulação institucional e produção de conteúdo. Foram desenvolvidos a identidade visual do projeto, materiais gráficos e digitais, além da coleta sistemática de documentos históricos, fotografias, entrevistas e fontes bibliográficas. A equipe realizou uma revisão do estado da arte, organizou e tabulou os dados obtidos. Também foram produzidas cartografias e registros fotográficos que subsidiaram as primeiras publicações acadêmicas. O projeto coleta depoimentos de moradores vinculados à antiga Companhia Petropolitana de Tecidos. Esses laços com a comunidade têm sido fundamentais para a construção coletiva da memória operária local. A colaboração com o Centro Cultural Vereadora Wilma Borsato e com a Associação em Defesa dos Mananciais do Alcobaça (ADMA) tem se aprofundado, com essas instituições participando ativamente das ações e sugerindo novas frentes de atuação conjunta. A coleta de dados segue em andamento, incorporando entrevistas e materiais inéditos de fontes primárias ainda não registradas. A continuidade das atividades é essencial para ampliar e qualificar o acervo, fortalecendo a preservação da memória operária e o reconhecimento do território de Cascatinha como espaço histórico. Entre os objetivos em desenvolvimento estão: a construção do acervo digital a partir das fichas dos operários; análise de dados sobre a presença feminina e infantil nas fábricas; inserção colaborativa de legendas em imagens; criação de um acervo audiovisual; caminhadas de mapeamento afetivo; organização de exposições rotativas; realização de eventos temáticos; fortalecimento das ações com a ADMA e estímulo a visitas escolares. O projeto também busca lançar as bases para a criação do Museu do Território em Cascatinha, como desdobramento das ações de valorização da memória, identidade e patrimônio cultural da região.
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Transperiféricos: ações transversais em cinema e audiovisual
Coordenador / Responsável Gianna Gobbo LaroccaO projeto de extensão interinstitucional “Transperiféricos: ações transversais em cinema e audiovisual” visa promover parcerias entre grupos de estudantes implicados com processos de realização audiovisual nas universidades participantes – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal Fluminense (UFF) – com coletivos de produção, distribuição e exibição de audiovisual das periferias das cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense.
Dividida em duas etapas, a ação extensionista deve, inicialmente, dedicar-se a identificar internamente nas instituições envolvidas as atuações e estratégias coletivas voltadas para o desenvolvimento de formas de realização audiovisual ligadas a contextos periféricos. Em um segundo momento, o objetivo é articular parcerias com grupos extrauniversitários e com a sociedade em geral, fomentando a troca de experiências e a construção de engajamentos possíveis.
Mirando nesta troca, o termo “transperiférico”, que dá título ao projeto, é mobilizado para denominar a produção de conhecimento que se estabelece a partir do cruzamento entre os estudos sobre a periferia e o saber produzido pelos próprios agentes orgânicos às periferias. Cabe frisar aqui que estes dois polos não reproduzem a dicotomia dentro e fora da universidade; pelo contrário, denotam a ampliação epistemológica derivada das políticas públicas de democratização do ensino superior no Brasil, que trouxeram a periferia para o centro do debate.
Tendo a produção audiovisual como foco, a pesquisa proposta visa abordar experiências de pertencimento territorial fora dos limites centrais onde se localizam as produções hegemônicas e que incorporem a vivência marcada por classes sociais populares, nas quais as várias formas de expressão de classe (étnico-racial, identidade de gênero, sexualidade, corpo, suburbanas, faveladas e demais territórios marginalizados) ganhem visibilidade.
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UBUNTU: Cartografando decolonialidades arquitetônicas
Coordenador / Responsável André Luiz Carvalho CardosoO projeto de extensão Ubuntu: Cartografando decolonialidades arquitetônicas, aqui apresentado, tem como meta central o mapeamento e a disseminação de construções e situações a partir de um existir coletivo do "eu sou porque nós somos": Favelas, quilombos, subúrbios, periferias, quebradas, ruas, movimentos sociais, coletivos, construções, etc. Procuramos trazer para o debate as soluções de habitação e cidades que se desenvolvam como resistência, como insurgência, transfigurando-se no que aqui nomeamos como, decolonialidades arquitetônicas. Para isso, o projeto busca a construção de parcerias entre professores, estudantes, e grupos sociais, baseada na troca, na empatia e no atravessamento de saberes. O projeto de extensão pretende desenvolver uma participação discente expressiva na execução de estudos, mapeamentos, e elaboração de produtos e projetos, colaborando para o desenvolvimento de ensino, pesquisa e a extensão, ao garantir uma vivência profissional ampliada sobre a ideia de arquitetura, aproximando os alunos da realidade social e cultural das múltiplas formas de se produzir cidades mais democráticas e socialmente possíveis. O projeto Ubuntu, terá estrutura transdisciplinar, buscando, a partir de atravessamento de saberes, construir o empoderamento de todxs os envolvidos: Arquiteturas para todXs, Arquiteturas de todXs, Arquiteturas do Nós.
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Usos do Design na escola: Articulação entre Universidade e Escola para implementar práticas, recursos e espaços de aprendizagem mais instigantes
Coordenador / Responsável Bianca MartinsEste projeto propõe a identificação, implementação e divulgação de estratégias de articulação entre espaços, objetos e saberes produzidos na Escola Superior de Desenho Industrial/UERJ, na Faculdade de Educação/UERJ, Faculdade de Formação de Professores/UERJ e no Colégio de Aplicação/UERJ, visando à qualificação docente e à promoção de educação básica de qualidade. Após ressignificação do projeto na pandemia os objetivos são: (1) Estabelecer, a partir da análise colaborativa entre pesquisadores, professores e designers, oportunidades para uma prática educativa maker (online e/ou presencial): um conjunto de princípios, conceitos, ações e tecnologias a serem levados em consideração na identificação/elaboração de práticas instigantes de aprender-fazendo. Entendemos que estas ações têm o potencial de promover a integração entre designers, pesquisadores, professores e técnicos da UERJ, aproximando as competências e conteúdos curriculares ao cotidiano e às linguagens/interações dos alunos contemporâneos favorecendo uma aprendizagem mais instigante. Quanto ao Método, trata-se de uma pesquisa-intervenção sobre possibilidades de uso de estratégias do Design no cotidiano escolar. Os resultados esperados são: (1) Framework com princípios, conceitos, ações e tecnologias a serem levados em consideração na identificação e/ou elaboração de práticas instigantes de aprender-fazendo; (2) Artefatos didáticos digitais, disponíveis online, com a síntese de conceitos alcançados, indicação de boas práticas e proposição de atividades; (3) Versão adaptada deste material para ser impressa (DIY); (4) Desenvolvimento/implementação de dispositivos para aprimorar experiências de ensino aprendizagem; (5) Cursos online e/ou presenciais, de formação continuada para escolas públicas explorando possibilidades de usos de práticas educativas maker na educação online e presencial; (6) Eventos, oficinas e mostras tecnológicas; (7) Artigos, eventos e publicações divulgando os achados da pesquisa.
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Wikidesign
Coordenador / Responsável Guilherme AltmayerO projeto consiste na utilização de metodologias colaborativas para, através da promoção de ações coletivas em grupo de pesquisa e laboratoriais envolvendo bolsista e voluntários que inclui público em geral, a realização de pesquisas com a finalidade de produção e melhoria de verbetes enciclopédicos sobre história do design, cultura material e áreas correlatas, visando o fomento do desenvolvimento criativo e a difusão científica, através da publicação de artigos na enciclopédia digital de conhecimento aberto - Wikipédia lusófona (https://pt.wikipedia.org/).
WikiDesign tem os seguintes objetivos: (1) promover métodos e práticas de pesquisa colaborativa, a produção textual e utilização de referencial bibliográfico teórico e prático sobre histórias do design a partir de múltiplas perspectivas; (2) produzir conhecimento aberto e livre através da Wikipédia em português para melhorar a qualidade e o volume de conteúdos sobre design e histórias do design, em redes digitais, que alimentam ferramentas de inteligência artificial e (3) ampliar o acesso e comunicação de pesquisas acadêmicas em linguagem acessível e enciclopédica utilizando a Wikipédia lusófona como meio para divulgação científica e popularização de saberes sobre o fazer design;
Para saber mais sobre o projeto, acompanhe nossas atualizações e informações através da nossa página no Instagram @wikidesign.esdi. Se você deseja entrar em contato conosco, envie um e-mail para Guilherme Altmayer em galtmayer@esdi.uerj.br.
Parcerias:
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Unidade de Desenvolvimento Tecnológico
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Esdi T.A - Núcleo de Design de Tecnologias Assistivas
Coordenador / Responsável Wandyr Hagge SiqueiraO núcleo tem como objetivo o desenvolvimento de projetos tecnológicos inovadores de produtos, processos, serviços e estratégias em Tecnologias Assistivas, com recursos de hardware, software e equipamentos de prototipagem compatíveis com as atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas no âmbito da a Escola Superior de Desenho Industrial - ESDI/UERJ. Como objetivos secundários o Esdi T.A se propõe a disseminar o conhecimento acerca de Tecnologias Assistivas no Rio de Janeiro; ampliar a oferta de cursos, palestras, workshops e atividades de qualidade voltadas às áreas de design, inovação e empreendedorismo; prospectar projetos promissores de conclusão de curso, teses e dissertações, contribuir para a consolidação da ESDI no cenário carioca de Design e articulação com outras instituições e unidades da UERJ.
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Incubadora de Empresas de Design Esdi/ Uerj
A Incubadora tem como objetivos oferecer infraestrutura física adequada para as atividades das empresas, ajudar com a modelagem básica de negócios e apoiar as empresas incubadas por meio de consultorias técnicas e gerenciais (que comportam áreas das mais diversas como gestão de negócios, gestão financeira, marketing, networking, etc.). Além disso, cabe a uma Incubadora coordenar palestras, seminários, e eventos de caráter gerencial que promovam o desenvolvimento da cultura empreendedora, e, no caso da Incubadora da ESDI, estabelecer parcerias com organismos de fomento ao Design e divulgar as atividades realizadas pelas empresas incubadas, pré-incubadas e associadas.
A Incubadora da ESDI foi projetada para proporcionar às firmas incubadas um espaço onde poderão não apenas desempenhar suas tarefas com eficiência, mas também um ambiente que tem por mérito potencializar a atividade criadora. No presente momento, o espaço da Incubadora comporta o acolhimento de até três empresas (com foco em Design) sendo-lhes facultada a permanência por um período de dois anos prorrogáveis por, no máximo, mais um período de um ano – findo os quais, seguramente, terão condições de enfrentar a competição dos mais duros mercados.
O objetivo da Incubadora de Empresas de Design da ESDI é proteger os primeiros passos das firmas que tenham demonstrado, mediante concurso público, potencial de gerar excelência em negócios focados no Design.
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Laboratório de Biomimética
O Laboratório de Biomimética se destina a desenvolver um corpo de conhecimentos teórico/prático fundamentado na técnica biônica ou biomimetismo, com a finalidade de gerar ideias e encontrar soluções para o design, utilizando a Natureza como modelo, medida e mentora. Trata-se aqui de uma nova ciência pluri, inter ou mesmo transdisciplinar, que ao reunir, basicamente, biologia, design e engenharia levará, em breve, à descoberta de novos materiais e compósitos, novos produtos e processos de fabricação, desenvolvimento de aparelhos captadores e processadores de energias naturais, de robôs, próteses humanas e animais, processos cirúrgicos mais simples e seguros, estruturas mais leves e eficientes, dentre outros. Todo este trabalho visa consolidar uma nova maneira de se lidar amigavelmente com o nosso Planeta Terra, evitando ao máximo a atitude predatória dominante, pois ainda é o único que temos para viver. Outra meta não menos importante do Laboratório é implantar na grade curricular da ESDI um curso regular de Biônica para a graduação e pós-graduação, uma vez existindo condições para tal.
O Laboratório de Biomimética da ESDI, do ponto de vista conceitual, tem como principais diretrizes:
1) Abrir novos caminhos na busca de soluções para os problemas de Design em geral, trazendo as ideias da Natureza para a atividade projetual;
2) Desenvolver bases para a aplicação dos princípios de Máximo e Mínimo, sempre presentes nas realizações da Natureza;
3) Fornecer uma melhor compreensão das relações entre: Estrutura, Crescimento, Forma, Função, Material, Cor, Sistemas e Mecanismos.
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Laboratório de cultura, Arquitetura e Urbanismo - Ilha Grande (LabCAU): Temporalidades e desenvolvimento socioambiental em Dois Rios
Coordenador / Responsável André Luiz Carvalho CardosoO projeto de extensão Labotatório de Cultura, Arquitetura e Urbanismo - Ilha Grande (LabCAU), nasce da construção de parceria entre professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Esdi/UERJ e o Ecomuseu da Ilha Grande. Assim, vinculado ao Programa de Extensão Ecomudeu Ilha Grande, o presente projeto de extensão tem como foco central o implemento e desenvolvimento socioambiental, assim como a recuperação arquitetônica e urbanística das várias camadas temporais de ocupação que se sobrepõem na Vila Dois Rios. A proposta do projeto de extensão é desenvolver uma participação discente expressivana execução de estudos e elaboração de projetos e pesquisas arquitetônicas e urbanísticas de cunho socioambiental na Ilha Grande, colaborando para o ensino, a pesquisa e a extensão, ao garantir uma vivência profissional complemetar, aproximando os alunos à realidade socioambiental e ao mercado profissional. O LabCAU Ilha Grande contará com uma estrutura transdisciplinar, buscando, a partir de um atravessamento de saberes, o desenvolvimento de estudos culturais e tecnológicos para qualificação e desenvolvimento local. Desta forma, o LabCau Ilha Grande, pretende detectar potenciais e construir parcerias com a comunidade local, grupos de pesquisas, entre outros, e também com profissionais que atuem informalmente em suas comunidades, buscando a qualificação no desenvolvimento de técnicas, métodos construtivos ou iniciativas sustentáveis existentes nas comunidades.
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Laboratório de Modelagem e Prototipagem
Coordenador / Responsável Pedro Zöhrer Rodrigues da CostaO Laboratório de Prototipagem da ESDI está equipado com uma impressora 3D FDM, um scanner 3D de luz estruturada, uma fresa CNC Roland 650 para materiais não-metálicos, uma fresa CNC Knuth de medio porte para metais, uma corte a laser, um torno de precisão, uma máquina de conformação a vácuo e uma máquina de corte, dobra e calandragem de chapas metálicas. É neste laboratório que são desenvolvidos projetos mais avançados de prototipagem e modelagem de várias disciplinas do curso de graduação em Desenho Industrial da ESDI. O laboratório também faz estudos sobre novas técnicas de prototipagem e desenvolve seus próprios equipamentos, dentre os quais pode-se citar um acessório para transformar uma fresa CNC em uma impressora 3D FDM.
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Laboratório Experimental de Design da Esdi (EsdiLab)
As atividades desenvolvidas pelo EsdiLab vão além daquelas previstas para laboratórios de pesquisa e incubadoras de empresas. Esta unidade de desenvolvimento tecnológico nasce em 2016 de uma iniciativa da nova diretoria da Esdi que buscava reunir professores e alunos de graduação e pós-graduação, além de parceiros externos, em projetos que tivessem por objetivo a inovação nas práticas de design a partir de questões fundamentais que definem a identidade da escola. Assim, EsdiLab tem por objetivo reunir ações, projetos e pesquisas que explorem e desenvolvam meios e métodos inovadores em design, arquitetura e urbanismo. A UDT abrange diversas áreas de atuação dentro dos campos do design e da arquitetura e urbanismo, em especial aquelas norteadoras dos cursos de graduação da Escola Superior de Desenho Industrial, bem como as que informam as linhas de pesquisa do PPDEsdi. Dentre as ações já em andamento, destacam-se a elaboração de novo website para a escola e os projetos Colaboratório, uma ocupação criativa da Oficina Gráfica da Escola, e Espaços Verdes, que desenvolve pesquisas sobre agricultura urbana e suas relações com o campo do design.
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Laboratório Socioambiental de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo - LSECAU
Coordenador / Responsável André Luiz Carvalho CardosoO Laboratório Socioambiental de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, teve seu início no ano de 2015, vinculado ao DCCT/FEN/UERJ. Atualmente, vinculado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo DAU/ESDI/UERJ, o LSECAU continua seguindo seu objetivo central de funcionar como um escritório modelo universitário, desenvolvendo serviços de assistência técnica gratuita nas áreas de arquitetura, urbanismo e engenharia civil para comunidades carentes e famílias com renda de zero e três salários mínimos, conforme prevê o decreto 11.888/08. Assim, a proposta do projeto de extensão é desenvolver uma participação discente expressiva na execução de estudos e elaborações de projetos e pesquisas de cunho socioambiental, colaborando para o ensino, a pesquisa e a extensão. Procura-se garantir uma vivência profissional complementar, aproximando os alunos à realidades sociais e ao mercado profissional. O LSECAU conta com uma estrutura transdisciplinar que busca, a partir de um atravessamento de saberes, o desenvolvimento de mapeamentos e estudos tecnológicos para qualificação de comunidades carentes e construções de interesse social.
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